“Em outras palavras, qualquer apreensão simbólica, mesmo a mais elaborada, deixa sempre de fora um resto não-assimilado, não-sintetizável, que se torna fonte de todos os possíveis. No caso do pânico, tal abertura é subjetivamente vivida não como um espaço de liberdade mas como ameaça, como risco de encontro com o perigo, uma vez que se trata de uma abertura sem garantias.”
(PEREIRA, M. E. C.; 1999, p.255.)
Esse é o modo como o autor introduz em seu texto a experiência do pânico, cuja etiologia é encontrada na constituição do processo simbólico. Em Kaplan, o pânico se situa nos transtornos de ansiedade, e é apresentado a partir de conceitos descritivos e operativos.
Nesta perspectiva, é CORRETO afirmar:
- A) O transtorno de pânico ocorre sempre acompanhado de agorafobia.
- B) O transtorno de pânico é sempre uma fobia social, pois implica em um medo e/ou evitação, manifestado insistentemente em diversas situações tais como: multidões, lugares públicos e outros.
- C) Ataques de pânico podem ocorrer em muitos transtornos mentais e em condições médicas, e a presença do ataque não necessita, por si só, do diagnóstico de transtorno de pânico.
- D) Os ataques de pânico estão sempre associados a um estímulo situacional identificável e são precedidos por uma série de sinais de ansiedade.
- E) Os sintomas do ataque de pânico são exclusivamente fisiológicos e não estão presentes sinais de medo, despersonalização ou desrealização.
Resposta:
A resposta correta desta questão é:
Alternativa C) Ataques de pânico podem ocorrer em muitos transtornos mentais e em condições médicas, e a presença do ataque não necessita, por si só, do diagnóstico de transtorno de pânico.
O pânico é um fenômeno complexo que pode manifestar-se em uma variedade de transtornos mentais e em condições médicas diversas. Não é exclusivo do transtorno de pânico; ataques de pânico podem ocorrer em outros contextos, como transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de estresse pós-traumático e até mesmo em condições médicas como hipertiroidismo.
A presença de um ataque de pânico não é suficiente para diagnosticar o transtorno de pânico. Para que o diagnóstico seja feito, é necessário avaliar se os ataques são recorrentes e se há uma preocupação persistente com a ocorrência de novos ataques ou suas consequências.
Portanto, a alternativa C está correta ao destacar que os ataques de pânico podem ocorrer em uma variedade de contextos clínicos, não sendo exclusivos do transtorno de pânico.
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