Questões Sobre Psicologia Social - Psicologia - concurso
191) Sobre comportamento antissocial, assinale a opção INCORRETA.
- A) Ainda que muitos atos agressivos possam ser aprendidos através de reforçamento direto, muitos pesquisadores sugerem que a aprendizagem observacional ou modelação social constitui um método mais usual de aquisição de comportamentos agressivos.
- B) A chamada agressão sancionada é aquela que a sociedade julga aceitável ou mesmo imperiosa.
- C) A primeira tentativa sistemática de definir a agressão como uma reação às condições ambientais foi a hipótese da frustração-agressão.
- D) a hipótese do efeito das armas como desencadeador da agressão surgiu no contexto europeu, logo após a II Guerra Mundial.
- E) Uma das características individuais mais estudadas no âmbito do comportamento agressivo é o chamado padrão de comportamento tipo A. Os indivíduos que se enquadram nesse padrão costumam possuir os seguintes traços pessoais: a) são extremamente competitivos; b) estão sempre com pressa; c) são irritadiços e hostis.
A alternativa correta é letra D) a hipótese do efeito das armas como desencadeador da agressão surgiu no contexto europeu, logo após a II Guerra Mundial.
Sobre comportamento antissocial, assinale a opção INCORRETA.
A questão está baseada no seguinte texto:
"Por outro lado, vimos anteriormente que a agressão pode não envolver danos físicos, podendo a vítima ser agredida verbalmente por insultos, calúnias, ou impedida por outrem de atingir seu objetivo. Nesses casos, a agressão é simbólica e também pode ser hostil ou instrumental. A chamada agressão sancionada é aquela que a sociedade julga aceitável ou mesmo imperiosa, como por exemplo o comportamento de um soldado que mata um inimigo na guerra, ou o comportamento agressivo de uma pessoa em legítima defesa para proteger-se ou a outros dos ataques de alguém. Essa forma de agressão é tipicamente instrumental.
(...)
Ainda que muitos atos agressivos possam ser aprendidos por meio de reforço direto, a aprendizagem observacional ou modelação social constitui um método mais usual de aquisição de comportamentos agressivos. De acordo com esse princípio, podemos aprender novos comportamentos pela observação das ações de outras pessoas, designadas como modelos. Bandura, Ross e Ross (1961, 1963) conduziram uma série de experimentos para demonstrar as maneiras pelas quais a observação do comportamento agressivo de adultos afetaria a escolha de brincadeiras pelas crianças. Os resultados indicaram os efeitos desse comportamento na agressividade das crianças: aquelas que observaram um modelo adulto agressivo foram consistentemente mais agressivas do que as que observaram um modelo não agressivo ou que não observaram modelo algum.
(...)
A hipótese da frustração-agressão - A primeira tentativa sistemática de definir a agressão como uma reação às condições ambientais foi a hipótese da frustração-agressão. Em sua formulação original, o chamado Grupo de Yale (Universidade de Yale, nos Estados Unidos) propôs duas hipóteses gerais, segundo as quais a frustração sempre leva a alguma forma de agressão e a agressão sempre resulta da frustração (DOLLARD, DOOB, MILLER, MOWRER & SEARS, 1939).
(...)
Uma das características pessoais mais estudadas no âmbito do comportamento agressivo é o chamado Padrão de Comportamento Tipo A. Os indivíduos, que se enquadram nesse padrão, costumam possuir os seguintes traços pessoais: a) são extremamente competitivos; b) estão sempre com pressa e c) são irritadiços e hostis.
(...)
Objetos violentos alimentam pensamentos violentos. Armas, facas e outros tipos de objetos são fortemente associados à ideia de agressão (HUESMANN & ERON, 1984). Se ver uma arma pode propiciar pensamentos de agressão, isto deve fazer com que o comportamento agressivo seja mais provável. A essa conclusão, apoiada em programa sistemático de pesquisas, chegaram alguns psicólogos sociais, o que os levou a cunhar o termo efeito das armas (BERKOWITZ & LePAGE, 1967; CARLSON, MARCUS-NEWHALL & MILLER, 1990)."
Fonte: "Psicologia social" (Rodrigues et al.)
Observação: Berkowitz faz parte da psicologia social americana.
Com isso, encontramos a alternativa incorreta na Letra D.
a) Ainda que muitos atos agressivos possam ser aprendidos através de reforçamento direto, muitos pesquisadores sugerem que a aprendizagem observacional ou modelação social constitui um método mais usual de aquisição de comportamentos agressivos.
b) A chamada agressão sancionada é aquela que a sociedade julga aceitável ou mesmo imperiosa.
c) A primeira tentativa sistemática de definir a agressão como uma reação às condições ambientais foi a hipótese da frustração-agressão.
d) a hipótese do efeito das armas como desencadeador da agressão surgiu no contexto europeu, logo após a II Guerra Mundial.
e) Uma das características individuais mais estudadas no âmbito do comportamento agressivo é o chamado padrão de comportamento tipo A. Os indivíduos que se enquadram nesse padrão costumam possuir os seguintes traços pessoais: a) são extremamente competitivos; b) estão sempre com pressa; c) são irritadiços e hostis.
