Logo do Site - Banco de Questões
Continua após a publicidade..

Existem diferentes critérios e teorias qu e podem ser utilizados pelo psicólogo em uma avaliação psíquica, sendo didaticamente aceitável distinguir os planos intelectivo, afetivo e volitivo (AMARAL, 2004). Para proceder ao diagnóstico, oprofissional deve e star atento a alterações psíquicas que podem estar sendo apresentadas pelo sujeito em avaliação. Assinale a alternativa que apresenta a relação correta entre as funções psíquicas e suas respectivas alterações:

 

I. Atenção
II. Sensopercepção
III. Memória
IV. Pensamento
V. Vontade


1. Analgesia e alucinação
2. Atos impulsivos e atos compulsivos
3. Hipoprosexia e aprosexia
4. Fuga de ideias e desintegração de conceitos
5. Fabulações e amnésia retrógrada


Resposta:

A alternativa correta é letra E) II-1, V 2, I 3, IV 4, III

Gabarito Letra E

Existem diferentes critérios e teorias que podem ser utilizados pelo psicólogo em uma avaliação psíquica, sendo didaticamente aceitável distinguir os planos intelectivo, afetivo e volitivo (AMARAL, 2004). Para proceder ao diagnóstico, o profissional deve e star atento a alterações psíquicas que podem estar sendo apresentadas pelo sujeito em avaliação. Assinale a alternativa que apresenta a relação correta entre as funções psíquicas e suas respectivas alterações:

 

I. Atenção
II. Sensopercepção
III. Memória
IV. Pensamento
V. Vontade


1. Analgesia e alucinação

Analgesias são alterações quantitativas da sensopercepção. Já as alucinações são alterações qualitativas dessa função.

“Por sua vez, as anestesias táteis implicam a perda da sensação tátil em determinada área da pele. Usa-se, com freqüência, o termo anestesia para indicar também analgesias (perda das sensações dolorosas) de áreas da pele e partes do corpo. Anestesias, hipoestesias e analgesias em áreas que não correspondem a territórios de nervos anatomicamente definidos em geral são de causa psicogenética. Tais alterações ocorrem mais em pacientes com transtornos histéricos, em sujeitos com alto grau de sugestionabilidade e em alguns quadros depressivos e psicóticos graves.”

“Define-se alucinação como a percepção de um objeto, sem que este esteja presente, sem o estímulo sensorial respectivo. Há, aqui, certa dificuldade conceitual. Se a percepção é um fenômeno sensorial que obrigatoriamente inclui um objeto estimulante (as formas de uma bola, o ruído de uma voz, o odor de uma substância química) e um sujeito receptor, como pode-se falar em percepção sem objeto? Entretanto, a clínica registra indivíduos que percebem perfeitamente uma voz ou uma imagem, com todas as características de uma percepção normal, corriqueira, sem a presença real do objeto. Eis um desafio conceitual que a patologia mental coloca à psicologia do normal (Ey, 1973).”


2. Atos impulsivos e atos compulsivos
Atos impulsivos e compulsivos são alterações na vontade.

“Em oposição à ação voluntária, há os atos impulsivos, que são uma espécie de curto circuito do ato voluntário, da fase de intenção à fase de execução. O ato impulsivo abole abruptamente as fases de intenção, deliberação e decisão, em função tanto da intensidade dos desejos ou temores inconscientes como da fragilidade das instâncias psíquicas implicadas na reflexão, na análise, na ponderação e na contenção dos impulsos e dos desejos.”

“O ato compulsivo, ou compulsão, difere do ato impulsivo por ser reconhecido pelo indivíduo como indesejável e inadequado, assim como pela tentativa de refreá-lo ou adiá-lo. A compulsão é geralmente uma ação motora complexa que pode envolver desde atos compulsivos relativamente simples, como coçar-se, picar-se, arranhar-se, até rituais compulsivos complexos, como tomar banho de forma repetida e muito ritualizada, lavar as mãos e secar-se de modo estereotipado, por inúmeras vezes seguidas, etc.”

 

3. Hipoprosexia e aprosexia

Essas são alterações da atenção:

“A alteração mais comum e menos específica da atenção é a diminuição global desta, chamada hipoprosexia. Aqui se verifica uma perda básica da capacidade de concentração, com fatigabilidade aumentada, o que dificulta a percepção dos estímulos ambientais e a compreensão; as lembranças tornam-se mais difíceis e imprecisas, há dificuldade crescente em todas as atividades psíquicas complexas, como o pensar, o raciocinar, a integração de informações, etc. Denomina-se aprosexia a total abolição da capacidade de atenção, por mais fortes e variados que sejam os estímulos utilizados.”


4. Fuga de ideias e desintegração de conceitos
Essas são alterações do pensamento.

 

5. Fabulações e amnésia retrógrada

Aqui, temos alterações da memória.

“Neste caso, elementos da imaginação do doente ou mesmo lembranças isoladas completam artificialmente as lacunas de memória, produzidas, em geral, por déficit da memória de fixação. Além do déficit de fixação, o doente não é capaz de reconhecer como falsas as imagens produzidas pela fantasia. As fabulações (ou confabulações) são invenções, produtos da imaginação do paciente, que preenchem um vazio da memória. O paciente não tem intenção de mentir ou enganar o entrevistador. É possível produzi-las, direcioná-las ou estimulá-las ao perguntar ao doente se ele lembra de um encontro há dois anos, em um bar de seu bairro, ou perguntando-lhe o que fez no domingo anterior (ou na noite passada). Essas são as chamadas fabulações de embaraço. Portanto, as fabulações diferem das ilusões e das alucinações mnêmicas, que não podem ser produzidas, induzidas ou direcionadas pelo examinador.”

“Na amnésia anterógrada, o indivíduo não consegue mais fixar elementos mnêmicos a partir do evento que lhe causou o dano cerebral. Por exemplo, o indivíduo não lembra do que ocorreu nas semanas (ou meses) depois de um trauma cranioencefálico. A amnésia anterógrada é um distúrbio-chave e bastante freqüente na maior parte dos distúrbios neurocognitivos. Já na amnésia retrógrada, o indivíduo perde a memória para fatos ocorridos antes do início da doença (ou trauma). Sua ocorrência sem amnésia anterógrada pode ser observada em quadros dissociativos (psicogênicos), como a amnésia dissociativa e a fuga dissociativa (Othmer; Othmer, 1994).”

 

Assim, a sequência correta é II-1, V 2, I 3, IV 4, III

Gabarito Letra E

 

Referência

Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais – 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *