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Uma criança que é convencida por um adulto da existência de fatos acerca de sua infância e passa a narrá-los em instâncias diversas, como Delegacia e Conselho Tutelar, pode passar a crer nos mesmos e gerar o que hoje se denomina de

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Resposta:

A alternativa correta é letra C) Falsas Memórias.

Gabarito: Letra C

Uma criança que é convencida por um adulto da existência de fatos acerca de sua infância e passa a narrá-los em instâncias diversas, como Delegacia e Conselho Tutelar, pode passar a crer nos mesmos e gerar o que hoje se denomina de
a)  Transtorno de Hiperatividade.
b)  Alienação Parental.
c)  Falsas Memórias.
d)  Transtorno do Espectro Autista Leve.
e)  Depressão Infantil.

 

O que a questão descreve não é um transtorno psiquiátrico infantil, como dizem as afirmativas A, D e E, e sim um fenômeno muito estudado na psicologia jurídica chamado de falsas memórias. As falsas memórias podem ser induzidas, como no enunciado, por adultos que acabam por convencer a criança que certas coisas aconteceram com ela, e a partir disso a criança passa a narrar esses eventos como se de fato fizessem parte da sua memória.

“A memória ajuda a definir quem somos. Na verdade, nada é mais essencial para a identidade de uma pessoa que o conjunto de experiências armazenadas em sua mente. A facilidade com que ela acessa esse arquivo é vital para que possa interpretar o que está à sua volta e tomar decisões.

 Importante fenômeno relativo à função da memória, que tem interessado à arena judicial nos últimos anos, é a Síndrome das Falsas Memórias. A Síndrome das Falsas Memórias traz em si a conotação das memórias fabricadas ou forjadas, no todo ou em parte, na qual ocorrem relatos de fatos inverídicos, supostamente esquecidos por muito tempo e posteriormente relembrados. São erros que se devem à memória, e não à intenção de mentir. Podem ser implantadas por sugestão e consideradas verdadeiras e, dessa forma, influenciar o comportamento. Estas memórias falsas devem ser distinguidas das memórias recobradas, isto é, aquelas que realmente permanecem inacessíveis por algum tempo, mas, posteriormente, vêm à tona. Em geral, expressões como “memórias reprimidas”, “memórias recuperadas” ou “memórias adiadas” sugerem uma correlação adequada dos fatos com a lembrança. Sumariamente, a distinção resume-se ao fato de as falsas memórias serem uma crença de que um fato aconteceu sem realmente ter ocorrido, sendo que as memórias recobradas são daqueles acontecimentos que ficaram escondidos na memória durante algum tempo para serem recordados posteriormente.”

 

Nosso gabarito é Letra C

 

Fonte: Trindade, Jorge Manual de Psicologia Jurídica para operadores do Direito. 6. ed. rev. atual, e ampi. - Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2012

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