Na classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10, encontramos, no capítulo dos transtornos de personalidade e comportamento em adultos (F60 – F69), especificamente no item F62-1 – alteração permanente de personalidade após doença psiquiátrica, que deve ser permanente e manifestar-se como um padrão inflexível e mal-adaptativo de vivenciar e de funcionar, levando a problemas duradouros no funcionamento interpessoal, social ou ocupacional e angústia subjetiva. Não deve haver nenhuma evidência de um transtorno de personalidade pré-existente que possa explicar a alteração de personalidade e o transtorno mental, precedente. São evidências diagnósticas para esse tipo de alteração de personalidade:
I – dependência excessiva e atitude exigente perante os outros.
II– convicção de ter sido estigmatizado pela doença precedente.
III– passividade, interesses reduzidos e ausência de atividades de lazer.
IV– queixas persistentes de estar doente.
V – humor lábil.
VI– comprometimento significativo no funcionamento social e ocupacional comparado com a situação pré-mórbida.
Com relação a estes aspectos clínicos:
- A) apenas I e II estão corretos.
- B) apenas I e III estão corretos.
- C) apenas III, V e VI estão corretos.
- D) todas as seis evidências estão corretas.
Resposta:
A alternativa correta é letra D) todas as seis evidências estão corretas.
Gabarito: Letra D
Não deve haver nenhuma evidência de um transtorno de personalidade pré-existente que possa explicar a alteração de personalidade e o transtorno mental, precedente. São evidências diagnósticas para esse tipo de alteração de personalidade:
Antes, vamos ver como o CID apresenta essas evidências:
“Evidências diagnósticas para esse tipo de alteração de personalidade devem incluir tais aspectos clínicos como os seguintes:
(a) dependência excessiva e atitude exigente perante os outros;
(b) convicção de ter sido alterado ou estigmatizado pela doença precedente, levando a uma incapacidade de estabelecer ou manter relacionamentos pessoais próximos e confidentes e a isolamento social;
(c) passividade, interesses reduzidos e envolvimento diminuído em atividades de lazer;
(d) queixas persistentes de estar doente, as quais podem estar associadas a reclamações hipocondríacas e comportamento doentio;
(e) humor lábil ou disfórico, não decorrente da presença de um transtorno mental atual ou transtorno mental precedente com sintomas afetivos re siduais;
(f) comprometimento significativo no funcionamento social e ocupacional comparado com a situação pré-mórbida.”
I - dependência excessiva e atitude exigente perante os outros.
Certo! Essa é a letra A.
II- convicção de ter sido estigmatizado pela doença precedente.
Certo! Essa é a letra B.
III- passividade, interesses reduzidos e ausência de atividades de lazer.
Certo! Essa é a letra C.
IV- queixas persistentes de estar doente.
Certo! Essa é a letra D
V - humor lábil.
Certo! Essa é a letra E
VI- comprometimento significativo no funcionamento social e ocupacional comparado com a situação pré-mórbida.
Certo! Essa é a letra F
Assim, todas as seis evidências estão corretas.
Gabarito Letra D
Fonte: Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID - 10: descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artmed, 1993
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