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Questões Sobre Psicologia Social - Psicologia - concurso

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321) Sobre preconceito e discriminação, é correto afirmar que

  • A) preconceito se refere a comportamentos, dirigidos a um grupo, sob julgamento prévio, sendo facilmente modificados quando os fatos os contradizem.
  • B) somente as minorias são alvo de preconceito.
  • C) estereótipo é a base cognitiva do preconceito, corresponde ao conhecimento sobre o grupo e está correto em todas as circunstâncias, pois baseia-se na aprendizagem.
  • D) pode haver uma ativação controlada de estereótipos, em que as pessoas passam a analisar seu pensamento e reavaliá-lo.
  • E) a discriminação ocorre devido a causas sociais e, por isso, não pode ser modificada.

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Alternativa D: A alternativa correta é a letra D, que afirma que pode haver uma ativação controlada de estereótipos, em que as pessoas passam a analisar seu pensamento e reavaliá-lo. Isso é correto porque os estereótipos são generalizações sobre um grupo que podem ser ativados automaticamente, mas as pessoas têm a capacidade de refletir sobre esses pensamentos automáticos e, com esforço consciente, podem reavaliar e mudar suas atitudes preconceituosas. Essa capacidade de reflexão e reavaliação é fundamental para o combate ao preconceito e à discriminação, pois permite que as pessoas reconheçam e corrijam suas próprias visões enviesadas.

322) Na área de violência doméstica, ações preventivas, consideradas como prevenção secundária, poderiam ser exemplificadas por:

  • A) campanhas veiculadas nos meios de comunicação de massa.

  • B) programas de treinamento para pais.

  • C) intervenções terapêuticas, de diversas modalidades, aos que sofreram violência.

  • D) programas de creche para as crianças do “grupo de risco”.

  • E) programas de pré-natal que reforçassem os vínculos pais-filhos.

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A alternativa correta é letra D) programas de creche para as crianças do “grupo de risco”.

 

Na área de violência doméstica, ações preventivas, consideradas como prevenção secundária, poderiam ser exemplificadas por:

 

Observe o texto de Osório e Valle: 

 

"O programa de prevenção contra a violência intrafamiliar tem como objetivo as formas de prevenção primária e secundária através da mudança da cultura da violência. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a prevenção ocorre em três níveis:

 

Primária: analisa os fatores ligados à questão da violência contra a infância. São identificadas estratégias em um esforço para reduzir o índice de ocorrência de novos casos. Incluem programas junto aos pais, de treinamento em escolas e campanhas pelos meios de comunicação. É a mais importante, pois atinge todos os indivíduos que venham a se envolver direta ou indiretamente nos casos de violência.

 

Secundária: identificação precoce das situações de risco. As estratégias incluem visita domiciliar para prover cuidados às famílias do grupo de risco, encaminhamento de crise para atendimento, programas de creches para as crianças do grupo de risco.

 

Terciária: foco nas famílias com membros agressores ou vítimas com o objetivo de reduzir as consequências ou de evitar a cronificação do sintoma, através de encaminhamento para tratamento para as vítimas (Ladvocat, 2003)."

 

Com isso, nota-se que a única alternativa que fala sobre uma prevenção secundária é a Letra D. 

 

a)  campanhas veiculadas nos meios de comunicação de massa. (prevenção primária)

b)  programas de treinamento para pais. (prevenção primária)

c)  intervenções terapêuticas, de diversas modalidades, aos que sofreram violência. (prevenção terciária)

d)  programas de creche para as crianças do “grupo de risco”.

e)  programas de pré-natal que reforçassem os vínculos pais-filhos. (prevenção primária)

323) O profissional psicólogo, diante de situações de violência sexual de crianças e adolescentes, deve pautar sua ação por um “conjunto de procedimentos técnicos especializados, com o objetivo de estruturar ações de atendimento e de proteção (…), proporcionando-lhes condições para o fortalecimento da autoestima, o restabelecimento de seu direito à convivência familiar e comunitária em condições dignas de vida e possibilitando a superação da situação de violação de direitos, além da reparação da violência sofrida” (Conselho Federal de Psicologia, 2009).