192) Acerca de comportamento pró-social, assinale a opção CORRETA.
- A) O modelo teórico de Latané e Darley conceitua o comportamento pró-social como uma resposta de ajuda que constitui o ponto final de uma série de cinco respostas cognitivas.
- B) De acordo com o princípio da difusão de responsabilidade, quando o número de circunstantes é pequeno, a responsabilidade pela ajuda se torna difusa e diluída no grupo, tendo como consequência uma alta probabilidade de ajuda.
- C) Romer e colaboradores identificaram somente três orientações altruístas baseadas no grau de necessidade individual de prestar e de receber ajuda.
- D) A ajuda depende dos julgamentos que fazemos sobre o merecimento da vítima e de nossas inferências em relação às causas do infortúnio. Isso é explicado pela teoria do mundo injusto de Lerner e Simmons.
- E) A abordagem normativa enfoca as características pessoais que influenciam o comportamento pró-social.
A alternativa correta é letra A) O modelo teórico de Latané e Darley conceitua o comportamento pró-social como uma resposta de ajuda que constitui o ponto final de uma série de cinco respostas cognitivas.
Acerca de comportamento pró-social, assinale a opção CORRETA.
A questão está baseada no seguinte texto:
"O modelo teórico de Latané e Darley (1970) conceitua o comportamento pró-social como uma resposta de ajuda que constitui o ponto final de uma série de cinco decisões cognitivas (1. percepção da situação; 2. interpretação da situação como sendo uma emergência; 3. decisão de assumir responsabilidade pela ajuda; 4. identificação de uma maneira capaz de ajudar; 5. decisão final de ajudar). Em cada passo do processo, tal como no anterior, pode resultar uma decisão em não ajudar ou uma decisão que leva o indivíduo ao passo seguinte na direção do comportamento altruísta.
(...)
Essa tendência foi inicialmente interpretada por eles como uma resultante do princípio de difusão de responsabilidade, segundo o qual se o número de circunstantes ou espectadores é grande, a responsabilidade pela ajuda se torna difusa e diluída no grupo, tendo como consequência uma baixa probabilidade de ajuda.
(...)
Romer e seus associados (CALLERO, 1986 ROMER, GRUDER & LIZZADRO, 1986) identificaram quatro orientações altruístas baseadas no grau de necessidade individual de prestar ajuda e de receber ajuda:
a) altruístas: aqueles que são motivados a ajudar os outros sem receber nada em troca;
b) doadores receptivos, os que ajudam para obter algo em troca;
c) egoístas, motivados basicamente para receber ajuda, mas não para dar ajuda;
d) os individualistas, que não são motivados nem para para dar nem para receber ajuda.(...)
A ajuda depende dos julgamentos que fazemos sobre o merecimento da vítima e de nossas inferências em relação às causas de seu "infortúnio". Se concluímos que a pessoa está em dificuldades porque foi negligente e, de alguma forma, é responsável por seu destino, a ajuda tende a ser pouco provável. Uma explicação para essa tendência pode a ser dada a partir da hipótese do mundo justo (LERNER & SIMMONS, 1966), já mencionada anteriormente.
(...)
A abordagem normativa
Uma outra vertente teórica de estudo do altruísmo, no âmbito da psicologia social, propõe que, muitas vezes, os indivíduos ajudam os outros por conta de certas normas em sociedade, que prescrevem o comportamento apropriado em determinadas situações. As normas constituem, portanto, expectativas sociais, que os orientam quanto a como devem agir quando alguém precisa de auxílio.
Sob esse enfoque, os fatores sociais são muito mais importantes que os fatores biológicos na determinação do comportamento pró-social humano. Por outro lado, argumenta-se que as pessoas ajudam aqueles em necessidade movidos, não por avaliações calculadas em termos de seu autointeresse, mas simplesmente porque algo lhes diz que devem ajudá-los."
Fonte: "Psicologia Social" (Rodrigues et al.)
Com isso, encontramos a resposta na Letra A.
a) O modelo teórico de Latané e Darley conceitua o comportamento pró-social como uma resposta de ajuda que constitui o ponto final de uma série de cinco respostas cognitivas.
b) De acordo com o princípio da difusão de responsabilidade, quando o número de circunstantes é pequeno, a responsabilidade pela ajuda se torna difusa e diluída no grupo, tendo como consequência uma alta probabilidade de ajuda.
c) Romer e colaboradores identificaram somente três orientações altruístas baseadas no grau de necessidade individual de prestar e de receber ajuda.
d) A ajuda depende dos julgamentos que fazemos sobre o merecimento da vítima e de nossas inferências em relação às causas do infortúnio. Isso é explicado pela teoria do mundo injusto de Lerner e Simmons.
e) A abordagem normativa enfoca as características pessoais que influenciam o comportamento pró-social.
