Juízos falsos podem ser produzidos de inúmeras formas, podendo ser patológicos ou não. Em psicopatologia, a primeira distinção essencial a se fazer é entre o erro não determinado ´por processo mórbido (por transtornos mentais) e as diversas formas de juízos falsos determinados por transtorno mental, sendo a principal delas o delírio (DALGALARRONDO, 2000).
Segundo Jaspers, o delírio é um erro do ajuizar, que tem origem na doença mental. Segundo ele, o delírio tem três características essenciais, que são
- A) uma certeza subjetiva extraordinária; possível modificação do delírio pela experiência objetiva, e o delírio tem um juízo falso.
- B) uma convicção extraordinária; possível de modificação frente à experiência da realidade, e o seu conteúdo é impossível.
- C) uma certeza subjetiva absoluta; impossível modificação do delírio pela experiência objetiva, e o delírio não se confunde com a realidade.
- D) uma certeza subjetiva extraordinária; impossível modificação do delírio pela experiência objetiva, e o delírio tem um juízo quase correto.
- E) uma certeza subjetiva absoluta; impossível modificação do delírio pela experiência objetiva, e o delírio tem um juízo falso.
Resposta:
A alternativa correta é letra E) uma certeza subjetiva absoluta; impossível modificação do delírio pela experiência objetiva, e o delírio tem um juízo falso.
Segundo Jaspers (1979) citado por Dalgalarrondo (2008), o delírio tem como características:
- Convicção extraordinária: certeza subjetiva absoluta, isto é, não se pode colocar em dúvida a veracidade do delírio;
- Impossível sua modificação pela experiência objetiva: não se pode persuadir o delirante nem com argumentos lógicos;
- Juízo falso: apresenta um conteúdo impossível considerando o contexto real.
Essas características foram apresentadas pela ALTERNATIVA E.
Erros das demais opções:
a) uma certeza subjetiva extraordinária; possível modificação do delírio pela experiência objetiva, e o delírio tem um juízo falso.
b) uma convicção extraordinária; possível de modificação frente à experiência da realidade, e o seu conteúdo é impossível.
c) uma certeza subjetiva absoluta; impossível modificação do delírio pela experiência objetiva, e o delírio não se confunde com a realidade.
d) uma certeza subjetiva extraordinária; impossível modificação do delírio pela experiência objetiva, e o delírio tem um juízo quase correto.
Fonte: DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Artmed, 2008.
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