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Mulher de 40 anos apresenta história de repetidas crises, caracterizadas por delírios persecutórios e sintomas depressivos. Quando os episódios psicóticos agudos são controlados com medicação, os sintomas depressivos invariavelmente também desaparecem. Ela nunca apresentou sintomas de depressão fora dos períodos de crise psicótica nem sintomas psicóticos que não fossem acompanhados de sintomas depressivos. No período entre as crises, apresenta-se assintomática e tem vida normal.

De acordo com o DSM-5, a alternativa diagnóstica mais apropriada é:

Resposta:

A alternativa correta é letra C) transtorno depressivo maior;

Gabarito Letra C

 

 

a)  esquizofrenia;

b)  transtorno esquizoafetivo;

c)  transtorno depressivo maior;

d)  esquizofrenia e transtorno depressivo maior;

e)  transtorno esquizofreniforme.

 

Nesse quadro, temos duas categorias de sintomas predominantes: tanto os sintomas depressivos quanto os sintomas psicóticos. Não podemos apenas diagnosticar como esquizofrenia, porque dessa forma estaríamos ignorando os sintomas depressivos. Também, pela mesma lógica, não vamos considerar o transtorno esquizofreniforme. Dar os dois diagnósticos, de esquizofrenia e transtorno depressivo maior também não é apropriado, uma vez que está claro que as duas classes de sintomas tem correlação entre si e não existem de forma isolada.

 

Agora, precisamos fazer o diagnóstico diferencial entre o transtorno esquizoafetivo e o transtorno depressivo maior:

 

“Transtornos depressivo e bipolar e transtorno esquizoafetivo. Esses transtornos podem ser diferenciados do transtorno delirante pela relação temporal entre a perturbação do humor e os delírios e pela gravidade dos sintomas de humor. Quando os delírios ocorrem exclusivamente durante os episódios de humor, o diagnóstico é transtorno depressivo ou transtorno bipolar com características psicóticas. Os sintomas de humor que satisfazem todos os critérios de um episódio de humor podem estar sobrepostos ao transtorno delirante. Este só pode ser diagnosticado se a duração de todos os episódios de humor permanece curta em relação à duração total da perturbação delirante. Caso contrário, é mais apropriado um diagnóstico de outro transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico especificado ou de transtorno do espectro da esquizofrenia e outro transtorno psicótico não especificado acompanhado por outro transtorno depressivo especificado, transtorno depressivo não especificado, outro transtorno bipolar e transtorno relacionado especificado ou transtorno bipolar e transtorno relacionado não especificado.”

 

“para uma distinção entre transtorno esquizoafetivo e transtornos depressivo ou bipolar com características psicóticas. Mais especificamente, o transtorno esquizoafetivo pode ser diferenciado de transtornos depressivo ou bipolar com características psicóticas pela presença de delírios e/ou alucinações marcantes durante pelo menos duas semanas na ausência de um episódio maior de humor. Diferentemente, nos transtornos depressivo ou bipolar com características psicóticas, estas basicamente ocorrem durante o(s) episódio(s) de humor. Considerando-se que a proporção relativa de sintomas de humor e psicóticos pode mudar com o tempo, o diagnóstico apropriado pode mudar de e para transtorno esquizoafetivo (p. ex., um diagnóstico de transtorno esquizoafetivo para um episódio depressivo maior grave e proeminente com duração de três meses durante os seis primeiros meses de uma doença psicótica crônica seria trocado para esquizofrenia se os sintomas psicóticos ativos ou residuais proeminentes persistissem por vários anos sem uma recorrência de outro episódio de humor)”

 

Quando os sintomas psicóticos estão presentes apenas no período de alteração do humor, o diagnóstico correto é de transtorno depressivo maior com o especificador com características psicóticas.

 

Nosso gabarito é Letra C

 

Fonte: AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition (DSM-5). Arlington, VA: American Psychiatric Association, 2013

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