 

A modalidade de atendimento proposta refere-se a:

  • A) terapia familiar sistêmica.

  • B) psicoterapia expressiva individual.

  • C) psicodrama comunitário.

  • D) atendimento psicossocial.

  • E) oficina terapêutica.

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A alternativa correta é letra D) atendimento psicossocial.

 

O profissional psicólogo, diante de situações de violência sexual de crianças e adolescentes, deve pautar sua ação por um “conjunto de procedimentos técnicos especializados, com o objetivo de estruturar ações de atendimento e de proteção (...), proporcionando-lhes condições para o fortalecimento da autoestima, o restabelecimento de seu direito à convivência familiar e comunitária em condições dignas de vida e possibilitando a superação da situação de violação de direitos, além da reparação da violência sofrida” (Conselho Federal de Psicologia, 2009).

 

A modalidade de atendimento proposta refere-se a: 

 

Observe o texto do CFP:

 

"O atendimento psicológico deve compor a atenção psicossocial, que é operacionalizada por um conjunto de procedimentos técnicos especializados, com o objetivo de estruturar ações de atendimento e de proteção a crianças e adolescentes, proporcionando-lhes condições para o fortalecimento da autoestima, o restabelecimento de seu direito à convivência familiar e comunitária em condições dignas de vida e possibilitando a superação da situação de violação de direitos, além da reparação da violência sofrida.

 

O presente texto pretende subsidiar as ações dos profissionais envolvidos no atendimento psicossocial especializado a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, no âmbito do CREAS, mas deve ser encarado apenas como direcionador, inspirador e motivador de reflexões que levem à consolidação de práticas que conciliem as dimensões teórica, técnica, ética e política do atendimento psicossocial. Para esse atendimento psicossocial especializado, não existe receita pronta."

 

Com base nisso, nota-se que a modalidade de atendimento chama-se "atendimento psicossocial". Portanto, encontramos a resposta na Letra D.

 

a)  terapia familiar sistêmica.

b)  psicoterapia expressiva individual.

c)  psicodrama comunitário.

d)  atendimento psicossocial.

e)  oficina terapêutica.

324) Um psicólogo foi chamado para intervir junto ao caso de uma criança que foi violentada e assediada sexualmente pelo seu tio paterno, irmão mais novo de seu pai. Esse profissional precisa

  • A) colocar a criança imediatamente em contato com seu agressor, o que facilita a denúncia do ato.

  • B) reconhecer que existe um vínculo afetivo entre a criança e o tio, autor da violência e do assédio sexual.

  • C) avaliar os danos físicos causados à criança, que são responsáveis pelo maior sofrimento nesses casos.

  • D) revelar o fato imediatamente à família, e depois comprovar os detalhes da denúncia com a criança.

  • E) afastar a criança de seu agressor, para eliminar os sentimentos de culpa da criança que foi vitimizada.

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A alternativa correta é letra B) reconhecer que existe um vínculo afetivo entre a criança e o tio, autor da violência e do assédio sexual.

 

Um psicólogo foi chamado para intervir junto ao caso de uma criança que foi violentada e assediada sexualmente pelo seu tio paterno, irmão mais novo de seu pai. Esse profissional precisa

 

a)  colocar a criança imediatamente em contato com seu agressor, o que facilita a denúncia do ato.

 

Expor a criança ao seu agressor seria mais uma forma de violência contra ela.

 

Assertiva Falsa.

 

b)  reconhecer que existe um vínculo afetivo entre a criança e o tio, autor da violência e do assédio sexual.

 

Essa é a alternativa correta. Existe um vínculo afetivo e muitos conflitos psicológicos podem surgir a partir dessa relação vincular.

 

Assertiva Correta.

 

c)  avaliar os danos físicos causados à criança, que são responsáveis pelo maior sofrimento nesses casos.

 

Não é possível dizer que os danos físicos são os responsáveis pelo maior sofrimento. O trauma psicológico é fortíssimo nesse tipo de caso.

