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Questões Sobre Psicologia Social - Psicologia - concurso

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211) Em recente pesquisa, as professoras Cecília Coimbra e Maria Lívia do Nascimento identificaram que os profissionais dos Conselhos Tutelares e Varas de Infância atuam de forma sobreimplicada. A sobreimplicação para a Análise Institucional, segundo Lourau, se articula

  • A) ao superdimensionamento da análise de implicações, que maximiza a oposição entre grupo sujeito e grupo submetido.
  • B) a uma dificuldade de análise de implicações que, mesmo quando realizada, pode considerar como referência apenas um único nível, um só objeto.
  • C) à naturalização do funcionamento institucional, fundamental para o bom atendimento dos usuários que procuram estes estabelecimentos.
  • D) à crítica do funcionamento da sociedade neoliberal que não atende a população com políticas públicas eficazes e de qualidade.
  • E) à constante necessidade de capacitação profissional, já que a área de intervenção é constantemente atravessada por inovações jurídicas e transformações sociais.

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A alternativa correta é letra B) a uma dificuldade de análise de implicações que, mesmo quando realizada, pode considerar como referência apenas um único nível, um só objeto.

Em artigo sobre Análise de implicações, Coimbra e Nascimento explicam:

Segundo Lourau (2004) a sobreimplicação é a crença no sobretrabalho, no ativismo da prática, que pode ter como um de seus efeitos a dificuldade de se processar análises de implicações, visto que todo o campo permanece ocupado por um certo e único objeto. No mundo contemporâneo, a urgência invadiu nossas vidas e nos são exigidas ações imediatas e instantâneas. Impõe-se a todos nós a necessidade de acelerar as tarefas, o tempo, pois só assim conseguiremos sobreviver ao ritmo imposto pelo rendimento máximo. O profissional sobreimplicado responde naturalmente a essa demanda instituída, ocupando o lugar que lhe está sendo designado. De um modo geral, a forma de perceber o que se deve fazer no dia a dia ocorre, quase sempre, em uma situação que é colocada como urgente, ao mesmo tempo em que se é atravessado pela ilusão participacionista. Assim, uma de nossas hipóteses é que a sobreimplicação de nossas práticas nos impossibilita fazer a análise de demandas e de implicações.


Análise das alternativas:

 

a) Incorreta. Pelo contrário, ao invés de haver um superdimensionamento da análise de implicações, esta fica prejudicada com a sobreimplicação.

 

b) Correta. Conforme exposto pelo trecho acima, podemos dizer que a sobreimplicação se articula a uma dificuldade de análise de implicações que, mesmo quando realizada, pode considerar como referência apenas um único nível, um só objeto.

 

c) Incorreta. Como explicado pelo trecho selecionado, a sobreimplicação tem como um dos seus efeitos a dificuldade de se processar análises de implicações, o que prejudica o atendimento dos usuários que procuram a instituição.

 

d) Incorreta. A sobreimplicação não diz respeito à crítica do funcionamento da sociedade neoliberal, mas à crença no sobretrabalho. 

 

e) Incorreta. A sobreimplicação não se articular à constante necessidade capacitação profissional, mas à necessidade de se fazer a análise das implicações. 

 


Fonte: http://www.infancia-juventude.uerj.br/pdf/livia/analise.pdf

 

212) Ao pensar a ferramenta “análise de implicações”, Lourau se refere

  • A) a um princípio equivalente à contratransferência freudiana, que permite conhecer o funcionamento dos grupos sujeitos e dos grupos submetidos frente aos confrontos e alianças institucionais.
  • B) ao engajamento e participação político-institucional, ferramentas fundamentais à emergência da transversalidade.
  • C) ao reconhecimento da objetividade e neutralidade técnicas do pesquisador, atravessadas pela dimensão da enunciação coletiva.
  • D) às análises transferenciais dos que fazem parte da intervenção, dos atravessamentos e produções socioculturais, políticas e econômicas dos estabelecimentos e sujeitos que deles participam.
  • E) à valorização do sobretrabalho e do ativismo da prática que buscam beneficiar os indivíduos atendidos nas instituições.

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A alternativa correta é letra D) às análises transferenciais dos que fazem parte da intervenção, dos atravessamentos e produções socioculturais, políticas e econômicas dos estabelecimentos e sujeitos que deles participam.

Análise das alternativas:

 

a) Incorreta. A implicação aparece, inicialmente, associada ao conceito de contra-transferência institucional, já ampliado da noção de contra-transferência freudiana. Ou seja, a definição exposta se refere à implicação e não à análise de implicações.