193) Assinale a alternativa que reúne, segundo Goffman, apenas o que ele denominou de instituições totais.
- A) Penitenciária, CRAS, CAPs.
- B) Escola interna, convento, pousada.
- C) Leprosário, asilo, CREAS.
- D) Sanatório, cadeia, mosteiro.
A alternativa correta é letra D) Sanatório, cadeia, mosteiro.
Explicação:Segundo Erving Goffman, instituições totais são locais de residência e trabalho onde um grande número de indivíduos com situação semelhante, cortados do mundo mais amplo por um período considerável de tempo, levam uma vida fechada e formalmente administrada. Penitenciárias, sanatórios e mosteiros se enquadram nessa definição pois são locais onde as pessoas estão isoladas da sociedade e vivem sob regras e horários rígidos impostos pela instituição. CRAS e CAPs, por outro lado, não são considerados instituições totais, pois não isolam os indivíduos da sociedade de forma prolongada.
194) Para Sawaia (2008), o sofrimento ético-político deve ser considerado como categoria de análise da dialética exclusão/inclusão. Analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa verdadeira, e a letra F quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
( ) As várias formas de exclusão se objetivam no sujeito, portanto, ele é o responsável por sua situação social e deve buscar superá-la.
( ) No estudo da exclusão não se justifica trabalhar o campo das emoções, pois quando se está diante de um sujeito que passa fome, esta é sua urgência.
( ) O sofrimento é a dor mediada pelas injustiças sociais
( ) O contraponto do sofrimento ético-político é a felicidade pública.
( ) O conceito de potência de ação é proposto pela autora em substituição ao clássico conceito de conscientização.
- A) F – F – V – V – V.
- B) F – V – V – V – F.
- C) V – F – F – F – V.
- D) V – F – V – F – F.
- E) F – F – F – V – F.
A alternativa correta é letra A) F – F – V – V – V.
Gabarito Letra A
(F) As várias formas de exclusão se objetivam no sujeito, portanto, ele é o responsável por sua situação social e deve buscar superá-la.
Falso! O sujeito não é o responsável por sua situação social e nem capaz de superá-la sozinho.
“A exclusão vista como sofrimento de diferentes qualidades recupera o indivíduo perdido nas análises econômicas e políticas, sem perder o coletivo. Dá força ao sujeito, sem tirar a responsabilidade do Estado. É no sujeito que se objetivam as várias formas de exclusão, a qual é vivida como motivação, carência, emoção e necessidade do eu. Mas ele não é uma mônada responsável por sua situação social e capaz de, por si mesmo, superá-la. É o indivíduo que sofre, porém, esse sofrimento não tem a gênese nele, e sim em intersubjetividades delineadas socialmente.
(F) No estudo da exclusão não se justifica trabalhar o campo das emoções, pois quando se está diante de um sujeito que passa fome, esta é sua urgência.
Falso! Sawaia defende o estudo das emoções como questão ético-política.
(V) O sofrimento é a dor mediada pelas injustiças sociais
Verdadeiro!
“O sofrimento é a dor mediada pelas injustiças sociais. É o sofrimento de estar submetida à fome e à opressão, e pode não ser sentido como dor por todos. É experimentado como dor, na opinião de Heller, apenas por quem vive a situação de exclusão ou por "seres humanos genéricos" e pelos santos, quando todos deveriam estar sentindo-o, para que todos se implicassem com a causa da humanidade”
(V) O contraponto do sofrimento ético-político é a felicidade pública.
Verdadeiro!
“Em síntese, o sofrimento ético-político abrange as múltiplas afecções do corpo e da alma que mutilam a vida de diferentes formas. Qualifica-se pela maneira como sou tratada e trato o outro na intersubjetividade, face a face ou anônima, cuja dinâmica, conteúdo e qualidade são determinados pela organização social. Portanto, o sofrimento ético-político retrata a vivência cotidiana das questões sociais dominantes em cada época histórica, especialmente a dor que surge da situação social de ser tratado como inferior, subalterno, sem valor, apêndice inútil da sociedade. Ele revela a tonalidade ética da vivência cotidiana da desigualdade social, da negação imposta socialmente às possibilidades da maioria apropriar-se da produção material, cultural e social de sua época, de se movimentar no espaço público e de expressar desejo e afeto (Sawaia, 1 995). Seu contraponto é a felicidade pública, que é diferente do prazer e da alegria. Estes últimos são emoções imediatas e contingentes, manifestações do que Heller define como dor, circunscritas ao instante de sua ocorrência, e aparecem como flashs na vivência do sofrimento ético-político, sem alterar-lhe a qualidade. O sofrimento ético-político e a felicidade pública não se tornam fim em si mesmo, encontrando em si próprio, pelo ensimesmamento, a satisfação, como ocorre com a dor e a alegria.”