 

Assertiva Falsa.

 

d)  revelar o fato imediatamente à família, e depois comprovar os detalhes da denúncia com a criança.

 

Não é após a comprovação da denuncia que o fato deve ser revelado a família. Além disso, nesse caso, comprovar os detalhes da denúncia não é papel do psicólogo.

 

Assertiva Falsa.

 

e)  afastar a criança de seu agressor, para eliminar os sentimentos de culpa da criança que foi vitimizada.

 

A criança deve ser afastada do agressor como medida protetiva, contudo o afastamento do agressor não resulta na eliminação da culpa que ela pode estar sentindo.

 

Assertiva Falsa.

 

A alternativa correta é, portanto, a Letra B. 

325) Ações que acontecem entre vários grupos ou individualmente são chamadas processos de

  • A) acomodação.

  • B) interação social.

  • C) assimilação.

  • D) dissonância.

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A alternativa correta é letra B) interação social.

Gabarito: Letra B

 

Ações que acontecem entre vários grupos ou individualmente são chamadas processos de

a)  acomodação.

Errado. Acomodação é um dos processos que compõem a adaptação na teoria de Piaget, veja:

Adaptação é o termo de Piaget para o modo como a criança lida com as novas informações à luz do que ela já sabe. A adaptação ocorre por intermédio de dois processos complementares: (1) assimilação, que é absorver informação nova e incorporá-la às estruturas cognitivas existentes, e (2) acomodação, que é ajustar as próprias estruturas cognitivas para encaixar a informação nova

 

b)  interação social.

Certo! A interação social é o processo através do qual as pessoas se relacionam umas com as outras, num determinado contexto social.

 

c)  assimilação.

Errado. A assimilação também faz parte do processos descritos por Piaget, que vimos na letra A.

 

d)  dissonância.

Errado. A dissonância cognitiva é um conceito importante da psicologia social, que fala sobre as contradições entre as atitudes e os comportamentos do indivíduo.

“De um modo geral, as atitudes parecem orientar o comportamento. Os cidadãos votam em candidatos de quem gostam, e as pessoas evitam comidas de que não gostam. O que acontece quando as pessoas possuem atitudes conflitantes? Em 1957, o psicólogo social Leon Festinger respondeu a essa pergunta propondo a teoria da dissonância cognitiva. Segundo essa teoria, ocorre dissonância – uma ausência de concordância – quando há uma contradição entre duas atitudes ou entre uma atitude e um comportamento. Por exemplo, as pessoas experimentam dissonância cognitiva quando fumam apesar de saberem que fumar pode matá-las. Uma suposição básica da teoria da dissonância cognitiva é que a dissonância causa ansiedade e tensão. Ansiedade e tensão causam desprazer. O desprazer motiva as pessoas a reduzir a dissonância. Geralmente, as pessoas reduzem a dissonância mudando suas atitudes ou comportamentos. Elas algumas vezes também racionalizam ou minimizam as discrepâncias.”

 

Gabarito: Letra B

 

Referência

GAZZANIGA, M., HEATHERTON, T. F. Ciência Psicológica: mente, cérebro e comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2005.

PAPALIA, Diane E.; FELDMAN, Ruth Duskin (Colab.). Desenvolvimento Humano. 12ª ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2013

326) Serge Moscovici (2000), na sua Teoria das Representações Sociais, postula que há dois mecanismos que geram representações sociais. Esses mecanismos transformam o não familiar em familiar, reproduzindo-o entre as coisas que nós podemos ver e tocar, e consequentemente, controlar. Tais mecanismos são denominados de

  • A) dissonância cognitiva e modelagem.
  • B) ideologia e conscientização.
  • C) subjetivação e assimilação.
  • D) ancoragem e objetivação.
  • E) identificação e alteridade.

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A alternativa correta é letra D) ancoragem e objetivação.

