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Em publicação da ABRAPSO DE 2015, Sônia Grubits apresentou um importante resultado de pesquisa sobre populações indígenas do Mato Grosso do Sul. Recentemente, o conflito entre fazendeiros e os Guarani/Kaiowá, Kadiwéu e Terena recrudesceu e vários indígenas foram assassinados. A psicologia do indígena vem crescendo de importância e representa uma novidade nas pesquisas e nos estudos em psicologia social, apesar de um considerável atraso sobre uma questão de suma importância para a proteção e garantia de vida dos povos indígenas radicados no Brasil.

 

A partir do texto acima, assinale a alternativa correta.

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Resposta:

A alternativa correta é letra B) Os conflitos que envolvem as populações indígenas e as várias violências a estas impostas são um importante objeto de estudo e atuação da psicologia social, que deve ser aprofundado para contribuir na superação da quebra de direitos desses povos.

Gabarito Letra B

 

A partir do texto acima, assinale a alternativa correta.

 

a)  O conflito entre fazendeiros e indígenas, não somente no Centro-Oeste brasileiro, mas também em toda a região Norte, é fruto das características do desenvolvimento brasileiro e a política equivocada de proteção às populações indígenas, que deveriam ser incluídas na política de desenvolvimento sustentável, é a principal causa desse conflito.

Errado. Os conflitos se dão pelos interesses econômicos de fazendeiros, e da pouca proteção que as populações indígenas têm por parte do Estado.

“Trata-se de uma área com alto índice de violência, cujas origens não estão relacionadas à cultura tradicional indígena, mas a ações do Estado brasileiro no processo de territorialização dos coletivos ali assentados. Refiro-me à sua responsabilidade na imposição de práticas de opressão e discriminação etnicorracial como forma de disciplinamento, exploração, subjugação, tentativas de assimilação por meio da aculturação etc.

Por estes e outros motivos, os problemas que atingem os povos indígenas em Mato Grosso do Sul ganham destaque nas redes sociais e na imprensa nacional e internacional. Ano após ano, ininterruptamente, dezenas de pessoas são mortas durante conflitos pela posse de terras indígenas e nada é feito de objetivo para evitar os massacres e solucionar o problema.”

 

b)  Os conflitos que envolvem as populações indígenas e as várias violências a estas impostas são um importante objeto de estudo e atuação da psicologia social, que deve ser aprofundado para contribuir na superação da quebra de direitos desses povos.

Certo!

“Desde o ano de 2012, realizamos diálogos interétnicos com diversas comunidades indígenas a partir do serviço “Rede de Atenção à Pessoa Indígena”. O serviço tem a proposta de tecer uma rede de projetos em parceria com indígenas, sendo que nos últimos anos, aprofundamos a relação, prioritariamente, com comunidades MbyaGuarani do Estado de São Paulo. Construímos com lideranças dessas comunidades o objetivo de apoiar seu processo de autoafirmação étnica, aspecto que consideramos fundamental para a superação das vulnerabilidades psicossociais que os povos indígenas enfrentam no presente e que identificamos como agravos resultantes de processos coloniais e pós-coloniais. Nesse sentido, buscamos contribuir para o “o pleno exercício da capacidade dos povos para gerirem os processos de educação, promoção da saúde, economia, alimentação, apropriação de saberes e escolhas quanto ao que pretendem construir para as futuras gerações” (ABRASME, 2014).”

 

c)  A psicologia não pode contribuir com a causa indígena por se tratar de um conhecimento produzido a partir da cultura judaico-cristã e ser incompatível com os valores e as crenças dos povos indígenas, que têm uma outra referência simbólica do mundo.

Errado. A psicologia pode sim contribuir com a causa indígena, buscando não ver a população indígena a partir de sua cultura, mas da deles.

 

d)  O atraso mencionado na premissa é relativo à dificuldade de contato de psicólogos com um tipo de linguagem que eles desconhecem, o que, evidentemente, é um forte obstáculo para a psicoterapia, que depende fundamentalmente da palavra.

Errado.

“A estratégia fundamental na execução do trabalho foi a constituição de uma equipe interétnica, cujos desafios principais foram construir uma horizontalidade de saberes e uma linguagem em comum entre seus integrantes. Com relação à horizontalidade de saberes, a criação de um espaço de diálogo entre os integrantes foi um exercício praticado continuamente 215 e teve na diversidade e alteridade os alicerces para a prática. A construção de uma linguagem em comum, ou melhor, compreensível por todos os membros da equipe PGTA ocorreu de forma gradativa e exigiu principalmente dos técnicos a abertura para correções e observações realizadas pelos colabores indígenas. Em minha experiência com Cristina Kaxixó suas colocações principalmente nas entrevistas domiciliares, foram imprescindíveis para o desenvolvimento do trabalho, sem as quais não haveria condições de ser realizado.”

 

e)  O Mato Grosso do Sul, pelas extensas áreas cultiváveis ou destinadas à produção pecuária, é um estado que não se adequa à política protecionista de reserva indígena, o que torna este o principal fator de conflito entre indígenas e fazendeiros.

Errado. O Mato Grosso do Sul tem a segunda maior população indígena do país, fazendo necessárias políticas de proteção de reservas indígenas.

 

Nosso gabarito é Letra B.

 

Referência

Oliveira, Jorge Eremites de. (2016). Conflitos pela posse de terras indígenas em Mato Grosso do Sul. Ciência e Cultura68(4), 04-05. https://dx.doi.org/10.21800/2317-66602016000400002

https://www.crpsp.org/uploads/impresso/110/RLAg_HX8E6bm0fVjb2gpqCkreIBkTy0W.pdf

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