Segundo estudiosos do tema da Separação Conjugal, esta separação conjugal pode ser compreendida por um modelo de crise, ou seja, considerando que o sistema familiar atravessará um período de desorganização logo após o divórcio, seguido de uma
- A) paralisia e da constituição de padrões permanentes de desequilíbrio.
- B) estabilização de nova fase de desequilíbrio e retorno ao equilíbrio anterior.
- C) recuperação, reorganização e eventualmente atingindo um novo padrão de equilíbrio.
- D) cooperação mútua e posterior competição crônica a estilo do padrão conjugal anterior.
- E) desestabilização continuada e posterior litígio interminável.
Resposta:
A alternativa correta é letra C) recuperação, reorganização e eventualmente atingindo um novo padrão de equilíbrio.
Segundo Hetherington, Cox e Cox (1982)
A separação conjugal pode ser compreendida por um modelo de crise, ou seja, considerando que o sistema familiar atravessará um período de desorganização logo após o divórcio, seguido de uma recuperação, reorganização e eventualmente atingindo um novo padrão de equilíbrio, o que demandará no mínimo dois anos.
A crise trata-se de uma situação de ruptura e busca de novas respostas, muitas vezes envolvendo grande sofrimento, no qual atuam e podem ser deflagrados fatores e processos de proteção. [...] Além disso, a separação nem sempre reduz o conflito conjugal que muitas vezes permanece reeditado nos embates sobre guarda, pensão e visitas que tornam os membros do sistema familiar reféns crônicos.
A questão pede a concepção de separação conjugal de acordo com o modelo de crise, então devemos tratá-la como tal. Como dito no trecho acima, a crise pressupõe um ruptura e busca de novas respostas. A única alternativa que cita a conquista de um novo padrão de equilíbrio foi a ALTERNATIVA C.
O restante das alternativas cita o estabelecimento de um padrão de desequilíbrio, litígio interminável ou retorno ao equilíbrio anterior, que não são característicos do modelo de crise de separação conjugal. Esta é uma das formas de classificar o problema, devemos ter em mente que o assunto tratado pode implicar uma variabilidade de situações, dependendo do caso.
Fonte: SOUZA, R. Amor, casamento, família, divórcio... e depois, segundo as crianças. São Paulo: Summus, 2006.
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