Estudos críticos, acerca das relações entre trabalho e prisões, analisaram que o trabalho
- A) é a melhor atividade para corrigir o crime.
- B) sempre dignifica o homem.
- C) é considerado a única atividade para a recuperação do preso.
- D) é utilizado como uma prática punitiva que reproduz a lógica capitalista.
Resposta:
A alternativa correta é letra D) é utilizado como uma prática punitiva que reproduz a lógica capitalista.
Gabarito Letra D
Estudos críticos, acerca das relações entre trabalho e prisões, analisaram que o trabalho
a) é a melhor atividade para corrigir o crime.
b) sempre dignifica o homem.
c) é considerado a única atividade para a recuperação do preso.
d) é utilizado como uma prática punitiva que reproduz a lógica capitalista.
Essa prova tem como uma de suas referências bibliográficas o artigo “Fronteiras Trabalho e Pena: das casas de correção as PPPs prisionais”, de Amaral, Nogueira e Barros. Vejamos um trecho deste artigo:
“Pesquisas recentes (Barros, & Lhuilier, 2013; Barros et al., 2014) demonstram, entretanto, que, para os presos, as atividades oferecidas não agregam competências que possibilitem inserção no mercado formal e que possam garantir a vida fora da marginalidade em que se encontravam antes do encarceramento. Embora o objetivo oficial dessas parcerias seja oferecer condições dignas de cumprimento de pena aos sentenciados, o que se nota de fato é a inserção mais efetiva do sistema prisional em uma clara lógica de adaptação à ordem econômica, conforme sinaliza Portugal (2010):
“O abandono dos sistemas públicos de gestão em prol da adoção de modelos carcerários público-privados é uma alternativa meramente simbólica no tocante à promessa de concretização de direitos fundamentais. Isto porque, a pretexto de assegurar ao apenado a sua dignidade humana, oculta a real intenção de utilização do preso como mão de obra barata (p. 98).”
Assim, temos notadamente que, o que se propõe constituir como alternativa para a falência do sistema prisional brasileiro, ofertando àqueles que foram privados de liberdade condições para o cumprimento de sua pena de forma digna, as PPPs têm se mostrado como um poderoso mecanismo de ganhos financeiros.”
Entendemos então que, para os autores, o trabalho no contexto prisional não tem função de dignificar o homem, ou corrigi-lo ou recupera-lo, e sim transforma-lo em mão de obra barata, reproduzindo a lógica
capitalista.
Dessa forma, nosso gabarito é Letra D.
Referência
AMARAL, Thaísa Vilela Fonseca; BARROS, Vanessa Andrade; NOGUEIRA, Maria Luísa Magalhães. Fronteiras Trabalho e Pena: das Casas de Correção às PPPs Prisionais. Psicologia Ciência e Profissão. Jan/Mar.2016.p. 63- 75
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