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Desde a terceira revisão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana (DSM – III), houve um abandono da noção de “psicose” enquanto categoria que designava uma classe de patologias diferente da “neurose”.

Essa inflexão representou uma mudança de paradigma, cujo efeito foi

Resposta:

A alternativa correta é letra D) o enfraquecimento da descrição das doenças mentais apoiada nos pressupostos psicodinâmicos em favor de uma abordagem fisicalista da patologia mental.

   

  

Essa inflexão representou uma mudança de paradigma, cujo efeito foi

 

Essa questão está baseada no seguinte trecho do artigo de Tenório:

 

"O presente artigo aborda as mudanças ocorridas nos sistemas de classificação diagnóstica das doenças mentais, especialmente quanto ao enfraquecimento conceitual da categoria “psicose”, simultaneamente à dominância da esquizofrenia como única condição reconhecida como psicótica.

 

Embora o adjetivo “psicótico” permaneça nas classificações, desde a terceira revisão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-III), de 1980 (APA, 1980), abandonou-se a noção de “psicose” como categoria de fundo, que designava uma classe de patologias demarcadas da “neurose” (noção, por sua vez, igualmente descartada das novas classificações).

 

Essa nova inflexão representou uma mudança de paradigma, enfraquecendo a descrição das doenças mentais apoiada em pressupostos que podemos chamar de psicodinâmicos, em favor de uma abordagem fisicalista da patologia mental."

 

Fonte: "Psicose e esquizofrenia: efeitos das mudanças nas classificações psiquiátricas sobre a abordagem clínica e teórica das doenças mentais" (Tenório)

 

Com base nisso, encontramos a alternativa correta na Letra D.


a)  o fortalecimento de uma perspectiva complexa e psicodinâmica que articula os discursos da psiquiatria biológica, da teoria cognitivo comportamental e das neurociências.


b)  o estabelecimento de definições dos distúrbios que contemplam os fatores culturais, históricos, socioeconômicos e políticos na descrição das características clínicas.


c)  a redução do número de categorias diagnósticas baseadas em pressupostos ateóricos que se norteiam pelo paradigma biológico.


d)  o enfraquecimento da descrição das doenças mentais apoiada nos pressupostos psicodinâmicos em favor de uma abordagem fisicalista da patologia mental.


e)  a consolidação do movimento de normalização do sofrimento humano articulado ao processo de desmedicalização da existência.

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