Baseado em Fongaro e Sebastiani (Angerami-Camon, 1996), leia o caso descrito a seguir. Considere-o para responder à questão.
Paciente de 37 anos, do sexo masculino, com doença oncológica gástrica avançada, internado em um hospital geral, evolui com alterações marcadas por lentificação do pensamento, leve latência na capacidade de resposta motora e pequenas dificuldades na coordenação da motricidade fina. Quando apresentava maior lucidez, por vezes, confundia o psicólogo com um amigo de sua infância, contudo, conseguia ter maior clareza de sua distorção quando lhe era explicado o seu equívoco. Em função de sua ansiedade frente às consequências do tratamento, apresentava um pensamento acelerado, com alguma fala ininterrupta e com prolixidade. Quando questionado sobre suas principais preocupações, expressava seu temor em relação aos efeitos da medicação, dentre os quais destacava sua dificuldade em buscar na lembrança fatos e vivências de sua vida passada. Na avaliação psicológica, manifestava ainda um comportamento com ocorrência de movimentos que fugiam ao seu controle voluntário, podendo ser resultante de alterações orgânicas ou psicológicas.
A alteração na sensopercepção verificada no caso é indicadora de
- A) alucinação visual.
- B) delírio.
- C) alucinação tátil.
- D) ilusão.
Resposta:
A alternativa correta é letra D) ilusão.
Nesta questão, descobrimos a alternativa correta pelo trecho:
Quando apresentava maior lucidez, por vezes, confundia o psicólogo com um amigo de sua infância, contudo, conseguia ter maior clareza de sua distorção quando lhe era explicado o seu equívoco.
Esse sintoma é próprio da ilusão, que caracteriza-se pela percepção deformada e alterada de um objeto real e presente.
Erros das demais alternativas:
a) alucinação visual.
Visão nítida que o paciente experimenta, sem a presença de estímulos visuais.
b) delírio.
O delírio é um erro do ajuizar, ou seja, é patologicamente falso e tem origem na doença mental.
c) alucinação tátil.
O paciente com alucinação tátil sente espetadas, choques, insetos ou pequenos animais correndo sobre sua pele.
Apesar da referência citada pela questão, conseguimos respondê-la utilizando outra:
DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Artmed, 2008.
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