Na clínica de saúde mental, os psicólogos devem construir diagnósticos que se apresentem como instrumentos de conhecimento e guias para a ação. Neste sentido, é INCORRETO afirmar:
- A) O diagnóstico deve ser ponto de orientação num percurso a ser construído na história do sujeito. Ele deve significar a possibilidade muito menos de responder sobre uma doença e muito mais de indicar as possibilidades de projetos a partir do que se identifica como um modo do sujeito atuar na vida, estabelecer relações e constituir sua experiência subjetiva.
- B) A prevalência do diagnóstico psicopatológico representa um avanço científico e, em última instância, a prevalência da análise técnica, científica e racional sobre os processos de adoecimento psíquico. É a captura da lógica científica que fortalecerá a compreensão da experiência da doença. Nessa perspectiva, o diagnóstico apresenta como conclusão e descrição da condição do sujeito, que aponta para a previsão de um destino.
- C) O diagnóstico deve apontar um dado da biografia do sujeito que ajude a pensar em transformações possíveis nessa biografia. O diagnóstico não deve, por isso, ser buscado para responder ao psicólogo ou à equipe quem é o sujeito ou qual a sua doença, mas para apresentar dificuldades desse sujeito que apontem as possibilidades de assistência da equipe e do profissional na construção parceira de uma nova trajetória de vida.
- D) Portanto, do ponto de vista do diagnóstico, das teorias e das referências de projetos de intervenção para a prática dos psicólogos nos CAPS, devemos nos orientar sempre pela indagação acerca de que a servem os recursos utilizados e se eles estão a serviço da atenção psicossocial orientada pelos princípios da reforma psiquiátrica antimanicomial.
- E) Sem dúvida, essa reflexão levará os psicólogos à produção permanente de saberes e de práticas profissionais. Nesse sentido, podemos afirmar que o campo da atenção à saúde mental orientado por tais princípios pauta uma transformação necessária à própria Psicologia, considerada a tradição a partir da qual esta se produziu.
Resposta:
A alternativa correta é letra B) A prevalência do diagnóstico psicopatológico representa um avanço científico e, em última instância, a prevalência da análise técnica, científica e racional sobre os processos de adoecimento psíquico. É a captura da lógica científica que fortalecerá a compreensão da experiência da doença. Nessa perspectiva, o diagnóstico apresenta como conclusão e descrição da condição do sujeito, que aponta para a previsão de um destino.
Na clínica de saúde mental, os psicólogos devem construir diagnósticos que se apresentem como instrumentos de conhecimento e guias para a ação. Neste sentido, é INCORRETO afirmar:
A questão está baseada no seguinte texto:
"A prevalência do diagnóstico psicopatológico representa um reducionismo e, em última instância, a prevalência do discurso técnico, médico, científico e racional sobre a loucura. É a captura da lógica científica da normalidade que reduz a experiência da loucura à doença. Nessa perspectiva, o diagnóstico se apresenta como conclusão e descrição imutável da condição do sujeito, que aponta para a previsão de um destino.
Na clínica da saúde mental, os psicólogos devem construir diagnósticos que se apresentem como ponto de orientação num percurso a ser construído na história do sujeito. Ele deve significar a possibilidade, muito menos de responder sobre uma doença e muito mais de indicar as possibilidades de projetos a partir do que se identifica como um modo do sujeito atuar na vida, estabelecer relações e constituir sua experiência subjetiva.
Assim, a construção do diagnóstico deve apontar um dado da biografia do sujeito que ajude a pensar transformações possíveis nessa biografia. O diagnóstico não deve, por isso, ser buscado para responder ao psicólogo ou à equipe quem é o sujeito ou qual a sua doença, mas para apresentar dificuldades desse sujeito que apontem as possibilidades de assistência da equipe e do profissional na construção parceira de uma nova trajetória de vida.
Portanto, do ponto de vista do diagnóstico, das teorias e das referências de projetos de intervenção para a prática dos psicólogos nos CAPS, devemos nos orientar sempre pela indagação acerca de que a servem os recursos utilizados e se eles estão a serviço da atenção psicossocial orientada pelos princípios da reforma psiquiátrica antimanicomial.
Sem dúvida, essa reflexão levará os psicólogos à produção permanente de saberes e de práticas profissionais. Nesse sentido, podemos afirmar que o campo da atenção à saúde mental orientado por tais princípios pauta uma transformação necessária à própria Psicologia, considerada a tradição a partir da qual esta se produziu."
Fonte: "Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) no CAPS - Centro de Atenção Psicossocial" (CFP)
Com isso, encontramos a alternativa incorreta na Letra B.
a) O diagnóstico deve ser ponto de orientação num percurso a ser construído na história do sujeito. Ele deve significar a possibilidade muito menos de responder sobre uma doença e muito mais de indicar as possibilidades de projetos a partir do que se identifica como um modo do sujeito atuar na vida, estabelecer relações e constituir sua experiência subjetiva.
b) A prevalência do diagnóstico psicopatológico representa um avanço científico e, em última instância, a prevalência da análise técnica, científica e racional sobre os processos de adoecimento psíquico. É a captura da lógica científica que fortalecerá a compreensão da experiência da doença. Nessa perspectiva, o diagnóstico apresenta como conclusão e descrição da condição do sujeito, que aponta para a previsão de um destino.
c) O diagnóstico deve apontar um dado da biografia do sujeito que ajude a pensar em transformações possíveis nessa biografia. O diagnóstico não deve, por isso, ser buscado para responder ao psicólogo ou à equipe quem é o sujeito ou qual a sua doença, mas para apresentar dificuldades desse sujeito que apontem as possibilidades de assistência da equipe e do profissional na construção parceira de uma nova trajetória de vida.
d) Portanto, do ponto de vista do diagnóstico, das teorias e das referências de projetos de intervenção para a prática dos psicólogos nos CAPS, devemos nos orientar sempre pela indagação acerca de que a servem os recursos utilizados e se eles estão a serviço da atenção psicossocial orientada pelos princípios da reforma psiquiátrica antimanicomial.
e) Sem dúvida, essa reflexão levará os psicólogos à produção permanente de saberes e de práticas profissionais. Nesse sentido, podemos afirmar que o campo da atenção à saúde mental orientado por tais princípios pauta uma transformação necessária à própria Psicologia, considerada a tradição a partir da qual esta se produziu.
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