A catatonia não é um diagnóstico etiológico, trata-se de uma síndrome clínica comum em pacientes psiquiátricos internados. São consideradas características da catatonia, EXCETO:
- A) Agitação.
- B) Maneirismo.
- C) Negativismo.
- D) Roda denteada.
Resposta:
A alternativa correta é letra D) Roda denteada.
A catatonia não é um diagnóstico etiológico, trata-se de uma síndrome clínica comum em pacientes psiquiátricos internados. São consideradas características da catatonia, EXCETO:
Para a compreensão do assunto que traz esta questão, dividimos a análise em três partes:
1) Esquizofrenia e seus principais subtipos
2) Esquizofrenia: sintomas positivos e negativos
3) Análise das alternativas
1) Esquizofrenia e seus principais subtipos
Segundo Carpenter & Thaker (2008):
“A esquizofrenia é uma síndrome clínica que provavelmente engloba várias doenças ainda não definidas [...] A maioria dos pacientes apresenta comprometimento sutil da cognição.”
1.1) Principais subtipos
Complementando o assunto, acompanhe uma síntese sobre os principais subtipos da esquizofrenia com base nas contribuições de Carpenter & Thaker (2008), bem como no que encontra-se referido no Portal Educação:
- Esquizofrenia hebefrênica: A esquizofrenia hebefrênica (hoje denominada esquizofrenia desorganizada) é caracterizada por um nível de afeto superficial e incongruente e pela desorganização do pensamento e comportamento.
- Esquizofrenia paranoide: A esquizofrenia paranoide é caracterizada por predominância masculina, aparecimento mais tardio na vida, relativa preservação da cognição e afeto, além de alucinações e ilusões frequentemente persecutórias.
- Esquizofrenia catatônica: A esquizofrenia catatônica é caracterizada por manifestações psicomotoras extremas, com estupor, posicionamento prolongado ou excitação, e deve ser diferenciada da catatonia periódica, que consiste em uma síndrome à parte, não relacionada à esquizofrenia. Por motivos desconhecidos, a esquizofrenia catatônica é rara, atualmente.
- Esquizofrenia simples: A esquizofrenia simples denota uma psicose mais branda (isto é, menos alucinações, ilusões e desorganização), em que os casos tipicamente são caracterizados por um estilo de vida com níveis reduzidos de expressão e experiência emocional, bem como de empenho e impulso social.
- Esquizofrenia residual: a Esquizofrenia residual pode ser definida como o estágio crônico da esquizofrenia. Após a regressão de um quadro inicial fica uma espécie de quadro tardio onde ocorrem predominantemente sintomas negativos. Na esquizofrenia residual houve pelo menos um episódio de esquizofrenia, mas na maior parte do tempo o indivíduo não apresenta sintomas psicóticos positivos como delírios, alucinações, perturbações, comportamentos bizarros e agitações psicomotoras. Os sintomas negativos da psicose são verificamos mais facilmente como o embotamento afetivo, discurso pobre ou avolição e negligência com cuidados pessoais. Pode ocorrer também a presença de sintomas positivos atenuados como discurso levemente desorganizado e crenças infundadas.
2) Esquizofrenia: sintomas positivos e negativos
Sobre sintomas positivos e negativos da Esquizofrenia, Amorim (2015, p. 15) destaca:
“A dimensão “condição clínica” engloba sintomas positivos (alucinações, delírios e comportamento bizarro) e sintomas negativos (embotamento afetivo e isolamento social), típicos do transtorno.”
3) Análise das alternativas
a) Agitação.
CORRETA. A agitação está relacionada, de um modo geral, ao comportamento bizarro na esquizofrenia, portanto, opção CERTA.
b) Maneirismo.
CORRETA. Alteração de movimentos que pode surgir em certas doenças psíquicas, como a esquizofrenia, caracterizada por gestos extravagantes, afetados ou prolixos. *¹
c) Negativismo.
CORRETA. O negativismo na esquizofrenia pode ser compreendido como uma oscilação que vai do retraimento social a anuência de instruções.
d) Roda denteada.
INCORRETA. A roda dentada costuma estra atrelada a quadros como a síndrome de Parkinson, se caracterizando pela alternância entre os movimentos de contração e relaxamento da musculatura.
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Fonte consultada:
*¹ Disponível em https://bit.ly/3AVwsvC
Amorim, L. (2018). Avaliação de funcionalidade em pacientes com esquizofrenia. Disponível em https://bit.ly/3sxNRn6
Carpenter WT, Thaker GK. Schizophrenia. ACP Medicine. 2008;1-12. Tradução: Soraya Imon de Oliveira. Disponível https://www.medicinanet.com.br/conteudos/acp-medicine/5766/esquizofrenia.htm
Portal Educação. (s/d). Esquizofrenia residual. Disponível em https://bit.ly/3yZnev6
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