(V) O conceito de potência de ação é proposto pela autora em substituição ao clássico conceito de conscientização.
Verdadeiro!
“Tomando como referência as reflexões anteriores, propomos a substituição dos dois conceitos centrais à práxis psicossocial clássica, "conscientização" e "educação popular", pelo conceito de "potência de ação" por causa do excesso de racionalidade, instrumentalização e normatização a que aqueles foram aprisionados. Potencializar, como citado anteriormente, significa atuar, ao mesmo tempo, na configuração da ação, significado e emoção, coletivas e individuais. Ele realça o papel positivo das emoções na educação e na conscientização, que deixa de ser fonte de desordem e passa a ser vista como fator constitutivo do pensar e agir racionais.”
Assim, a sequência correta é F F V V V.
Gabarito Letra A.
Referência
SAWAIA, Bader. As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes, 2001.
195) As afirmativas abaixo referem-se ao debate sobre os processos psicossociais de exclusão, segundo Denise Jodelet (2008). Analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.
- A) A noção de exclusão não é polissêmica.
- B) Para a Psicologia Social, a interpretação psicológica e a interpretação sócio histórica dos fenômenos se opõem.
- C) Os preconceitos e os estereótipos são duas noções fundamentais aos estudos dos processos psicossociais de exclusão.
- D) A imagem que possuímos de nós mesmos não possui relação com aquela que possuímos do nosso grupo de pertença.
- E) Para a autora, o preconceito está disposto na classe das atitudes e comporta apenas uma dimensão cognitiva.
A alternativa correta é letra C) Os preconceitos e os estereótipos são duas noções fundamentais aos estudos dos processos psicossociais de exclusão.
Gabarito Letra C
As afirmativas abaixo referem-se ao debate sobre os processos psicossociais de exclusão, segundo Denise Jodelet (2008). Analise as afirmativas e assinale a alternativa correta.
a) A noção de exclusão não é polissêmica.
Errado. A noção de exclusão é, sim, polissêmica.
“A noção de exclusão, bastante polissêmica, compreende fenômenos tão variados que nós podemos nos perguntar até onde se justifica falar ou tratar de exclusão em geral, o que suporia juntar todos os processos que ela implica ou todas as formas que ela toma em uma mesma alternativa.“
b) Para a Psicologia Social, a interpretação psicológica e a interpretação sócio histórica dos fenômenos se opõem.
Errado. Essas interpretações não se opõem.
“Em se tratando de exclusões socialmente produzidas, a Psicologia Social não opõe um tipo de interpretação (psicológica) a um outro (sócio-histórico, cultural ou econômico). Ela tenta compreender de que maneira as pessoas ou os grupos que são objetos de uma distinção, são construídos como uma categoria à parte.”
c) Os preconceitos e os estereótipos são duas noções fundamentais aos estudos dos processos psicossociais de exclusão.
Certo!
“Os modelos psicodinâmicos que acabamos de examinar fazem intervir dois mediadores importantes da exclusão, os preconceitos e os estereótipos. Estas duas noções, freqüentemente mal diferenciadas senão confundidas, designam os processos mentais pelos quais se operam a descrição e o julgamento das pessoas ou de grupos, que são caracterizados por pertencer a uma categoria social ou pelo fato de apresentar um ou mais atributos próprios a esta categoria. O preconceito é um julgamento positivo ou negativo, formulado e uma pessoa ou de uma coisa e que, assim, compreende vieses e esferas específicas. Disposto na classe das atitudes, o preconceito comporta uma dimensão cognitiva, especificada em seus conteúdos (asserções relativas ao alvo) e sua forma (estereotipia), uma dimensão afetiva ligada às emoções e valores engajados na interação com o alvo, uma dimensão conativa, positiva ou negativa. Forjado nos anos trinta, ele conhece um aumento de interesse desde os anos setenta, com o estudo das relações intergrupos e do ressurgimento do fascismo e dos movimentos de extrema direita, na Europa sobretudo. A atenção está hoje colocada nas representações que fundam os preconceitos, nos processos de comunicação e nos contextos sócio-históricos em função dos quais seus conteúdos se elaboram, muito mais do que na sua forma.
Essas constituem, antes, o objeto de estudo dos estereótipos, fenômenos que foram identificados, nos anos vinte, por um jornalista, Lipmann, que se ocupando da opinião pública fazia dela "imagens na cabeça", representações do meio social que permitiam simplificar sua complexidade. É esta concepção, relacionando estereótipo a uma economia cognitiva e a uma função do conhecimento, que domina os modelos atuais (Hamilton, 1981). Na linguagem cognitivista do tratamento da informação, os estereótipos são esquemas que concernem especificamente os atributos pessoais que caracterizam os membros de um determinado grupo ou de uma categoria social dada. Eles são considerados como resultantes de processos de simplificação próprios ao pensamento do senso comum.”
d) A imagem que possuímos de nós mesmos não possui relação com aquela que possuímos do nosso grupo de pertença.
