Atente ao seguinte enunciado: “Cumprimentar o porteiro nem passa pela cabeça do médico Eduardo, chefe da emergência de um dos maiores hospitais da cidade. Lógico que se um diretor da instituição estiver ao seu lado, ele não apenas dará ‘bom dia’, como comentará sobre futebol. Assim, construiu sua reputação de ‘gente boa’ e arrebatou a simpatia dos funcionários. Apesar de jovem, já tem um cargo importante e não duvida de que parte de seu sucesso está relacionada a sua aparência sempre impecável e ao seu carisma. Na faculdade, seu melhor amigo – um gênio da medicina – mal penteava o cabelo para se dedicar aos estudos. Hoje, está enfurnado em alguma clínica de quinta categoria da periferia. Eduardo sabe bem pouco sobre a vida do antigo parceiro: toda vez que se encontram, falam sem parar sobre sua equipe maravilhosa, a tecnologia que dispõe no hospital e o furor que causa entre as mulheres. E não disfarça o tédio diante das lamúrias de perdedor do cara que tantas vezes o ajudou a tirar boas notas. Ouvir não é mesmo o forte do jovem médico, a não ser que esteja liderando um grupo. Nesses casos, sabe escutar, reconhecer a melhor ideia e passar adiante como se fosse sua. Quando dá certo, o mérito é dele, que é capaz de comandar um time e extrair o melhor de cada um. Quando dá errado, não falta quem culpar. Na vida amorosa, esbanja um currículo invejável de conquistas. As ex-namoradas não pensam igual. Cansaram de ser menosprezadas e comparadas com o fantástico doutor Eduardo. Ele simplesmente acredita que elas não souberam dar o real valor à oportunidade de conviver com alguém tão especial. Lógico que tanto carisma precisa de atenção à altura. Eduardo adora ser chamado de doutor, gosta de frequentar lugares com atendimento VIP e detesta que alguém desfrute de um privilégio que considere só seu. Em situações desfavoráveis, não perde a chance de perguntar: ‘Sabe com quem está falando?’”.
(Mecler, Katia – Psicopatas do cotidiano. Rio de Janeiro, Casa da Palavra, 2015, p. 177-178).
O médico Eduardo pode ser acertadamente diagnosticado como portador de transtorno de personalidade
- A) esquizoide.
- B) independente.
- C) histriônica.
- D) narcisista.
Resposta:
A alternativa correta é letra D) narcisista.
Atente ao seguinte enunciado: “Cumprimentar o porteiro nem passa pela cabeça do médico Eduardo, chefe da emergência de um dos maiores hospitais da cidade. Lógico que se um diretor da instituição estiver ao seu lado, ele não apenas dará ‘bom dia’, como comentará sobre futebol. Assim, construiu sua reputação de ‘gente boa’ e arrebatou a simpatia dos funcionários. Apesar de jovem, já tem um cargo importante e não duvida de que parte de seu sucesso está relacionada a sua aparência sempre impecável e ao seu carisma. Na faculdade, seu melhor amigo – um gênio da medicina – mal penteava o cabelo para se dedicar aos estudos. Hoje, está enfurnado em alguma clínica de quinta categoria da periferia. Eduardo sabe bem pouco sobre a vida do antigo parceiro: toda vez que se encontram, falam sem parar sobre sua equipe maravilhosa, a tecnologia que dispõe no hospital e o furor que causa entre as mulheres. E não disfarça o tédio diante das lamúrias de perdedor do cara que tantas vezes o ajudou a tirar boas notas. Ouvir não é mesmo o forte do jovem médico, a não ser que esteja liderando um grupo. Nesses casos, sabe escutar, reconhecer a melhor ideia e passar adiante como se fosse sua. Quando dá certo, o mérito é dele, que é capaz de comandar um time e extrair o melhor de cada um. Quando dá errado, não falta quem culpar. Na vida amorosa, esbanja um currículo invejável de conquistas. As ex-namoradas não pensam igual. Cansaram de ser menosprezadas e comparadas com o fantástico doutor Eduardo. Ele simplesmente acredita que elas não souberam dar o real valor à oportunidade de conviver com alguém tão especial. Lógico que tanto carisma precisa de atenção à altura. Eduardo adora ser chamado de doutor, gosta de frequentar lugares com atendimento VIP e detesta que alguém desfrute de um privilégio que considere só seu. Em situações desfavoráveis, não perde a chance de perguntar: ‘Sabe com quem está falando?’”.
(Mecler, Katia – Psicopatas do cotidiano. Rio de Janeiro, Casa da Palavra, 2015, p. 177-178).
O médico Eduardo pode ser acertadamente diagnosticado como portador de transtorno de personalidade
A questão está baseada no seguinte texto:
"NARCISISTA: “SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?”
“Cumprimentar o porteiro nem passa pela cabeça do médico Eduardo, chefe da emergência de um dos maiores hospitais da cidade. (...)"Fonte: "Psicopatas do Cotidiano" (Mecler)
Veja os transtornos de personalidade, segundo o DSM-V:
"Transtorno da personalidade paranoide é um padrão de desconfiança e de suspeita tamanhas que as motivações dos outros são interpretadas como malévolas.
Transtorno da personalidade esquizoide é um padrão de distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de expressão emocional.
Transtorno da personalidade esquizotípica é um padrão de desconforto agudo nas relações íntimas, distorções cognitivas ou perceptivas e excentricidades do comportamento.
Transtorno da personalidade antissocial é um padrão de desrespeito e violação dos direitos dos outros.
Transtorno da personalidade borderline é um padrão de instabilidade nas relações interpessoais, na autoimagem e nos afetos, com impulsividade acentuada.
Transtorno da personalidade histriônica é um padrão de emocionalidade e busca de atenção em excesso.
Transtorno da personalidade narcisista é um padrão de grandiosidade, necessidade de admiração e falta de empatia.
Transtorno da personalidade evitativa é um padrão de inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade a avaliação negativa.
Transtorno da personalidade dependente é um padrão de comportamento submisso e apegado relacionado a uma necessidade excessiva de ser cuidado.
Transtorno da personalidade obsessivo-compulsiva é um padrão de preocupação com ordem, perfeccionismo e controle."
Fonte: DSM-V
Com isso, encontramos a resposta na Letra D.
a) esquizoide.
b) independente.
c) histriônica.
d) narcisista.

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