 

b) Incorreta. É importante diferenciar implicação de engajamento ou participação. O engajamento requer a vontade de fazer da pessoa, já a implicação independe da vontade. Implicado sempre se está, quer se queira ou não, visto não ser a implicação uma decisão consciente, um ato voluntário. Ou seja, a análise de implicações não se refere ao engajamento político-institucional.

 

c) Incorreta. A análise de implicações traz para o campo da análise sentimentos, percepções, ações, acontecimentos até então considerados negativos, estranhos, como desvios e erros que impediriam uma pesquisa de ser bem sucedida. Dentro de uma visão positivista que afirma a objetividade e a neutralidade do pesquisador, as propostas da Análise Institucional tornam-se, efetivamente, uma subversão. Ou seja, a análise de implicações não se refere ao reconhecimento da objetividade e neutralidade técnicas do pesquisador.

 

d) Correta. A ferramenta “análise de implicações” supõe, dentre outras, as análises transferenciais daqueles que fazem parte da intervenção, a análise de todos os atravessamentos ali presentes (sexo, idade, raça, posição sócio-econômica, crenças, formação profissional, dentre outros) e a análise das produções sócio-culturais, políticas e econômicas que atravessam esse mesmo estabelecimento e que também constituem os sujeitos que dele participam. Logo, esta será nossa resposta.

 

e) Incorreta. O sobretrabalho dificulta a análise de implicações e não beneficia os indivíduos atendidos nas instituições.

 


Fonte: http://www.slab.uff.br/images/Aqruivos/textos_sti/Maria%20L%C3%ADvia%20do%20Nascimento/texto22.pdf

213) A Psicologia Social dedicou grande parte de seus estudos à compreensão de processos grupais e aponta que a intermediação entre o conjunto social mais amplo e o indivíduo é feita

  • A) pelas posições pessoais.
  • B) pelos grupos sociais.
  • C) pelo mundo subjetivo do indivíduo.
  • D) pelas emoções espontâneas.
  • E) pela racionalidade difundida.

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A alternativa correta é letra B) pelos grupos sociais.

Lane (1986) constatou que: 

Por um lado, o grupo social é condição de conscientização do indivíduo e, por outro, a sua potência através de mediações institucionais, na produção de relações sociais historicamente engendradas para que sejam mantidas as relações de produção em uma dada sociedade. 


Considerando o trecho acima, concluímos que a psicologia social aponta que a intermediação entre o conjunto social mais amplo e o indivíduo é feita pelos grupos sociais. 

 

As outras alternativas apresentam termos para confundir o candidato, mas nenhum deles tem a função de intermediar conjunto social amplo e o indivíduo. Dessa forma, podemos eliminá-las.

 


 

Lane, S.; Codo, W. Psicologia Social: o homem em movimento. 4. ed. São Paulo: Brasiliense S.A., 1986.

214) A percepção social está entre os principais conceitos da Psicologia Social, que ao estudar a interação social, aponta que a percepção do outro é uma forma de comunicação que depende da atribuição de significado à situação

  • A) futura.
  • B) comparada.
  • C) vivida.
  • D) escolhida.
  • E) imaginada.

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A alternativa correta é letra C) vivida.

Segundo Bock (2001)

"Percebemo-nos um ao outro. E percebemos não só a presença do outro, mas o conjunto de características que apresenta, o que nos possibilita 'ter uma impressão' dele. Essa impressão é possível porque, a partir de nossos contatos com o mundo, vamos organizando estas informações em nossa cognição, e é esta organização que nos permitirá compreender ou categorizar um novo fato.

 

A percepção do outro é uma forma de comunicação que depende da atribuição de significado à situação vivida. É, pois, um processo que vai desde a recepção do estímulo pelos órgãos dos sentidos até a atribuição de significado ao estímulo."


Conforme vemos no trecho acima, a percepção do outro é uma forma de comunicação que depende da atribuição de significado à situação vivida.

 

As outras alternativas apresentam adjetivos que poderiam caracterizar a situação. No entanto, não possuem relação com a percepção social e, portanto, podemos eliminá-las. 

 


 

BOCK, A. M. M.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: Uma Introdução ao Estudo de Psicologia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2001. 

215) Na Psicologia Social, são nominadas por atitudes, as informações com forte carga afetiva, que predispõem o indivíduo para uma determinada

  • A) ação (comportamento).
  • B) emoção (sentimento).
  • C) imaginação (fantasia).
  • D) composição (regras).
  • E) sensação (fisiologia).

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A alternativa correta é letra A) ação (comportamento).

