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Questões Sobre Psicopatologia - Psicologia - concurso

1431) Segundo DSM-5, considerando o Transtorno de Tique Transitório, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

  • A) C - C - E.
  • B) E - C - C.
  • C) C - E - C.
  • D) E - C - E.

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A alternativa correta é letra C) C - E - C.

  

Segundo DSM-5, considerando o Transtorno de Tique Transitório, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

 
 

Com relação ao assunto o DSM 5 (2014, p. 82) cita:

 

Os transtornos de tique incluem quatro categorias diagnósticas: transtorno de Tourette, transtorno de tique motor ou vocal persistente (crônico), transtorno de tique transitório, outro transtorno de tique especificado e transtorno de tique não especificado. O diagnóstico para qualquer transtorno de tique baseia-se na presença de tiques motores e/ou vocais, na duração dos sintomas dos tiques, na idade de início e na ausência de qualquer causa conhecida, como outra condição médica ou uso de substância

  

Especificamente, sobre o Transtorno Transtorno de Tique Transitório o DSM-5 (2014) traz os seguintes especificadores:

  

 A. Tiques motores e/ou vocais, únicos ou múltiplos.

 B. Os tiques estiveram presentes por pelo menos um ano desde o início do primeiro tique.

 C. O início ocorre antes dos 18 anos de idade.

 D. A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., cocaína) ou a outra condição médica (p. ex., doença de Huntington, encefalite pós-viral).

 E. Jamais foram preenchidos critérios para transtorno de Tourette ou transtorno de tique motor ou vocal persistente (crônico).

 

Analisando-se as informações com base no que traz o Manual, tem-se o seguinte:

 

(---) Presença de tique motores e/ou vocais, únicos ou múltiplos.

CERTO. A afirmação é corroborada no critério “A”.

 

(---) O início ocorre antes dos 14 anos de idade.

ERRADO. Contrariando isto é dito no critério “C” que no o Transtorno Transtorno de Tique Transitório, o início ocorre antes dos 18 anos de idade.

.

 

(---) Os tiques estiveram presentes por pelo menos um ano desde o início do primeiro tique.

CERTO. A afirmação é corroborada no critério “B”.

 
 

Considerando as alternativas disponíveis, apenas a LETRA “C” traduz corretamente a sequência a análise das proposições avaliadas (C - E - C). As demais alternativas apenas apresentam outros parâmetros a fim de confundir o candidato. Considerando isto, ratifica-se, portanto, que a alternativa “C” constitui, de fato, o GABARITO da questão analisada.

________________

Fonte consultada:

Associação Psiquiátrica Americana (APA). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

1432) De acordo com DSM-5, sobre Transtorno Erétil, analisar os itens abaixo:

  • A) Somente o item I e II.
  • B) Somente o item II.
  • C) Somente os itens I e III.
  • D) Somente os itens II e III.

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A alternativa correta é letra A) Somente o item I e II.

 

De acordo com DSM-5, sobre Transtorno Erétil, analisar os itens abaixo:

 

 


 

I - A característica particular do Transtorno Erétil é a falha repetida em obter e/ou manter ereções durante atividades sexuais.

CORRETA. Sobre o Transtorno Erétil, o DSM-5 (2014) esclarece:

“A característica particular do transtorno erétil é a falha repetida em obter ou manter ereções durante as atividades sexuais com parceira”

 

 

II - Descobriu-se que a falha em atingir a ereção na primeira tentativa sexual está associada à relação sexual com desconhecidos, uso concomitante de drogas ou álcool, falta de vontade e pressão dos pares.

CORRETA. Corroborando isto, a respeito do Transtorno Erétil, o DSM-5 (2014) cita:

“Descobriu-se que a falha em atingir a ereção na primeira tentativa sexual está associada a relação sexual com uma parceira desconhecida, uso concomitante de drogas ou álcool, falta de vontade de ter relação sexual e pressão dos pares.”

 

 

III - Há um aumento relacionado com a idade, em torno de 5% daqueles com idade abaixo dos 40 ou 50 anos queixam-se de problemas frequentes de ereção.

INCORRETA. Contrariando a afirmativa, considerando o Transtorno Erétil, o DSM-5 (2014) destaca:

“Há aumento expressivo relacionado à idade, tanto na prevalência como na incidência de problemas relacionados à ereção, em particular depois dos 50 anos de idade. Entre homens na faixa etária de 40 a 80 anos, 13 a 21% queixam-se de problemas eréteis ocasionais.”

 

 

Considerando a análise das proposições apresentadas, ratifica-se que estão corretos apenas os itens I e II, portanto, LETRA “A”.

 

______________

Fonte consultada:

Associação Psiquiátrica Americana (APA). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

1433) Com relação ao conceito de normal e patólogico no que se diz respeito ao psiquismo humano, avalie as afirmações a seguir:

  • A) Apenas I e II estão corretas.
  • B) Apenas I, II e III estão corretas.
  • C) Apenas I está correta.
  • D) Apenas III está correta.

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A alternativa correta é letra D) Apenas III está correta.

Gabarito: Letra D

I. Aquilo que é considerado normal em determinadas condições e contextos, não pode se tornar patológico em outras situações, tendo em vista a linearidade das concepções sobre o padrão de normalidade.

