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A distinção entre normalidade e anormalidade é fundamental para a construção das noções de saúde mental, transtornos psicológicos ou psiquiátricos.

 

De acordo com Dalgalarrondo (2008), entre os principais critérios de normalidade, usados em psicopatologia, estão os seguintes:

Resposta:

A alternativa correta é letra C) Normalidade como ausência de doença, normalidade ideal e normalidade como bem-estar.

A distinção entre normalidade e anormalidade é fundamental para a construção das noções de saúde mental, transtornos psicológicos ou psiquiátricos.

De acordo com Dalgalarrondo (2008), entre os principais critérios de normalidade, usados em psicopatologia, estão os seguintes:


Para a compreensão do assunto que traz a questão, dividiu-se a análise em duas partes:

1) Critérios de normalidade utilizados em psicopatologia

2) Análise das alternativas


1) Critérios de normalidade utilizados em psicopatologia

Alguns dos critérios de normalidade utilizados em psicopatologia, segundo  Dalgalarrondo (2008) são:

Normalidade como ausência de doença. O primeiro critério que geralmente se utiliza é o de saúde como “ausência de sintomas, de sinais ou de doenças”. Segundo expressiva formulação de René Leriche (1936): “a saúde é a vida no silêncio dos órgãos”. Normal, do ponto de vista psicopatológico, seria, então, aquele indivíduo que simplesmente não é portador de um transtorno mental definido.

Normalidade ideal. A normalidade aqui é tomada como uma certa “utopia”. Estabelece-se arbitrariamente uma norma ideal, o que é supostamente “sadio”, mais “evoluído”. Tal norma é, de fato, socialmente constituída e referendada. Depende, portanto, de critérios socioculturais e ideológicos arbitrários, e, às vezes, dogmáticos e doutrinários. Exemplos de tais conceitos de normalidade são aqueles com base na adaptação do indivíduo às normas morais e políticas de determinada sociedade (como nos casos do macarthismo nos EUA e do pseudodiagnóstico de dissidentes políticos como doentes mentais na antiga União Soviética).

Normalidade estatística. A normalidade estatística identifica norma e freqüência. Trata-se de um conceito de normalidade que se aplica especialmente a fenômenos quantitativos, com determinada distribuição estatística na população geral (como peso, altura, tensão arterial, horas de sono, quantidade de sintomas ansiosos, etc.).

Normalidade como bem-estar. A Organização Mundial de Saúde (WHO, 1946) definiu, em 1946, a saúde como o completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente como ausência de doença. É um conceito criticável por ser muito vasto e impreciso, pois bem-estar é algo difícil de se definir objetivamente. Além disso, esse completo bem-estar físico, mental e social é tão utópico que poucas pessoas se encaixariam na categoria “saudáveis”

Normalidade subjetiva. Aqui é dada maior ênfase à percepção subjetiva do próprio indivíduo em relação a seu estado de saúde, às suas vivências subjetivas.

Normalidade como liberdade. Alguns autores de orientação fenomenológica e existencial propõem conceituar a doença mental como perda da liberdade existencial”

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2) Análise das alternativas

Considerando as alternativas disponíveis, produz-se os seguintes destaques:

  • Apenas a LETRA “C” (Normalidade como ausência de doença, normalidade ideal e normalidade como bem-estar) corresponde ao que requisita o enunciado e é mencionado pela literatura supracitada;
  • Concluindo a análise, destaca-se que embora as demais alternativas citem outros critérios pertinentes a sistematização de normalidade em psicopatologia, estas não são compatíveis ao que solicita a questão na íntegra, seja pela supressão, acréscimo ou permuta dos critérios que caracterizam o sistema de classificação.
  • Mediante isto, ratifica-se, portanto, que a alternativa “C” constitui, de fato, o GABARITO da questão analisada.

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Fonte consultada:

Dalgalarrondo, P. (2008). Psicopatologia e semiologia dos transtornos. 2. ed. Porto Alegre : Artmed.

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