De acordo com Bock (2001),

"A partir da percepção do meio social e dos outros, o indivíduo vai organizando estas informações, relacionando-as com afetos (positivos ou negativos) e desenvolvendo um predisposição para agir (favorável ou desfavoravelmente) em relação às pessoas e aos objetos presentes no meio social. A essas informações com forte carga afetiva, que predispõem o indivíduo para determinada ação (comportamento), damos o nome de atitudes. 

 

Portanto, para a Psicologia social, diferentemente do senso comum, nós não tomamos atitudes (comportamento, ação), nós desenvolvemos atitudes (crenças, valores, opiniões) em relação aos objetos do meio social."


Constatamos, através do trecho acima, que são nominadas por atitudes, as informações com forte carga afetiva, que predispõem o indivíduo para uma determinada ação (comportamento).

 

No restante das alternativas, a banca colocou termos que podem confundir o candidato. Porém, nenhum é coerente com o significado de atitude. 


 

BOCK, A. M. M.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: Uma Introdução ao Estudo de Psicologia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2001. 

 

216) Silvia Tatiana Maurer Lane, em sua conhecida obra Psicologia Social − o homem em movimento, afirma que a análise ideológica é fundamental para o conhecimento psicossocial pelo fato de ela determinar e ser determinada pelos comportamentos

  • A) sociais do indivíduo e pela rede de relações sociais que, por sua vez, constituem o próprio indivíduo.
  • B) morais do indivíduo e pela rede de relações sociais que, por sua vez, constituem o próprio enredo.
  • C) discursivos do indivíduo e pela rede de relações sociais que, por sua vez, constituem o próprio mundo da linguagem.
  • D) diretos do indivíduo e pela rede de relações sociais que, por sua vez, constituem o próprio método.
  • E) básicos do indivíduo e pela rede de relações sociais que, por sua vez, constituem o próprio conteúdo interno.

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A alternativa correta é letra A) sociais do indivíduo e pela rede de relações sociais que, por sua vez, constituem o próprio indivíduo.

Lane (1986) explica que:

"No plano superestrutural a ideologia é articulada pelas instituições que respondem pelas formas jurídicas, políticas, religiosas, artísticas e filosóficas; no plano individual, elas se reproduzem em função da história de vida e da inserção específica de cada indivíduo. Desta forma, a análise da ideologia deve, necessariamente, considerar tanto o discurso onde são articuladas as representações, como as atividades desenvolvidas pelo indivíduo. A análise ideológica é fundamental para o conhecimento psicossocial pelo fato de ela determinar e ser determinada pelos comportamentos sociais do indivíduo e pela rede de relações sociais que, por sua vez, constituem o próprio indivíduo.

 

Neste sentido, podemos entender como é que no plano ideológico, o indivíduo pode se tornar consciente ao detectar as contradições entre as representações e suas atividades desempenhadas na produção de sua vida material."


Através do trecho retirado do livro "Psicologia Social - o homem em movimento", chegamos à resposta correta.

 

Mas e se, ao ler o enunciado, que inclusive citou o livro no qual foi embasada a questão, descobríssemos uma referência que nunca tivemos acesso?

 

O jeito é apelar para o bom senso. Vejamos:

 

O enunciado diz: 

"Silvia Tatiana Maurer Lane, em sua conhecida obra Psicologia Social − o homem em movimento, afirma que a análise ideológica é fundamental para o conhecimento psicossocial pelo fato de ela determinar e ser determinada pelos comportamentos..."

A parte destacada é a chave para o sucesso. Por mais que o termo "análise ideológica", à princípio, possa assustar, temos que nos agarrar à informação do enunciado que nos é familiar. Essa informação é o termo "conhecimento psicossocial", cuja aquisição envolve o estudo de comportamentos sociais do indivíduo e de suas relações sociais. Assim, achamos a resposta!

 

No restante das alternativas, a banca alterou o início e o final. Podemos eliminá-las pelo fato de não estabelecerem relação com o conhecimento psicossocial e com a análise ideológica.

 


 

Lane, S.; Codo, W. Psicologia Social: o homem em movimento. 4. ed. São Paulo: Brasiliense S.A., 1986.