 

Serge Moscovici (2000), na sua Teoria das Representações Sociais, postula que há dois mecanismos que geram representações sociais. Esses mecanismos transformam o não familiar em familiar, reproduzindo-o entre as coisas que nós podemos ver e tocar, e consequentemente, controlar. Tais mecanismos são denominados de 

 

Essa questão está baseada no seguinte trecho do livro de Moscovici:

 

"O primeiro mecanismo tenta ancorar idéias estranhas, reduzi-las a categorias e a imagens comuns, colocá-las em um contexto familiar. Assim, por exemplo, uma pessoa religiosa tenta relacionar uma nova teoria, ou o comportamento de um estranho, a uma escala religiosa de valores.

 

O objetivo do segundo mecanismo é objetivá-los, isto é, transformar algo abstrato em algo quase concreto, transferir o que está na mente em algo que exista no mundo físico. As coisas que o olho da mente percebe parecem estar diante de nossos olhos físicos e um ente imaginário começa a assumir a realidade de algo visto, algo tangível.

 

Esses mecanismos transformam o não-familiar em familiar, primeiramente transferindo-o a nossa própria esfera particular, onde nós somos capazes de compará-lo e interpretá-lo; e depois, reproduzindo-o entre as coisas que nós podemos ver e tocar, e, conseqüentemente, controlar. Sendo que as representações são criadas por esses dois mecanismos, é essencial que nós compreendamos como funcionam."

 

Fonte: "Representações sociais: investigações em psicologia social" (Moscovici)

 

Com base nisso, encontramos a resposta na Letra D.


a)  dissonância cognitiva e modelagem. 
b)  ideologia e conscientização. 
c)  subjetivação e assimilação. 
d)  ancoragem e objetivação. 
e)  identificação e alteridade.

327) Demência paranoide, hebefrenia e catatonia eram os três primeiros subtipos clássicos de esquizofrenia descritos como doenças separadas. Kraepelin (1856-1926), fundador da Psiquiatria Moderna, reuniu-as sob o nome de

  • A)  paranoia.

  • B)  anedonia.

  • C)  ecopraxia.

  • D)  demência precoce.

  • E)  esquizofrenia simples.

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A alternativa correta é letra D)  demência precoce.

    

Para a compreensão do assunto que traz a questão, dividiu-se a análise em três partes:

1) Sobre o Histórico do conceito de esquizofrenia

2) Esquizofrenia e principais subtipos

3) Análise das alternativas

  

1) Sobre o Histórico do conceito de esquizofrenia

 

Sobre as origens do conceito de Esquizofrenia, acompanhe os recortes textuais a seguir com base nas contribuições de D’Agord (2005):

 
  • O conceito de Esquizofrenia foi elaborado por Eugen Bleuler (1857-1939), e aparece no título da sua obra Dementia praecox oder Gruppe der Schizofrenien publicada em 1911. Bleuler criou este neologismo para marcar a ruptura de sua concepção com aquela até então aceita, a concepção da demência precoce de Émil Kraepelin (1856-1926). O que o nome demência precoce indicava era o surgimento de sintomas de deterioração mental em jovens recém entrando na idade adulta. O nome é de autoria de B. A. Morel (1809-1873), que em 1851 faz a primeira descrição de jovens que sofriam de estados sucessivos de decadência cerebral até chegar a uma fase terminal de dissolução psíquica.
 
  • Em 1896, Kraepelin englobou, sob o termo de Morel, os diversos estados mórbidos caracterizados por distúrbios da vida afetiva e da vontade e com uma evolução progressiva em direção de uma desagregação completa da personalidade. Kraepelin também estabeleceu que o critério discriminativo essencial da demencia precoce era um critério evolutivo, a evolução terminal até um estado de enfraquecimento psíquico. Ele descreveu a demência precoce como uma doença única que poderia apresentar três formas clínicas: a hebefrênica, a catatônica e a paranóide..
  

2) Esquizofrenia e seus principais subtipos

 

2.1) Definição de esquizofrenia

 

Segundo Carpenter & Thaker (2008):

 

“A esquizofrenia é uma síndrome clínica que provavelmente engloba várias doenças ainda não definidas [...] A maioria dos pacientes apresenta comprometimento sutil da cognição. Em muitos casos, os comprometimentos cognitivos e os aspectos emocionais e sociais da doença surgem precocemente na vida. Os sintomas psicóticos tipicamente se manifestam no final da adolescência ou início da fase adulta nos homens e um pouco mais tarde nas mulheres.”

