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O considerado “normal” em psicopatologia é uma questão controversa, na medida em que suas definições dependem da abordagem teórica do profissional, suas opções filosóficas e ideológicas. Uma das definições de normalidade, na qual tal conceito identifica norma e frequencia, sendo considerado normal o que pode ser observado com maior frequencia é o conceito conhecido como normalidade                                     é o conjunto de técnicas destinadas ao estudo quantitativo de fenômenos coletivos e empiricamente observáveis.

Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.

Resposta:

A alternativa correta é letra A) estatística.

Gabarito: Letra A

O considerado “normal” em psicopatologia é uma questão controversa, na medida em que suas definições dependem da abordagem teórica do profissional, suas opções filosóficas e ideológicas. Uma das definições de normalidade, na qual tal conceito identifica norma e frequencia, sendo considerado normal o que pode ser observado com maior frequencia é o conceito conhecido como normalidade                                     é o conjunto de técnicas destinadas ao estudo quantitativo de fenômenos coletivos e empiricamente observáveis.

 

Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.
a)  estatística.

Certo! É na normalidade estatística que o que se observa com mais frequência é o considerado normal.

Normalidade estatística identifica norma e freqüência. Trata-se de um conceito de normalidade que se aplica especialmente a fenômenos quantitativos, com determinada distribuição estatística na população geral (como peso, altura, tensão arterial, horas de sono, quantidade de sintomas ansiosos, etc.). O normal passa a ser aquilo que se observa com mais freqüência. Os indivíduos que se situam estatisticamente fora (ou no extremo) de uma curva de distribuição normal passam, por exemplo, a ser considerados anormais ou doentes. É um critério muitas vezes falho em saúde geral e mental, pois nem tudo o que é freqüente é necessariamente “saudável”, e nem tudo que é raro ou infreqüente é patológico. Tomem-se como exemplo fenômenos como as cáries dentárias, a presbiopia, os sintomas ansiosos e depressivos leves, o uso pesado de álcool, fenômenos estes que podem ser muito freqüentes, mas que evidentemente não podem, a priori, ser considerados normais ou saudáveis.”


b)  como processo.

Errado. Esse critério considera aspectos dinâmicos, não apenas a frequência.

“. Nesse caso, mais que uma visão estática, consideram-se os aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial, das desestruturações e das reestruturações ao longo do tempo, de crises, de mudanças próprias a certos períodos etários. Esse conceito é particularmente útil na chamada psicopatologia do desenvolvimento relacionada a psiquiatria e psicologia clínica de crianças, adolescentes e idosos.”


c)  funcional.

Errado. A questão apresenta um critério baseado em aspectos quantitativos, que não é o que a normalidade funcional analisa.

Tal conceito baseia-se em aspectos funcionais e não necessariamente quantitativos. O fenômeno é considerado patológico a partir do momento em que é disfuncional e produz sofrimento para o próprio indivíduo ou para seu grupo social.”


d)  ideal.

Errado. A normalidade ideal é um dado arbitrário, não baseado em estatísticas.

“A normalidade aqui é tomada como certa “utopia”. Estabelece-se arbitrariamente uma norma ideal, aquilo que é supostamente “sadio”, mais “evoluído”. Tal norma é, de fato, socialmente constituída e referendada. Depende, portanto, de critérios socioculturais e ideológicos arbitrários e, às vezes, dogmáticos e doutrinários. Exemplos de tais conceitos de normalidade são aqueles com base na adaptação do indivíduo às normas morais e políticas de determinada sociedade (como nos casos do macarthismo nos Estados Unidos e do pseudodiagnóstico de dissidentes políticos como doentes mentais na antiga União Soviética).”

 

Nosso gabarito é Letra A

 

Fonte: Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais  – 3. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019.

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