Errado. Nossa imagem está muito relacionada com a imagem que temos do nosso grupo.
e) Para a autora, o preconceito está disposto na classe das atitudes e comporta apenas uma dimensão cognitiva.
Errado. O preconceito tem uma dimensão cognitiva, uma afetiva e uma conativa.
Nosso gabarito é Letra C.
Referência
SAWAIA, Bader. As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes, 2001.
196) A respeito da discussão sobre a noção de exclusão proposta por Wanderley (2008), analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa verdadeira, e a letra F quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
( ) As causas de pobreza e exclusão social não possuem ligação com o contexto do espaço e tempo onde se inserem, haja vista que são fenômenos globais homogêneos.
( ) O conceito de desqualificação não possui correlação com a situação de empregabilidade.
( ) O conceito de desafiliação foi cunhado por Castel e refere-se a ruptura de vínculo societal.
( ) A pobreza é considerada um fenômeno multidimensional e não significa apenas ausência de renda
( ) Os ciclos de exclusão são reforçados pela naturalização deste fenômeno como insuperável e pelo reforçamento dos estigmas.
- A) F – V – V – F – V.
- B) F – F – V – V – V.
- C) V – V – V – V – F.
- D) F – V – F – F – V.
- E) V – V – F – V – V.
A alternativa correta é letra B) F – F – V – V – V.
Gabarito Letra B
A respeito da discussão sobre a noção de exclusão proposta por Wanderley (2008), analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa verdadeira, e a letra F quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
(F) As causas de pobreza e exclusão social não possuem ligação com o contexto do espaço e tempo onde se inserem, haja vista que são fenômenos globais homogêneos.
Falso! As causas de pobreza e exclusão estão intimamente ligadas com o contexto de tempo e espaço.
“Ao se tratar concretamente do tema da exclusão é necessário precisar o espaço de referência que provoca a rejeição (categoria fundamental). Qualquer estudo sobre a exclusão deve ser contextualizado no espaço e tempo ao qual o fenômeno se refere.”
(F) O conceito de desqualificação não possui correlação com a situação de empregabilidade.
Falso! O conceito de desqualificação passa essencialmente pelo emprego.
(V) O conceito de desafiliação foi cunhado por Castel e refere-se a ruptura de vínculo societal.
Verdadeiro! Veja:
“A "desafiliação": analisando as metamorfoses da questão social Robert Castel cunha este conceito, significando uma ruptura de pertencimento, de vínculo societal. "Efetivamente, desafiliado é aquele cuja trajetória é feita de uma série de rupturas com relação a estados de equilíbrio anteriores, mais ou menos estáveis, ou instáveis". Estão aqui consideradas as populações com insuficiência de recursos materiais e também aquelas fragilizadas pela instabilidade do tecido relacionai, não somente em vias de pauperização mas de desafiliação, ou seja, perda de vínculo societal... "O que chamei de desafiliação não é o equivalente necessariamente a uma ausência completa de vínculos, mas à ausência de inscrição do sujeito em estruturas que têm um sentido"
(V) A pobreza é considerada um fenômeno multidimensional e não significa apenas ausência de renda
Verdadeiro! Veja:
“A pobreza contemporânea tem sido percebida como um fenômeno multidimensional atingindo tanto os clássicos pobres indigentes, subnutridos, analfabetos...) quanto outros segmentos da população pauperizados pela precária inserção no mercado de trabalho (migrantes discriminados, por exemplo). Não é resultante apenas da ausência de renda; incluem-se aí outros fatores como o precário acesso aos serviços públicos e, especialmente, a ausência de poder. Nesta direção, o novo conceito de pobreza se associa ao de exclusão, vinculando-se às desigualdades existentes e especialmente à. privação de poder de ação e representação e, nesse sentido, exclusão social tem que ser pensada também a partir da questão da democracia.”
(V) Os ciclos de exclusão são reforçados pela naturalização deste fenômeno como insuperável e pelo reforçamento dos estigmas.
Verdadeiro! Veja:
“A naturalização do fenômeno da exclusão e o papel do estigma servem para explicitar, especificamente no caso da sociedade brasileira, a natureza da incidência dos mecanismos que promovem o ciclo de reprodução da exclusão, representado pela aceitação tanto ao nível social, como do próprio excluído, expressa em afirmações como "isso é assim e não há nada para fazer"
Assim, a sequência correta é F F V V V.
Gabarito Letra B.
Referência
SAWAIA, Bader. As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis: Vozes, 2001.
197) Para Paugan (2008), a expulsão gradativa de camadas cada vez mais amplas da população para fora do mercado de trabalho e as vivências na relação com os serviços de assistência ao longo deste processo corresponde ao conceito de:
- A) discriminação social.
