Um garoto de 12 anos tem apresentado problemas recorrentes de prática de bulliyng e agressão a crianças menores. Na visão de Levisky e Levisky (em Levisky, Gomes e Fernandes, 2014), essa conduta possivelmente representa
- A) a projeção dos sentimentos de rejeição e violência do jovem agressor em bodes expiatórios, decorrente de estados internos de privação da incorporação de funções parentais protetoras e organizadoras.
- B) uma expressão de comportamentos violentos naturalizados e aprendidos no seio da família, que levam à sua reprodução nos mais diferentes contextos da vida cotidiana da pré-adolescência.
- C) fruto da extrema relativização moral da pós-modernidade, que não oferece referências claras e estáveis sobre um código social minimamente definido para balizar as relações entre indivíduo e mundo social.
- D) manifestações de cargas impulsivas intensas próprias do repertório genético do indivíduo potencializado pela competitividade própria do sistema capitalista e sua ênfase no individualismo exacerbado.
- E) uma conduta habitual no período da adolescência, decorrente da moratória social que permite ao jovem experimentar diferentes formas de relação eu-mundo, inclusive as associadas às pulsões agressivas.
Resposta:
A alternativa correta é letra A) a projeção dos sentimentos de rejeição e violência do jovem agressor em bodes expiatórios, decorrente de estados internos de privação da incorporação de funções parentais protetoras e organizadoras.
Um garoto de 12 anos tem apresentado problemas recorrentes de prática de bulliyng e agressão a crianças menores. Na visão de Levisky e Levisky (em Levisky, Gomes e Fernandes, 2014), essa conduta possivelmente representa
A questão está baseada no seguinte trecho:
"O sintoma se transforma numa esperança contraditória ao alertar pais, instituições e sociedade na forma de um apelo inconsciente que eleva a angustia e mobiliza ações sobre as características dos modelos relacionais afetivos, econômicos e sociais prevalentes. O bullying pode ser visto como um clamor inconsciente do sujeito agressor necessitado de afirmação e de reconhecimento. O agressor projeta sentimentos de rejeição, violência e desprezo, fruto de estados internos de privação na incorporação das funções parentais protetoras e organizadoras pessoais e coletivas. Abre condições para a prevalência de mecanismos projetivos, de identificação projetiva maciça sobre grupos ou indivíduos toma dos como "bodes expiatórios" ao invés de lidar com os próprios conflitos."
Fonte: "Diálogos Psicanalíticos sobre Família e Casal" (Levisky, Gomes e Fernandes)
Portanto, encontramos a resposta na Letra A.
As outras alternativas podem estar de acordo com a visão de outros teóricos, mas a questão solicita a perspectiva específica de Levisky.
a) a projeção dos sentimentos de rejeição e violência do jovem agressor em bodes expiatórios, decorrente de estados internos de privação da incorporação de funções parentais protetoras e organizadoras.
b) uma expressão de comportamentos violentos naturalizados e aprendidos no seio da família, que levam à sua reprodução nos mais diferentes contextos da vida cotidiana da pré-adolescência.
c) fruto da extrema relativização moral da pós-modernidade, que não oferece referências claras e estáveis sobre um código social minimamente definido para balizar as relações entre indivíduo e mundo social.
d) manifestações de cargas impulsivas intensas próprias do repertório genético do indivíduo potencializado pela competitividade própria do sistema capitalista e sua ênfase no individualismo exacerbado.
e) uma conduta habitual no período da adolescência, decorrente da moratória social que permite ao jovem experimentar diferentes formas de relação eu-mundo, inclusive as associadas às pulsões agressivas.
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