A suposição de que uma conduta agressiva se fortaleceria já na infância e a família teria influência na aquisição de modelos agressivos, pois nesse contexto as crianças podem aprender modelos cognitivos e comportamentais a partir de reproduções de eventos diários, diz respeito à
- A) Teoria ecológica de Bronfenbrenner
- B) Abordagem psicogenética de Jean Piaget
- C) Teoria da aprendizagem de Ausubel
- D) Análise do comportamento de Skinner
- E) Teoria da aprendiz agem social de Albert Bandura
Resposta:
A alternativa correta é letra E) Teoria da aprendiz agem social de Albert Bandura
Gabarito Letra E
A suposição de que uma conduta agressiva se fortaleceria já na infância e a família teria influência na aquisição de modelos agressivos, pois nesse contexto as crianças podem aprender modelos cognitivos e comportamentais a partir de reproduções de eventos diários, diz respeito à
a) Teoria ecológica de Bronfenbrenner
b) Abordagem psicogenética de Jean Piaget
c) Teoria da aprendizagem de Ausubel
d) Análise do comportamento de Skinner
e) Teoria da aprendiz agem social de Albert Bandura
A teoria que explica que a conduta agressiva vem da observação e reprodução de eventos observados no cotidiano é a teoria da aprendizagem social, de Albert Bandura. Vamos relembrá-la:
“Não será até as décadas de 1950, com Sears, e de 1960, com Bandura, que o behaviorismo abandonará o elementarismo, comum a todas as espécies, das conexões estímulo-resposta ou conduta-conseqüência. Os dois autores se interessam por um tipo de aprendizagem especificamente humana, denominada por eles de aprendizagem social. As atitudes e práticas educativas dos pais são o elemento essencial na formação da personalidade infantil, de tal modo que é possível fazer a relação entre o tipo de criação dos pais e as características sociais e de personalidade de seus filhos (Sears, Maccoby e Levin, 1957). Pelas mãos de Bandura (Bandura e Walters, 1963) se dá outro passo definitivo ao incluir dentro dos mecanismos de aprendizagem social fatores como a imitação de condutas ou os mecanismos cognitivos envolvidos na transmissão de informação ou na interpretação das situações. Como se fosse pouco para tirar o modelo mecanicista de suas tocas, Bandura (1976) se interessou também pelo controle cognitivo da conduta, assim como pelo desenvolvimento do sentimento de auto-eficácia e de auto-regulação. Idéias que já nos remetem, todas elas, à psicologia evolutiva contemporânea da qual falaremos mais adiante.”
“Albert Bandura (1997) propôs uma teoria da aprendizagem social sobre a agressividade. Ele acredita que aprendemos a agressividade não só experimentando suas recompensas, mas também observando os outros. Como acontece com a maioria dos comportamentos sociais, adquirimos agressividade assistindo à ação de outros e observando as consequências.
(...) Bandura (1979) acredita que a vida cotidiana nos expõe a modelos agressivos na família, em nossa própria subcultura e nos meios de comunicação de massa.
A FAMÍLIA
Filhos fisicamente agressivos tendem a ter pais fisicamente punitivos, que os disciplinaram segundo modelos de agressividade ao gritar, dar tapas e surrar (Patterson et al., 1982). É comum que esses pais tenham tido, eles próprios, pais fisicamente punitivos (Bandura & Walters, 1959; Straus e Gelles, 1980). Esse comportamento punitivo pode crescer até se transformar em abuso e, embora a maioria das crianças abusadas não se transforme em criminosos nem em pais abusivos, 30% abusam de seus próprios filhos mais tarde – quatro vezes o índice da população geral (Kaufman & Zigler, 1987; Widom, 1989). Violência, muitas vezes, gera violência. A influência familiar também aparece em índices de violência maiores nas culturas e famílias com pais ausentes (Triandis, 1994). David Lykken (2000) calculou que as crianças norte-americanas criadas sem o pai têm cerca de sete vezes mais chances de ser abusadas, abandonar a escola, tornar-se fugitivas, ser pais solteiros adolescentes e cometer crimes violentos. A correlação entre ausência dos pais (geralmente do pai) e violência se mantém em todos os níveis de renda, raças, educação e locais (Staub, 1996; Zill, 1988). Além disso, em um estudo britânico que acompanhou mais de 10 mil pessoas durante 33 anos desde o seu nascimento, em 1958, o risco de problemas como comportamento agressivo aumentou após uma separação dos pais durante a segunda infância (Cherlin et al., 1998). A questão não é que as crianças de lares com pai ausente estejam condenadas a se tornar delinquentes ou violentas; na verdade, criada por uma mãe e uma família ampliada carinhosas, a maioria dessas crianças prospera. A questão tampouco é que a ausência do pai provoque violência; não sabemos se isso acontece. A questão é simplesmente que há uma correlação: onde e quando o pai é ausente, aumenta o risco de violência.”
Nosso gabarito é Letra E.
Referência
COLL, César; MARCHESI, Álvaro; PALÀCIOS, Jesús. Desenvolvimento psicológico e educação vol 1. Porto Alegre: Artmed, 2007
MICHENER, H. Andrew; DELAMATER, John D.; MYERS Daniel J. Psicologia social. São Paulo: pioneira, 2005. (761p.)
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