 

 

217) Segundo Serge Moscovici, a Teoria das Representações Sociais constitui, de certo modo, o coração da Psicologia Social, sendo que os fenômenos sociais que permitem identificar de maneira concreta as representações e trabalhar sobre elas, dentro das quais se elaboram os saberes populares e o senso comum, são as

  • A) ligações.
  • B) suposições.
  • C) fantasias.
  • D) previsões.
  • E) conversações

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A alternativa correta é letra E) conversações

De acordo com Santos e Almeida (2005),

"Comunicação e representação social são inseparáveis e interdependentes. Como afirma Moscovici (2003), 'uma condiciona a outra, porque nós não podemos comunicar sem que partilhemos determinadas representações. Uma representação compartilhada entra na nossa herança social quando ela se torna objeto de interesse e de comunicação'. Dentre os diferentes tipos de comunicação, a conversação é destacada por Moscovici como o primeiro gênero, através do qual se constroem as representações sociais."


Com base no trecho acima, as conversações são os fenômenos sociais que permitem identificar de maneira concreta as representações e trabalhar sobre elas. 

 

A banca nem se deu o trabalho de citar, no restante das alternativas (A,B,C e D), as formas secundárias de comunicação, que são: difusão, propagação e propaganda. Conseguimos eliminá-las pela falta de relação com o tema em questão. 

 


 

Fonte: Santos, M.F; Almeida, L.M. Diálogos com a teoria da representação social. Recife: EDUFPE/EDUFAL, 2005

 

 

 

 

218) No campo da pesquisa em representações sociais, é preciso manter em perspectiva a pluralidade que constitui os processos representacionais, pluralidade esta que implica o reconhecimento, na estruturação do processo investigativo, de uma série de categorias sem as quais não se pode entender o sentido pleno das representações sociais, sendo necessário estabelecer quem é

  • A) o protagonista do conflito; quando ele age agressivamente; a partir de que lugar encontra apoio; o objetivo deste estilo comunicacional.
  • B) o autor do ato conclusivo; quando age; a partir de que lugar age; o objetivo desta ação.
  • C) o sujeito do trabalho representacional; quando o sujeito sabe; a partir de que lugar o sujeito sabe; o objetivo do sujeito que sabe.
  • D) a vítima; quando ela age deste lugar; a partir de que lugar clama por cuidado; o objetivo desta posição no grupo.
  • E) o líder do grupo; quando ele atua; a partir de que lugar ele se organiza; o objetivo desta liderança.

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A alternativa correta é letra C) o sujeito do trabalho representacional; quando o sujeito sabe; a partir de que lugar o sujeito sabe; o objetivo do sujeito que sabe.

Levantar a representação de um determinado grupo social é compreender suas construções sociais, grupais, reacionais, individuais e intelectuais em relação à vida. Isso significa que, por ser a representação uma forma de valorização e re-significação daquilo que é comum e diferente a um determinado grupo, requer uma grande escuta do pesquisador em relação a si mesmo e em relação ao outro. Essa escuta derivada do respeito às diferenças instalará as condições necessárias de investigar uma determinada representação social.

 

Sandra Jovchelovitch (1994) assegura que para compreender o sentido de uma representação social é preciso estabelecer, epistemologicamente, quatro parâmetros ou questões de investigação. São eles: 

1) quem é o sujeito do trabalho representacional, ou seja, a identidade de quem sabe;

 

2) quando o sujeito sabe, ou seja, o momento histórico dos saberes;

 

3) a partir de que lugar o sujeito sabe, ou seja, o contexto social dos saberes;

 

4) o objetivo do sujeito que sabe, ou seja, a função e a conseqüência social dos saberes.

Além dessas questões, a investigação na perspectiva da representação social requer o encontro de suas duas categorias: a objetivação e a ancoragem. 

Objetivação: processo de materializar aquilo que está apenas na cognição.

 

Ancoragem: inserir a nova informação ao quadro conceitual já existente, cognitivamente. 


De acordo com o trecho acima, concluímos que no campo da pesquisa em representação social é necessário estabelecer quem é o sujeito do trabalho representacional; quando o sujeito sabe; a partir de que lugar o sujeito sabe; o objetivo do sujeito que sabe.

 

As outras alternativas foram elaboradas também com quatro parâmetros para gerar confusão no candidato, porém não estabelecem nenhuma relação com o tema abordado.


Fonte: PEREIRA, Antônio. Representações sociais da pedagogia na e da empresa sob a ótica de estudantes e pedagogos organizacionais. Educação Profissional: Ciência e Tecnologia, Brasília, jul./dez. 2008.

 

219) A identidade da psicologia é o que a diferencia dos demais ramos das ciências humanas e pode ser obtida considerando‐se que cada um desses ramos enfoca o homem de maneira particular. A psicologia colabora com o estudo da subjetividade: é essa sua forma particular específica de compreensão da totalidade da vida humana. Sobre a subjetividade, assinale a afirmativa INCORRETA.

