Sexo e gênero são muitas vezes utilizados como sinônimos, em especial, quando evocados pelo senso comum, todavia, trata-se de conceitos que abarcam aspectos distintos da vida humana. As diferenças sexuais estão atreladas às características anátomo-fisiológicas, enquanto que o gênero associa-se à capacidade humana de simbolização, e construção sócio-histórica. Na charge abaixo, percebemos a construção de um estereótipo que subjulga o gênero feminino a um lugar doméstico próprio da cultura machista.
(Fonte: http://blogdoparrini.blogspot.com.br/2013/10/so-para-homens-mulheres-nao-sao-bem.html – visualizado em 21/03/2014).
Tendo por base as concepções da Psicologia Social sobre o tema do gênero, escolha a resposta mais adequada ao entendimento contemporâneo sobre o tema.
- A) Os estudos transculturais nos mostram dois aspectos universais sobre o gênero: gênero não é idêntico a sexo, e as questões de gênero não estão associadas à divisão sexual do trabalho, uma vez que as divisões do trabalho são sociais.
- B) As variantes culturais no gênero adulto impedem que as preferências sexuais de um determinado sujeito criem outros papéis de gênero, a troca de gênero, ou mesmo que se adotem os papéis procriativos de outro gênero.
- C) As teorias sociobiológicas consideram que a subordinação aumenta a adaptação, atribuindo a dominação masculina à seleção natural e aos aspectos culturais presentes na sociedade.
- D) As teorias estruturalistas de gênero apresentam a subordinação feminina como um fenômeno cultural, ora porque as mulheres foram associadas ao domínio doméstico, ora graças à divisão do trabalho por gênero.
- E) A Psicologia compreende que a formação dos estereótipos femininos está associada à fragilidade biológica da mulher frente à tirania masculina. Este aspecto incontestável da natureza, filogenética e ontogenética, acaba por conceder ao homem o lugar da força.
Resposta:
A alternativa correta é letra D) As teorias estruturalistas de gênero apresentam a subordinação feminina como um fenômeno cultural, ora porque as mulheres foram associadas ao domínio doméstico, ora graças à divisão do trabalho por gênero.
Esta resposta é a mais adequada pois reflete o entendimento contemporâneo de que as diferenças de gênero não são meramente biológicas, mas também construções sociais e culturais. A subordinação feminina é vista como resultado de estruturas sociais que historicamente colocaram as mulheres em posições de menor poder, frequentemente limitadas ao espaço doméstico. Essa divisão de trabalho por gênero é uma construção social que perpetua estereótipos e desigualdades, e não uma consequência inevitável de diferenças biológicas entre homens e mulheres.
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