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Segundo Hamad (2002), há unanimidade entre os especialistas: a criança deve saber que é adotada. Todo o ser humano tem direito ao conhecimento de suas origens e sua história, mesmo que elas sejam dolorosas e penosas.

 

Assinale a alternativa que apresenta a situação considerada ideal pelo autor citado quanto à revelação da adoção.

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Resposta:

A alternativa correta é letra E) Os pais precisam falar com o filho sobre a realidade da adoção, ou, pelo menos, criar as condições de uma fala livre da criança sobre sua adoção. É preferível que nunca tenha havido um momento de revelação, mas, sim, respostas verdadeiras às perguntas das crianças.

Gabarito letra E

 

Assinale a alternativa que apresenta a situação considerada ideal pelo autor citado quanto à revelação da adoção.
 

a)  Deve se dar na forma de um discurso organizado destinado a comunicar à criança toda a verdade.
b)  A regra é a transparência em relação ao abandono, e as informações devem ser reveladas todas de uma só vez.
c)  Para que a criança possa manter-se confiante nos pais adotivos, é melhor que não sejam eles que revelem à criança que ela é adotada.
d)  O que o adulto esconde necessariamente é o que a criança teme; e é o que normalmente produz um efeito de choque na criança. A realidade deve ser omitida e substituída por uma versão bem diferente.
e)  Os pais precisam falar com o filho sobre a realidade da adoção, ou, pelo menos, criar as condições de uma fala livre da criança sobre sua adoção. É preferível que nunca tenha havido um momento de revelação, mas, sim, respostas verdadeiras às perguntas das crianças.

 

O enunciado já traz que a criança deve saber que é adotada, e as alternativas C e D vem contra essa ideia, então já podem ser descartadas de cara. Agora veja o que diz o autor:

“Tudo o que concerne ao nome de origem, à cultura de origem virá a complicar a inclusão do enxerto, mas não impede que ela se dê pouco a pouco, em geral durante os seis primeiros anos. Os pais medianamente informados de psicologia – e esse frequentemente é o caso daqueles que se lançam na aventura adotiva - sabem que é preciso, com efeito, falar com seu filho, ou, pelo menos, criar as condições de uma fala livre da criança sobre sua adoção. O conhecimento do fato de que é adotada deve ser destilado no tempo e não tomar a forma de um discurso organizado destinado a comunicar à criança a verdade. Por exemplo, é preferível, para uma criança de seis a dez anos, ouvir seus pais adotivos responderem à pergunta “por que fui abandonado?” a ter uma resposta vaga que tem o sentido das responsabilidades e sabe que ela teria colocado seu filho em perigo se tivesse ficado com ele. Não há um modo de respostas e qualquer resposta só pode ser parcialmente satisfatória; a criança não tem outra escolha a não ser lidar com a insatisfação que a resposta engendra nela.”

 

Ou seja, o autor também não considera adequado haja um discurso organizado para comunicar a criança, nem que tudo seja despejado nela de uma só vez, como afirmam as letras A e B.

 

Nosso gabarito é letra E.

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