  • A) É o que constitui nosso modo de ser; cada qual é sua singularidade.
  • B) É a maneira de sentir, pensar, amar, fantasiar, sonhar e fazer de cada um.
  • C) É aquilo que somos, sem as interferências sociais e familiares; apenas nós mesmos.
  • D) É a síntese singular e individual que cada um de nós constitui, conforme desenvolve e vivencia as experiências da vida social.

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A alternativa correta é letra C) É aquilo que somos, sem as interferências sociais e familiares; apenas nós mesmos.

Bock (2001) descreve o significado de subjetividade:

A subjetividade é a síntese singular e individual que cada um de nós vai constituindo conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e cultural; [...] A subjetividade é a maneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar, amar e fazer de cada um. É o que constitui o nosso modo de ser: sou filho de japoneses e militante de um grupo ecológico, detesto Matemática, adoro samba e black music, pratico ioga, tenho vontade mas não consigo ter uma namorada. [...] Entretanto, a síntese que a subjetividade representa não é inata ao indivíduo. Ele a constrói aos poucos, apropriando-se do material do mundo social e cultural, e faz isso ao mesmo tempo em que atua sobre este mundo, ou seja, é ativo na sua construção. 


Analisando as definições acima, percebe-se que é INCORRETO dizer que a subjetividade é aquilo que somos, sem as interferências sociais e familiares; apenas nós mesmos. A autora enfatiza que a subjetividade não é inata, mas construída aos poucos, apropriando-se do mundo social e cultural.

 

As outras alternativas apresentam características da subjetividade.

 


 

Fonte: BOCK, A. M. M.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: Uma Introdução ao Estudo de Psicologia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2001. 

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220) A identidade da psicologia é o que a diferencia dos demais ramos das ciências humanas e pode ser obtida considerando‐se que cada um desses ramos enfoca o homem de maneira particular. A psicologia colabora com o estudo da subjetividade: é essa sua forma particular específica de compreensão da totalidade da vida humana. Sobre a subjetividade, assinale a afirmativa INCORRETA.

  • A) É o que constitui nosso modo de ser; cada qual é sua singularidade.
  • B) É a maneira de sentir, pensar, amar, fantasiar, sonhar e fazer de cada um.
  • C) É aquilo que somos, sem as interferências sociais e familiares; apenas nós mesmos.
  • D) É a síntese singular e individual que cada um de nós constitui, conforme desenvolve e vivencia as experiências da vida social.
  • E) O mundo social e cultural, conforme é experienciado por nós, possibilita‐nos a construção de um mundo interior. São diversos fatores que se combinam e levam a uma vivência particular.

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A alternativa correta é letra E) O mundo social e cultural, conforme é experienciado por nós, possibilita‐nos a construção de um mundo interior. São diversos fatores que se combinam e levam a uma vivência particular.

Bock (2001) descreve o significado de subjetividade:

A subjetividade é a síntese singular e individual que cada um de nós vai constituindo conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e cultural; [...] O mundo social e cultural, conforme vai sendo experienciado por nós, possibilita-nos a construção de um mundo interior. São diversos fatores que se combinam e nos levam a uma vivência muito particular. Nós atribuímos sentido a essas experiências e vamos nos constituindo a cada dia. 

 

A subjetividade é a maneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar, amar e fazer de cada um. É o que constitui o nosso modo de ser: sou filho de japoneses e militante de um grupo ecológico, detesto Matemática, adoro samba e black music, pratico ioga, tenho vontade mas não consigo ter uma namorada. [...] Entretanto, a síntese que a subjetividade representa não é inata ao indivíduo. Ele a constrói aos poucos, apropriando-se do material do mundo social e cultural, e faz isso ao mesmo tempo em que atua sobre este mundo, ou seja, é ativo na sua construção. 


Analisando as definições acima, percebe-se que é INCORRETO dizer que a subjetividade é aquilo que somos, sem as interferências sociais e familiares; apenas nós mesmos. A autora enfatiza que a subjetividade não é inata, mas construída aos poucos, apropriando-se do mundo social e cultural. De posse dessas informações, chegaríamos à alternativa C como resposta. 

 

As outras alternativas apresentam características da subjetividade.

 

No entanto, a banca apresentou como gabarito a alternativa E. Como as alternativas são transcrições idênticas ao trecho do livro apresentado, percebemos que o gabarito apontado pela banca (alternativa E) não procede, pois refere-se à subjetividade e a questão pede a opção incorreta. Logo, constatamos que a questão deveria ter sido anulada.

 

Fonte: BOCK, A. M. M.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: Uma Introdução ao Estudo de Psicologia. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2001. 

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