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“Jorge, 26 anos, solteiro, mora com a mãe e nunca trabalhou. Seu pai tem diagnóstico de transtorno bipolar, com vários episódios maníacos e depressivos ao longo da vida e com baixa adesão a tratamentos, tendo se separado da mãe em um desses episódios. A mãe procurou tratamento para Jorge quando ele estava com 19 anos. Em entrevista psicológica, ela relatou que Jorge estava apresentando problemas de comportamento: insônia, preocupação excessiva com o fato do que os outros poderiam estar falando dele, ideia de que as pessoas poderiam ler seus pensamentos, impossibilidade de assistir à TV porque pensava que os apresentadores dos noticiários estavam lhe enviando mensagens, descuido da higiene pessoal (não tomar banho, não trocar de roupa e não fazer a barba) e medo de sair na rua. Jorge interrompeu a faculdade no segundo semestre e não conseguiu mais retornar. Esteve internado quatro vezes em dois anos. Quando melhorava, voltava para casa, mas após alguns meses começava a utilizar de forma irregular os medicamentos e adoecia novamente.”

 

(Cordioli, 2008. Adaptado.)


Analise o caso clínico anterior e marque a alternativa que apresenta corretamente a hipótese diagnóstica e o tratamento mais adequado.

Resposta:

A alternativa correta é letra C) Esquizofrenia e tratamento farmacológico, associado à intervenção psicossocial no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

No livro em que foi retirado o exemplo clínico (Psicoterapias - Abordagens Atuais), o autor fez algumas considerações de intervenção sobre o caso:

Foi proposto um tratamento combinado de medicação associado à intervenção psicossocial no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de sua cidade. Foram utilizados os princípios do IPT (Integrated Psychological Therapy), iniciando-se com a diferenciação cognitiva, por meio da qual aprendeu a implausabilidade de seus delírios e a trabalhar sua correção, fazendo anotações e repetindo sentenças afirmando a incorreção de suas crenças, carregando consigo e lendo quando elas se repetiam. Ele seguiu fazendo os exercícios e, depois de alguns meses, iniciou o treino de percepção social, no qual trabalhou com a terapeuta a identificação das situações do cotidiano. [...] Existem evidências de que as abordagens de intervenção psicossocial podem reduzir o número de reinternações e aumentar a habilidade dos pacientes e suas famílias para lidar com problemas diários. As pessoas com esquizofrenia apresentam deficiências na capacidade de solucionar problemas interpessoais e na capacidade de gerar respostas alternativas para lidar com desafios ou novidades. 


Com base no trecho acima e considerando os sintomas mencionados:

 

"...insônia, preocupação excessiva com o fato do que os outros poderiam estar falando dele, ideia de que as pessoas poderiam ler seus pensamentos, impossibilidade de assistir à TV porque pensava que os apresentadores dos noticiários estavam lhe enviando mensagens, descuido da higiene pessoal (não tomar banho, não trocar de roupa e não fazer a barba) e medo de sair na rua..."

 

Podemos afirmar que Jorge sofre de Esquizofrenia e o tratamento mais adequado é o farmacológico, associado à intervenção psicossocial no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

 

As outras alternativas apresentam transtornos que não são caracterizados por tais sintomas. Dessa forma, podemos eliminá-las.


 

Fonte: CORDIOLI, Aristides Volpato. Psicoterapias: abordagens atuais. Artmed, 2008.

 

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