 

2.2) Principais subtipos

 

Complementando o assunto, acompanhe uma síntese sobre os principais subtipos da esquizofrenia com base nas contribuições de Carpenter & Thaker (2008), bem como no que encontra-se referido no Portal Educação:

 
  • Esquizofrenia hebefrênica: A esquizofrenia hebefrênica (hoje denominada esquizofrenia desorganizada) é caracterizada por um nível de afeto superficial e incongruente e pela desorganização do pensamento e comportamento.
 
  • Esquizofrenia paranoide: A esquizofrenia paranoide é caracterizada por predominância masculina, aparecimento mais tardio na vida, relativa preservação da cognição e afeto, além de alucinações e ilusões frequentemente persecutórias.
  
  • Esquizofrenia catatônica: A esquizofrenia catatônica é caracterizada por manifestações psicomotoras extremas, com estupor, posicionamento prolongado ou excitação, e deve ser diferenciada da catatonia periódica, que consiste em uma síndrome à parte, não relacionada à esquizofrenia. Por motivos desconhecidos, a esquizofrenia catatônica é rara, atualmente.
 
  • Esquizofrenia simples:  A esquizofrenia simples denota uma psicose mais branda (isto é, menos alucinações, ilusões e desorganização), em que os casos tipicamente são caracterizados por um estilo de vida com níveis reduzidos de expressão e experiência emocional, bem como de empenho e impulso social.
 
  • Esquizofrenia residual: a Esquizofrenia residual pode ser definida como o estágio crônico da esquizofrenia. Após a regressão de um quadro inicial fica uma espécie de quadro tardio onde ocorrem predominantemente sintomas negativos. Na esquizofrenia residual houve pelo menos um episódio de esquizofrenia, mas na maior parte do tempo o indivíduo não apresenta sintomas psicóticos positivos como delírios, alucinações, perturbações, comportamentos bizarros e agitações psicomotoras. Os sintomas negativos da psicose são verificamos mais facilmente como o embotamento afetivo, discurso pobre ou avolição e negligência com cuidados pessoais. Pode ocorrer também a presença de sintomas positivos atenuados como discurso levemente desorganizado e crenças infundadas.
  

3) Análise das alternativas

 

a)  paranoia.

INCORRETA. Vide tópico explicativo supracitado.

 

b)  anedonia.

INCORRETA. Sobre o assunto Dalgalarrondo (2008) menciona:

Anedonia: É a incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer com determinadas atividades e experiências da vida.”

 

c)  ecopraxia.

INCORRETA. Ecopraxia: Imitação dos movimentos de outra pessoa (DSM-5, 2014, p.822).

 

d)  demência precoce.

CORRETA. Alternativa compatível com a literatura de D’Agord (2005), portanto, opção CERTA.

 

e)  esquizofrenia simples.

INCORRETA. Vide tópico explicativo supracitado.

 

_______________

Fonte consultada:

 

Dalgalarrondo, P. (2008). Psicopatologia e semiologia dos transtornos. 2. ed. Porto Alegre : Artmed.

Associação Psiquiátrica Americana (APA). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

D’Agord, M. (2005). Esquizofrenia, os limites de um conceito. Disponível em https://bit.ly/30W0mRo

Carpenter WT, Thaker GK. Schizophrenia. ACP Medicine. 2008;1-12. Tradução: Soraya Imon de Oliveira. Disponível https://bit.ly/31HCjml Acesso em 16 de fev de 2021.

Portal Educação. (s/d). Esquizofrenia residual. Disponível em https://bit.ly/3yZnev6

328) Considerando o debate de Lane (2006) sobre identidade social e consciência de si, analise as afirmativas abaixo e, em seguida, coloque entre parênteses a letra “V”, quando se tratar de afirmativa verdadeira, e a letra “F”, quando se tratar de afirmativa falsa.