- B) desqualificação social.
- C) exclusão social.
- D) assistência social.
- E) desfiliação social.
A alternativa correta é letra B) desqualificação social.
Gabarito Letra B
Para Paugan (2008), a expulsão gradativa de camadas cada vez mais amplas da população para fora do mercado de trabalho e as vivências na relação com os serviços de assistência ao longo deste processo corresponde ao conceito de:
a) discriminação social.
b) desqualificação social.
c) exclusão social.
d) assistência social.
e) desfiliação social.
Esse é o conceito de Paugan de desqualificação social, veja:
“A partir desses elementos e tendo a assistência social como eixo transversal do processo, Paugam caracteriza o processo de desqualificação social como:
O movimento de expulsão gradativa, para fora do mercado de trabalho, de camadas cada vez mais numerosas da população - e as experiências vividas na relação de assistência, ocorridas durante as diferentes fases desse processo. Cumpre realçar que o conceito de desqualificação social valoriza o caráter multidimensional, dinâmico e evolutivo da pobreza e o status social dos pobres socorridos pela assistência (Paugam, 1999, p. 68).
A construção conceitual da desqualificação social empreendida por Paugam (1999) é realizada buscando compreender situações que ocorreram gradativamente em países que já conheceram razoável o desenvolvimento econômico-social e que, a partir das novas etapas do desenvolvimento contemporâneo, passam a discriminar segmentos cada vez mais amplos da população (Véras, 2003).”
Nosso gabarito é Letra B
Referência
Pizzio, Alex. (2009). Desqualificação e qualificação social: uma análise teórico conceitual. Revista Mal Estar e Subjetividade, 9(1), 209-232. Recuperado em 22 de agosto de 2020, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482009000100009&lng=pt&tlng=pt.
198) Analise as afirmativas abaixo e marque a resposta correta.
Segundo Valêncio, Viena e Marchezine (2011), os desastres ocorridos no Brasil caracterizam um processo sociopolítico de abandono por que:
I. a situação de vulnerabilidade social de grandes contingentes populacionais os tornam os primeiros a serem afetados nos desastres.
II. durante os desastres muitas famílias são obrigadas a deixar para trás parentes e pertences, que acabam ficando abandonados.
III. os grupos mais empobrecidos estão alijados dos benefícios do progresso, o que lhes tornam mais susceptíveis aos desastres.
IV. a naturalização dos desastres é convergente com a banalização das práticas de violência de que trata Hannah Arendt.
V. todos os cidadãos ficam em condições de abandono após um desastre, independente de sua condição social.
- A) Somente II e V estão corretas.
- B) Somente I, III e IV estão corretas.
- C) Somente I e III estão corretas.
- D) Somente I, II, III e IV estão corretas.
- E) Somente V está correta.
A alternativa correta é letra B) Somente I, III e IV estão corretas.
Gabarito Letra B
Segundo Valêncio, Viena e Marchezine (2011), os desastres ocorridos no Brasil caracterizam um processo sociopolítico de abandono por que:
I. a situação de vulnerabilidade social de grandes contingentes populacionais os tornam os primeiros a serem afetados nos desastres.
Certo!
“Em algumas regiões do país, em especial no Centro-Sul, os desastres relacionados às chuvas podem se intensificar nas próximas décadas gerando danos humanos, materiais e ambientais sem precedentes. Isso indica que está tomando corpo o cenário no qual a vulnerabilidade de significativos contingentes populacionais está potencialmente agravada. O conceito de vulnerabilidade aqui utilizado diz respeito à susceptibilidade de indivíduos ou grupos que, inseridos num ambiente hostil, demonstram escassa capacidade de defesa e de adaptação e tendem, assim, a vivenciar processos de deterioração de toda a ordem rumando ao perecimento. A redução da vulnerabilidade exigiria, pois, uma complexa percepção do meio sócio-ecológico e de novas formas de governança.”
II. durante os desastres muitas famílias são obrigadas a deixar para trás parentes e pertences, que acabam ficando abandonados.
Errado. Muitas vezes os pertences devem ser abandonados, mas os parentes em geral representam uma rede de apoio.
Certo! Mesmo que as tecnologias fiquem cada vez mais avançadas, esses avanços não chegam nas populações mais pobres, que continuam suscetíveis a desastres naturais.
Certo! Pensar os desastres como naturais, desumanizando-os, converge com as discussões de banalização da violência propostas por Arendt.
V. todos os cidadãos ficam em condições de abandono após um desastre, independente de sua condição social.
Errado. A condição social influencia diretamente nas consequências que serão sentidas.
Assim, apenas I, III e IV estão corretas.
Gabarito Letra B.
Fonte: http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/diversos/mini_cd_oficinas/pdfs/Livro-Sociologia-Dos-Desastres.pdf
199) Com relação à Psicologia Social abordada por Jacques et al (2010), assinale a alternativa correta.
