Susana Muszkat afirma que, na violência doméstica, não há vencedores e que a tendência natural é a de se isolar o sujeito identificado como “agressor” a fim de poupar maior sofrimento àqueles identificados como vítimas. Acredita que, como o “agressor” é parte ativa e operante dentro de um sistema vivo de interações afetivas, ao simplesmente retirá-lo, impedimos que a família possa refletir sobre seu funcionamento de maneira global; que o padrão de relacionamento deve ser compreendido como uma forma de comunicação; e que a escolha de parceiros não é aleatória, mas calcada em estruturas
- A) conscientes.
- B) inconscientes.
- C) transacionais.
- D) mediadas.
- E) situacionais.
Resposta:
A alternativa correta é letra B) inconscientes.
De acordo com Susana Muszkat (2006)
Outro fator, fornecido pela psicanálise de casal e família e observado na nossa prática clínica, confirma como determinadas dinâmicas de relacionamento se repetem ainda que os parceiros sejam distintos. Ou seja, o padrão de relacionamento deve ser compreendido como uma forma de comunicação, já que a escolha de parceiros não é aleatória e, sim, calcada em estruturas inconscientes primitivas, bem como em modelos identificatórios com as famílias de origem de cada um dos sujeitos. Sem entender-se qual é a comunicação que está ocorrendo e qual a necessidade de se estabelecerem determinadas pautas de relacionamento, troca-se o parceiro, mas se perpetua o padrão quando da formação de uma nova dupla.
Com base no trecho acima, constatamos que a escolha de parceiros é calcada em estruturas inconscientes.
O restante das alternativas apresenta expressões que não condizem com a ideia defendida pela autora. Dessa forma, podemos eliminá-las.
Fonte: MUSZKAT, Susana. Violência e masculinidade: uma contribuição psicanalítica aos estudos das relações de gênero. Dissertação de Mestrado. Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2006.
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