(   ) A identidade social é definida pelo conjunto de papéis sociais desempenhados pelos sujeitos, no entanto, estes papéis não são responsáveis pela manutenção das relações sociais.


(   ) A identidade social exerce uma mediação ideológica entre os sujeitos e é conseqüência das livres escolhas que os sujeitos fazem no conviver social.


(   ) A consciência de si não é capaz de alterar a identidade social.


(   ) Nossos papéis e nossa identidade social reproduzem, no nível ideológico e no da ação, as relações de dominação necessárias para manutenção da sociedade de classe.


(   ) Para que seja possível desenvolver a consciência de si, é preciso questionar como a nossa história de vida é determinada pelas condições históricas do nosso grupo social.


A alternativa que apresenta a sequência correta é:

  • A) V-F-F-V-F
  • B) F-F-V-V-F
  • C) V-V-F-F-V
  • D) V-F-V-V-F
  • E) F-F-F-V-V

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A alternativa correta é letra E) F-F-F-V-V

Gabarito Letra E

(F) A identidade social é definida pelo conjunto de papéis sociais desempenhados pelos sujeitos, no entanto, estes papéis não são responsáveis pela manutenção das relações sociais.

Falso. A função básica da identidade social é a manutenção das relações sociais.

“é importante uma reflexão sobre o que, de fato, representa a identidade social, definida pelo conjunto de papéis que desempenhamos. Como vimos, estes papéis atendem, basicamente, à manutenção das relações sociais representadas, no nível psicológico, pelas expectativas e normas que os outros envolvidos esperam sejam cumpridas ("sou expansiva, brincalhona" ou, simplesmente, "simpático, extrovertido"). É neste sentido que questionamos quanto a "identidade social" e "papéis" exercem uma mediação ideológica, ou seja, criam uma "ilusão" de que os papéis são "naturais e necessários", e que a identidade é conseqüência de "opções livres" que fazemos no nosso conviver social, quando, de fato, são as condições sociais decorrentes da produção da vida material que determinam os papéis e a nossa identidade social.”


(F) A identidade social exerce uma mediação ideológica entre os sujeitos e é conseqüência das livres escolhas que os sujeitos fazem no conviver social.

Falso. Lane, na verdade, questiona essa visão, como vimos no trecho apresentado na afirmativa anterior.


(F) A consciência de si não é capaz de alterar a identidade social.

Falso. A consciência de si, é sim, capaz de mudar a identidade social.

“Deste modo entendemos que a consciência de si poderá alterar a identidade social, na medida em que, dentro dos grupos que nos definem, questionamos os papéis quanto à sua determinação e funções históricas — e, na medida em que os membros do grupo se identifiquem entre si quanto a esta determinação e constatem as relações de dominação que reproduzem uns sobre os outros, é que o grupo poderá se tornar agente de mudanças sociais. "A consciência individual do homem só pode existir nas condições em que existe a consciência social" (A. Leontiev, O Desenvolvimento do Psiquismo, p. 88).”


(V) Nossos papéis e nossa identidade social reproduzem, no nível ideológico e no da ação, as relações de dominação necessárias para manutenção da sociedade de classe.

Verdadeiro. Veja:

“Se assumirmos que somos essencialmente a nossa identidade social, que ela é conseqüência de opções que fazemos devido a nossa constituição biogenética, ou temperamento, ou mesmo atrações de personalidade, como aspectos herdados geneticamente, sem examinarmos as condições sociais que, através da nossa história pessoal, foram determinando a aquisição dessas características que nos definem, só poderemos estar reproduzindo o esperado pelos grupos que nos cercam e julgados "bem ajustados".

Porém, se questionarmos o quanto a nossa história de vida é determinada pelas condições históricas do nosso grupo social, ou seja, como estes papéis que aprendemos a desempenhar foram sendo definidos pela nossa sociedade, poderemos constatar que, em maior ou menor grau, eles foram sendo engendrados para garantir a manutenção das relações sociais necessárias para que as relações de produção da vida se reproduzam sem grandes alterações na sociedade em que vivemos. Ou seja, constataremos que nossos papéis e a nossa identidade reproduzem, no nível ideológico (do que é "idealizado", valorizado) e no da ação, as relações de dominação, como maneiras "naturais e universais" de ser social, relações de dominação necessárias para a reprodução das condições materiais de vida e a manutenção da sociedade de classes onde uns poucos dominam e muitos são dominados através da exploração da força de trabalho.”


