Entre os conceitos desenvolvidos pelo sociólogo Erving Goffmann, está o de estigma. Tal conceito oferece um interessante aporte, uma vez que permite reavaliar a forma de compreensão de pacientes portadores de distúrbios psiquiátricos ou doenças físicas. Em relação ao tema NÃO é correto afirmar que:
- A) o estigma não existe em si, sendo resultante do olhar de um grupo de indivíduos sobre outros;
- B) indivíduos desacreditados apresentam estigmas visíveis;
- C) segundo Goffman, ex-presidiários estariam no grupo dos indivíduos desacreditáveis;
- D) as técnicas de controle de informação são procedimentos para mascarar os estigmas;
- E) os estimas independem dos grupos sociais, sendo sempre os mesmos.
Resposta:
A alternativa E) "os estigmas independem dos grupos sociais, sendo sempre os mesmos" é incorreta. Os estigmas não são fenômenos estáticos; eles variam significativamente entre diferentes culturas e contextos sociais. O que pode ser percebido como estigmatizante em uma sociedade pode não ser em outra. Goffman enfatiza que o estigma é uma atribuição que diminui a pessoa da perspectiva dos outros, resultando em uma discrepância entre a identidade "virtual" e a "real".
Explicação:
Erving Goffman, em sua obra "Estigma: Notas sobre a Manipulação da Identidade Deteriorada", explora como indivíduos com atributos que são profundamente desacreditados por suas sociedades são percebidos e como eles se adaptam a essa percepção. O estigma, segundo Goffman, não é uma qualidade inerente a uma pessoa ou grupo, mas sim uma construção social baseada na reação de outros a certas características, que podem ser físicas, psicológicas ou comportamentais. Portanto, o estigma é altamente dependente do contexto social e cultural e pode mudar ao longo do tempo ou entre diferentes sociedades.
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