A psicologia social no Brasil passou por um momento de crise na década de 1970, que levou a uma série de críticas aos paradigmas dominantes na época. Estas críticas apontavam, entre outros fatores, para:
- A) A neutralidade e a objetividade da ciência psicológica, que negavam o compromisso ético e político dos pesquisadores com a transformação social.
- B) A artificialidade dos métodos experimentais de laboratório que não davam conta da complexidade e da diversidade da realidade social brasileira.
- C) O etnocentrismo das teorias importadas dos Estados Unidos e da Europa que ignoravam as especificidades culturais e históricas do contexto nacional.
- D) O processo de individualização e a psicologização dos fenômenos sociais, desconsiderando as determinações estruturais e as relações de poder que afetavam os sujeitos.
Resposta:
A alternativa correta é letra D) O processo de individualização e a psicologização dos fenômenos sociais, desconsiderando as determinações estruturais e as relações de poder que afetavam os sujeitos.
Essa crítica reflete a preocupação com a tendência da psicologia social de enfocar excessivamente o indivíduo, negligenciando as influências mais amplas das estruturas sociais e do poder. Na década de 1970, houve um movimento no Brasil que questionou essa abordagem, argumentando que ela falhava em capturar a realidade social complexa e dinâmica do país. A crítica apontava para a necessidade de uma psicologia social mais crítica e engajada, que reconhecesse as desigualdades sociais e as dinâmicas de poder, e que contribuísse para a transformação social.
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