(V) Para que seja possível desenvolver a consciência de si, é preciso questionar como a nossa história de vida é determinada pelas condições históricas do nosso grupo social.

Verdadeiro. Essa informação pode ser apreendida do trecho apresentado na afirmativa anterior.

 

Assim, a sequência correta é F F F V V

Gabarito Letra E.

 

Referência

LANE, Silvia T. O que é psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 2006.

329) À luz do debate proposto por Lane (2006) acerca do indivíduo em sociedade, analise as afirmativas abaixo e, em seguida, assinale a opção correta.


I. As propostas da Psicologia Comunitária vêm sendo sistematizadas, dentro da Psicologia Social, como atividades de intervenção que visam à educação e o desenvolvimento da consciência social de grupos de convivência os mais diversos.


II. O trabalho comunitário tem buscado desenvolver, através de procedimentos educativos e preventivos, relações sociais que se efetivem através da comunicação e cooperação entre pessoas.


III. A instituição familiar é o único núcleo que consegue escapar ao controle social rigoroso e nela, seus membros são capazes de estabelecer relações mais livres e pouco hierarquizadas.


IV. As atividades comunitária, por si mesmas, são capazes de superar as contradições do capitalismo, pois, através da participação comunitária os indivíduos desenvolvem consciência de classe social e do seu papel de produtores de riquezas, que não usufruem .


V. Através do trabalho comunitário, os indivíduos podem, gradativamente, irem se organizando em grupos maiores e mais estruturados visando uma ação transformadora da história de sua sociedade.

  • A) Somente I e II estão corretas.
  • B) Somente II e III estão corretas.
  • C) Somente III e IV estão corretas.
  • D) Somente I, II e V estão corretas.
  • E) Somente III, IV e V estão corretas.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra D) Somente I, II e V estão corretas.

Gabarito Letra D

 

I. As propostas da Psicologia Comunitária vêm sendo sistematizadas, dentro da Psicologia Social, como atividades de intervenção que visam à educação e o desenvolvimento da consciência social de grupos de convivência os mais diversos.

Certo.

“as propostas da Psicologia Comunitária, que vêm sendo sistematizadas, dentro da Psicologia Social, como atividades de intervenção que visam a educação e o desenvolvimento da consciência social de grupos de convivência os mais diversos. É necessário lembrar que, apesar de central para a vida de um indivíduo, o trabalho remunerado não é a única atividade socialmente produtiva que ele desenvolve; há uma série de necessidades que não são satisfeitas exclusivamente através do salário, e que podem ser motivos para o agrupamento de pessoas visando a sua satisfação”


II. O trabalho comunitário tem buscado desenvolver, através de procedimentos educativos e preventivos, relações sociais que se efetivem através da comunicação e cooperação entre pessoas.

Certo.

Desenvolver relações sociais que se efetivem através da comunicação e cooperação entre pessoas, relações onde não haja dominação de uns sobre outros, por meio de procedimentos educativos e, basicamente, preventivos, se tornou o objetivo central de atividades comunitárias, as quais podem ocorrer em uma casa, com pessoas criando novas relações "familiares", em escolas, hospitais e mesmo entre um grupo de vizinhança ou de bairro, desde que estes se identifiquem por necessidades comuns a serem satisfeitas, através de atividades planejadas em conjunto e que impliquem em ações de vários indivíduos, encadeadas para atingir o objetivo proposto”


III. A instituição familiar é o único núcleo que consegue escapar ao controle social rigoroso e nela, seus membros são capazes de estabelecer relações mais livres e pouco hierarquizadas.

Errado. A família não consegue escapar do controle social.

