O delirium é um quadro bastante observável em Unidades de Cuidados Intensivos. Em relação ao delirium NÃO é correto afirmar que:
- A) pacientes com delírio não devem ficar isolados;
- B) alguns estudos referem como fatores de risco para o desenvolvimento de delirium a hipertensão arterial e o hábito de tabagismo;
- C) alguns reguladores no ambiente, como a presença defamiliares, calendários, relógios ou luz fraca e podem auxiliar a melhora do quadro;
- D) o fator idade não é uma variável importante nos quadros de delirium.
Resposta:
ESTA QUESTÃO FOI ANULADA, NÃO POSSUI ALTERNATIVA CORRETA
Questão anulada
O delirium é um quadro bastante observável em Unidades de Cuidados Intensivos. Em relação ao delirium NÃO é correto afirmar que:
a) pacientes com delírio não devem ficar isolados;
Pacientes com delírio não devem, de fato, ficar isolados. Mas a questão é sobre delirium, não sobre delírio.
“É importante salientar que a prevenção depende de equipe multidisciplinar (cirurgião, anestesiologista, enfermeira e médico clínico). Pacientes com delírio não devem ficar isolados, pois a falta de estimulação pode tornar o paciente mais “fechado”, respondendo mais a estímulos internos que externos”
b) alguns estudos referem como fatores de risco para o desenvolvimento de delirium a hipertensão arterial e o hábito de tabagismo;
Certo. Há indícios dessa relação.
c) alguns reguladores no ambiente, como a presença defamiliares, calendários, relógios ou luz fraca e podem auxiliar a melhora do quadro;
Certo. Como o delirium é um estado confusional, esses reguladores auxiliam o paciente a se situar.
“O tratamento do estado confusional agudo consiste em abordagem multiprofissional especializada com enfoque na prevenção, segurança do paciente e manejo das causas identificadas a partir de medidas não farmacológicas e também medicamentosas. Dentre as boas práticas reconhecidas, deve ser evitado o uso de múltiplas medicações, especialmente as envolvidas na etiologia deste quadro. Recomenda-se a retirada lenta e progressiva de medicações que possam causar algum tipo de abstinência, oferta de recursos de memória e orientação, como calendário, relógio e fotos de familiares. O ambiente de tratamento deve ser calmo, confortável, mantendo a localização do leito do paciente, evitando intervenções que limitem a sua mobilidade e permitindo o uso de suas lentes corretivas ou aparelho de audição. Manter boa iluminação durante o dia e limitá-la à noite, estimular a presença frequente de familiares e/ ou acompanhantes, oferecendo apoio e esclarecimento ao paciente e sua família, também são medidas que auxiliam na prevenção e tratamento do delirium (BOTEGA, 2012; FORTALEZA; MIGUEL, 2013; CEREJEIRA; MUKAETOVALADINSKA, 2011).”
d) o fator idade não é uma variável importante nos quadros de delirium.
Errado. A idade avançada é um fator de risco para os quadros de delirium.
Assim, temos uma afirmativa incorreta e uma desconexa com a questão, o que a fez ser anulada.
Fonte: Ruiz-Neto, Pedro Poso, Moreira, Neli A. e Furlaneto, Maria ElizabetDelírio pós-anestésico. Revista Brasileira de Anestesiologia [online]. 2002, v. 52, n. 2 [Acessado 23 Setembro 2021] , pp. 242-250. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0034-70942002000200013>.
Diretrizes Clínicas em Saúde Mental. Disponível em: https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Protocolo/Diretrizes%20Clinicas%20em%20saude%20mental.pdf
Deixe um comentário