- A) A Psicologia Social Norte-Americana possui grande importância, pois trouxe uma dimensão crítica e contra hegemônica para os recentes estudos em Psicologia Social na America Latina.
- B) O conceito de ideologia é um dos mais coesos em Psicologia Social, pois as escolas teóricas adotaram um único referencial teórico para abordá-lo, visando simplificar a compreensão de fenômenos sociais complexos.
- C) Toda pesquisa participante pode ser considerada uma pesquisa ação.
- D) A interligação entre cognição, afeto e ação no processo de representação é um elemento fundamental da teoria das representações sociais.
- E) Não há distinção entre representações sociais e representações coletivas.
A alternativa correta é letra B) O conceito de ideologia é um dos mais coesos em Psicologia Social, pois as escolas teóricas adotaram um único referencial teórico para abordá-lo, visando simplificar a compreensão de fenômenos sociais complexos.
Gabarito Letra B
Com relação à Psicologia Social abordada por Jacques et al (2010), assinale a alternativa correta.
a) A Psicologia Social Norte-Americana possui grande importância, pois trouxe uma dimensão crítica e contra hegemônica para os recentes estudos em Psicologia Social na America Latina.
Errado. A psicologia social norte-americana é cientificista.
b) O conceito de ideologia é um dos mais coesos em Psicologia Social, pois as escolas teóricas adotaram um único referencial teórico para abordá-lo, visando simplificar a compreensão de fenômenos sociais complexos.
Errado. Pelo contrário, existem diversas definições de ideologia.
“A primeira coisa a que precisamos prestar atenção, ao querer penetrar nessa realidade da ideologia, é que existem hoje inúmeros enfoques teóricos, que dão ao conceito de ideologia diferentes significados e funções. Não é tarefa fácil tratar esse assunto de maneira clara e inteligível. Vamos nos arriscar por esse terreno acidentado, minado, mostrando, quanto possível, as semelhanças, diferenças, sobreposições e relações dos vários aspectos presentes, em geral, na realidade da ideologia.”
c) Toda pesquisa participante pode ser considerada uma pesquisa ação.
Errado. Nem toda pesquisa participante é uma pesquisa-ação.
“Os termos pesquisa-ação e pesquisa participante têm origem na perspectiva em psicologia social de Kurt Lewin, embora não tenham se restringido a este modelo teórico e tenham sofrido grandes transformações. Para alguns autores a diferenciação entre essas duas propostas reside na ênfase no componente “ação”; sob este ponto de vista a pesquisa-ação é uma forma de pesquisa participante, mas nem toda a pesquisa participante concentra suas atenções no requisito da ação (THIOLLENT, 1985). Outros autores discordam, pois registram experiências de pesquisa participante em que o componente ação é privilegiado (HAGUETTE,1987). O ponto comum entre as duas modalidades é o envolvimento efetivo da população pesquisada em todas as etapas do desenvolvimento da investigação, desde a formulação do problema até a divulgação dos conhecimentos produzidos.”
d) A interligação entre cognição, afeto e ação no processo de representação é um elemento fundamental da teoria das representações sociais.
Certo! Veja:
“Um dos elementos fundamentais da teoria das RS [representações sociais] é a interligação possível entre cognição, afeto e ação no processo de representação. Tanto Jovchelovitch (1996), como Guareschi, mostram a importância desta interligação no processo cognitivo. A representação, como um processo mental, carrega sempre um sentido simbólico. Jodelet (1988) identifica no ato de representar cinco características fundamentais: 1) representa sempre um objeto; 2) é imagem e com isso pode alterar a sensação e a ideia, a percepção e o conceito; 3) tem um caráter simbólico significante; 4) tem poder ativo e construtivo; 5) possui um caráter autônomo e generativo. “
e) Não há distinção entre representações sociais e representações coletivas.
Errado. Representações sociais e representações coletivas não são a mesma coisa, veja:
“Deve-se fazer uma distinção entre RS e as Representações Coletivas, como empregadas por Durkheim. Sperber (1985), ao explicar a diferença, faz uma analogia com a medicina: diz ele que a mente humana é susceptível de representações culturais, do mesmo modo que o organismo humano é susceptível de doenças. Ele divide as representações em: coletivas – representações duradouras, amplamente distribuídas, ligadas à cultura, transmitida lentamente por gerações, “são tradições” e se comparam à endemia; e sociais – são típicas de culturas modernas, espalham-se rapidamente por toda a população, possuem curto período de vida, são parecidos com os “modismos” e se comparam à epidemia.”
Assim, a resposta correta é Letra D, mas a banca considerou como gabarito a Letra B.