“A instituição familiar é, em qualquer sociedade moderna, regida por leis, normas e costumes que definem direitos e deveres dos seus membros e, portanto, os papéis de marido e mulher, de pai, mãe e filhos deverão reproduzir as relações de poder da sociedade em que vivem. Podemos observar na sociedade brasileira que, na família nuclear, cabe ao marido e pai o máximo de autoridade; nos casos em que ainda se mantém a família extensa (onde há convivência com tios, avós, etc), em geral, o máximo de autoridade se concentra nos avós. Da mulher sempre se espera submissão, cabendo a ela apenas um poder relativo sobre os filhos em suas relações cotidianas, ficando a responsabilidade das decisões fundamentais sobre a vida dos filhos, em geral, para p pai. Também na relação entre os filhos podemos observar toda uma hierarquia de poder: o mais velho pode mais que o segundo; o filho homem, mais que a filha mulher.”


IV. As atividades comunitária, por si mesmas, são capazes de superar as contradições do capitalismo, pois, através da participação comunitária os indivíduos desenvolvem consciência de classe social e do seu papel de produtores de riquezas, que não usufruem .

Errado. Apesar de através das atividades comunitárias os indivíduos desenvolverem consciência de classe, elas não são por si só capazes de superar as contradições do capitalismo.

“É preciso salientar que a atividade comunitária, por si só, não supera a contradição fundamental do capitalismo, pois esta decorre das relações de produção, que definem as classes sociais; porém é através da participação comunitária que os indivíduos desenvolvem consciência de classe social e do seu papel de produtores de riquezas, que não usufruem, e, em conseqüência, podem, gradativamente, irem se organizando em grupos maiores e mais estruturados visando uma ação transformadora da história de sua sociedade.”


V. Através do trabalho comunitário, os indivíduos podem, gradativamente, irem se organizando em grupos maiores e mais estruturados visando uma ação transformadora da história de sua sociedade.

Certo. Essa informação está presente no trecho apresentado na alternativa anterior.

 

Assim, apenas I, II e V estão corretas.

Gabarito Letra D.

 

Referência

LANE, Silvia T. O que é psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 2006.

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330) Segundo Oliveira e Werba apud Jaques et al (2001), existem três níveis de discussão e análise das Representações sociais. São eles:

  • A) Nível fenomenológico, teórico e metateórico.
  • B) Nível existencial, prático e conceituai.
  • C) Nível existencial, teórico e subjetivo.
  • D) Nível fenomenológico, prático e funcional.
  • E) Nível fenomenológico, teórico e metodológico.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) Nível fenomenológico, teórico e metateórico.

 
  

Oliveira e Werba (2003) citados por Arruda Reis e Bellini (2011, p.151) referem-se a três níveis de compreensão para análise das Representações Sociais (RS):

“- nível fenomenológico – as RS são objetos de investigação. Esses objetos são elementos da realidade social, são modos de conhecimento, saberes do senso comum que surgem e se legitimam na conversação interpessoal cotidiana. Têm como objetivo compreender e controlar a realidade social;

- nível teórico – é o conjunto de definições conceituais e metodológicas, construtos, generalizações e proposições referentes às RS;

- nível metateórico – é o nível das discussões sobre a teoria. Neste expõem-se os debates e as refutações críticas aos postulados e pressupostos da teoria comparando-a com modelos teóricos de outras teorias.”

 
 

Considerando as alternativas disponíveis, apenas a LETRA “A” apresenta, de fato, os três níveis de análise mencionados (nível fenomenológico, teórico e metateórico). As demais alternativas apenas utilizam da referência de termos genéricos que se enquadram em muitas outras áreas existentes, e que não podem, pela ausência de um referencial específico, serem consistentemente definidos. Considerando isto, ratifica-se, portanto, que a alternativa “A” constitui, oficialmente, o GABARITO da questão analisada.

 

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Fonte consultada:

de Arruda Reis, S. L., & Bellini, L. M. (2011). Representações sociais: teoria, procedimentos metodológicos e educação ambiental. Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, 33(2), 149-159. 10.4025/actascihumansoc.v33i2.10256

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