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L ficou muito feliz com o nascimento de seu filho. No entanto, poucos dias depois do parto, passou a chorar sem estar triste e apresentar um comportamento hostil com seu marido e sua mãe. Ao avaliar o seu quadro, a equipe que a acompanha salientou que L estava com um distúrbio emocional transitório, não necessitando de um tratamento medicamentoso.


De acordo com o quadro descrito, qual foi o transtorno psiquiátrico puerperal que acometeu L?

Resposta:

A alternativa correta é letra E) Disforia puerperal

Após a leitura atenta do enunciado, conseguiremos eliminar as alternativas que mencionam transtornos menos específicos, ou seja, que não estão necessariamente relacionados aos pós parto. 

 

Portanto, logo de início, podemos descartar as ALTERNATIVAS C e D. 

 

Restaram, dessa forma, as ALTERNATIVAS A, B e E.

 

Vejamos as características de cada um desses transtornos, segundo Cantilino e colaboradores (2010):

  • Depressão Pós-Parto: inicia-se entre duas semanas até três meses após o parto;

Sintomas: humor deprimido, perda de prazer e interesse nas atividades, alteração de peso e/ou apetite, alteração de sono, agitação ou retardo psicomotor, sensação de fadiga, sentimento de inutilidade ou culpa, dificuldade para concentrar-se ou tomar decisões e até pensamentos de morte ou suicídio;

  • Psicose Pós-Parto: inicia-se nos primeiros dias até duas semanas após o parto;

Sintomas: euforia, humor irritável, logorreia, agitação e insônia; delírios, ideias persecutórias, alucinações e comportamento desorganizado, desorientação, confusão mental, perplexidade e despersonalização.

  • Disforia Puerperal:  inicia-se nos primeiros dias após o nascimento do bebê, atingindo um pico no quarto ou quinto dia do pós-parto e remitem de forma espontânea em no máximo duas semanas;

Sintomas: choro fácil, labilidade afetiva, irritabilidade e comportamento hostil para com familiares e acompanhantes. Algumas mulheres podem apresentar sentimentos de estranheza e despersonalização e outras podem apresentar elação. Mulheres com disforia pós-parto não necessitam de intervenção farmacológica. 

 


Conforme destacado acima, percebe-se que as características apresentadas pela paciente são compatíveis com os sintomas da Disforia Puerperal.

 

 

Fonte: CANTILINO, Amaury et al. Transtornos psiquiátricos no pós-parto. Revista de Psiquiatria Clínica, v. 37, n. 6, p. 288-294, 2010.

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