Fonte: http://pablo.deassis.net.br/wp-content/uploads/Psicologia-social-contemporanea-Maria-da-Graca-Correa-Jacques.pdf
200) As afirmativas a seguir referem-se às discussões em Psicologia Social abordada por Jacques et al (2010). Analise cada uma delas, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa verdadeira, e a letra F quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
( ) A teoria comportamentalista pressupõe que, no caso da comunicação de massa, a aprendizagem se dá através da modelagem.
( ) A Escola de Frankfurt é considerada a mais importante no estudo da Teoria Crítica.
( ) A esquizoanálise afirma que o desejo e a subjetividade são construídos socialmente.
( ) A técnica dos grupos operativos foi criada por Kurt Lewin a partir do questionamento da psiquiatria.
( ) Os procedimentos estatísticos sempre pautarão a escolha da amostra.
- A) V – F – V – F – F.
- B) V – V – V – F – F.
- C) F – F – V – F – V.
- D) F – V – V – F – V.
- E) V – V – F – F – V.
A alternativa correta é letra C) F – F – V – F – V.
Gabarito Letra C
(V) A teoria comportamentalista pressupõe que, no caso da comunicação de massa, a aprendizagem se dá através da modelagem.
Verdadeiro! Veja:
“Associado a isso, acredita-se que, em vez de simplesmente aprendermos pela vivência direta do reforço, aprendemos por meio da modelagem, observando outras pessoas e estabelecendo os padrões do nosso comportamento com base no delas (SCHULTZ & SCHULTZ, 1992). No caso da comunicação de massa, a aprendizagem através da modelagem pode ser sumarizada assim: uma pessoa observa alguém na mídia, identifica-se com este e infere que o comportamento observado poderá produzir certo resultado desejado, se for imitado. Quando confrontada com circunstâncias relevantes, recorda-se do modelo e reproduz o comportamento. Isso causa alívio e reforça o vínculo entre esses estímulos e a resposta modelada, aumentando a possibilidade de que se repita a ação quando frente a semelhante situação.”
(V) A Escola de Frankfurt é considerada a mais importante no estudo da Teoria Crítica.
Verdadeiro! Veja:
“Diferentemente das outras teorias, a Teoria Crítica, já de início, se preocupou em estudar a comunicação. Há mais escolas que adotam o referencial crítico, contudo a mais importante, que é chamada inclusive de Teoria Crítica, é a Escola de Frankfurt. Esta sempre esteve interessada na investigação da problemática da comunicação.”
(V) A esquizoanálise afirma que o desejo e a subjetividade são construídos socialmente.
Verdadeiro! Veja:
“A esquizoanálise, como pensada por Guattari, Deleuze e Rolnik, não se distancia, fundamentalmente, desse referencial. Ela traz, também, algumas luzes para compreendermos os mecanismos empregados pela comunicação, principalmente a comunicação de massa. Ela surge como uma crítica a alguns psicanalistas, afirmando que reproduz a essência da subjetividade burguesa e cria uma relação de força que arrasta os investimentos de desejo para fora do campo social. Deste modo, ela recusa a ideia de que o desejo e a subjetividade estejam centrados nos indivíduos, mas, sim, afirma que eles são construídos socialmente. Ou seja, essa é uma ideia de subjetividade “essencialmente fabricada, modelada, recebida e consumida que, por sua vez, ultrapassa os níveis de produção e do consumo e atinge o próprio inconsciente dos indivíduos. Isto quer dizer que, tudo aquilo que acontece quando sonhamos, fantasiamos ou nos apaixonamos, são afetos produzidos, socialmente, pelo capitalismo moderno e estão diretamente relacionados com o modo dos indivíduos perceberem o mundo, de se ‘modelizarem’ os comportamentos e de se articularem as suas relações sociais” (CZERMAK & DA SILVA, 1993, p. 45).”
(F) A técnica dos grupos operativos foi criada por Kurt Lewin a partir do questionamento da psiquiatria.
Falso! A técnica dos grupos operativos foi criada por Pichon-Riviére.
(F) Os procedimentos estatísticos sempre pautarão a escolha da amostra.
Falso! Nem sempre.
“A questão da amostragem também assume uma outra especificidade, pois nem sempre o objetivo é a generalização estatística, mas a “generalização analítica”, termo cunhado por Yin (1989) quando discute o método do estudo de caso, para se referir à articulação dos dados com a teoria proposta. Deste modo, nem sempre são os procedimentos estatísticos que pautam a escolha da amostra, mas os indivíduos estudados poderão ser escolhidos em função de aspectos ou condições consideradas significativas aos propósitos do estudo e, muitas vezes, a opção não é definida a priori, emergindo no próprio desenvolvimertto do trabalho (LANE, 1985).”
Assim, a sequência correta é V V V F F, fazendo com que a alternativa correta seja Letra B.
Entretanto, a banca considerou como gabarito a Letra C.
Fonte: http://pablo.deassis.net.br/wp-content/uploads/Psicologia-social-contemporanea-Maria-da-Graca-Correa-Jacques.pdf