Errado. Pelo contrário, algo que e considerado normal em algumas situações pode ser patológico em outras. A cultura, por exemplo, influencia muito o conceito de normalidade.


II. Existe um consenso entre o conceito de normalidade tanto para a saúde mental como para a psicopatologia, onde é tudo bem definido.

Errado. Esse consenso não existe, até porque na psicopatologia as coisas não são bem definidas, preto no branco. Existem várias teorias que tentam estabelecer critérios para o conceito de normalidade.


III. A fronteira entre o normal e o patológico é imprecisa para diversos indivíduos considerados simultaneamente, mas é precisa para um único e mesmo indivíduo considerado sucessivamente.

Certo!

“Se o normal não tem a rigidez de um fato coercitivo coletivo, e sim a flexibilidade de uma norma que se transforma em sua relação com condições individuais, é claro que o limite entre o normal e o patológico torna-se impreciso. No entanto, isso não nos leva à continuidade de um normal e de um patológico idênticos em essência — salvo quanto às variações quantitativas —, a uma relatividade da saúde e da doença bastante confusa para que se ignore onde termina a saúde e onde começa a doença. A fronteira entre o normal e o patológico é imprecisa para diversos indivíduos considerados simultaneamente, mas é perfeitamente precisa para um único e mesmo indivíduo considerado sucessivamente

 

Assim, apenas a III está correta.

Gabarito Letra D

 

Referência

CANGUILHEM, G O normal e o patológico. 5ª.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000.

1434) Há vários critérios de normalidade e anormalidade em medicina e psicopatologia. A adoção de um ou outro depende, entre outras coisas, de opções filosóficas, ideológicas e pragmáticas do profissional (Canguilhem, 1978). Considere as afirmativas abaixo e assinale VERDADEIRO (V) ou FALSO (F) a respeito do que é considerado os principais critérios de normalidade utilizados em psicopatologia:

  • A) I - F, II - V, III - V.
  • B) I - V, II - F, III - V.
  • C) I - V, II - V, III - V.
  • D) I - F, II - F, III - F.

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A alternativa correta é letra C) I - V, II - V, III - V.

Gabarito: Letra C

I. Normalidade como ausência de doença: Normal, do ponto de vista psicopatológico, seria, então, aquele indivíduo que simplesmente não é portador de um transtorno mental definido. Tal critério é bastante falho e precário, pois, além de redundante, baseia-se em uma “definição negativa”, ou seja, define-se a normalidade não por aquilo que ela supostamente é, mas, sim, por aquilo que ela não é, pelo que lhe falta.

Certo! Essa é a definição de normalidade como ausência de doença apresentada por Dalgalarrondo.


II. Normalidade ideal: A normalidade aqui é tomada como uma certa “utopia”. Estabelece-se arbitrariamente uma norma ideal, o que é supostamente “sadio”, mais “evoluído”. Tal norma é, de fato, socialmente constituída e referendada. Depende, portanto, de critérios socioculturais e ideológicos arbitrários, e, às vezes, dogmáticos e doutrinários.

Certo! Essa alternativa também traz corretamente a relação entre o conceito e a sua definição.

“Normalidade ideal. A normalidade aqui é tomada como uma certa “utopia”. Estabelece-se arbitrariamente uma norma ideal, o que é supostamente “sadio”, mais “evoluído”. Tal norma é, de fato, socialmente constituída e referendada. Depende, portanto, de critérios socioculturais e ideológicos arbitrá rios, e, às vezes, dogmáticos e doutrinários. Exemplos de tais conceitos de normalidade são aqueles com base na adaptação do indivíduo às normas morais e políticas de determinada sociedade (como nos casos do macarthismo nos EUA e do pseudodiagnóstico de dissidentes políticos como doentes mentais na antiga União Soviética).”


III. Normalidade subjetiva. Aqui é dada maior ênfase à percepção subjetiva do próprio indivíduo em relação a seu estado de saúde, às suas vivências subjetivas. O ponto falho desse critério é que muitas pessoas que se sentem bem, “muito saudáveis e felizes”, como no caso de sujeitos em fase maníaca, apresentam, de fato, um transtorno mental grave.

Certo! Também aqui temos a definição correta do conceito de normalidade apresentada.

Vamos lembrar outros tipos de normalidade:

“Normalidade estatística. A normalidade estatística identifica norma e freqüência. Trata-se de um conceito de normalidade que se aplica especialmente a fenômenos quantitativos, com determinada distribuição estatística na população geral (como peso, altura, tensão arterial, horas de sono, quantidade de sintomas ansiosos, etc.). O normal passa a ser aquilo que se observa com mais freqüência. Os indivíduos que se situam estatisticamente fora (ou no extremo) de uma curva de distribuição normal passam, por exemplo, a ser considerados anormais ou doentes. É um critério muitas vezes falho em saúde geral e mental, pois nem tudo o que é freqüente é necessariamente “saudável”, e nem tudo que é raro ou infreqüente é patológico. Tomem-se como exemplo fenômenos como as cáries dentárias, a presbiopia, os sintomas ansiosos e depressivos leves, o uso pesado de álcool, fenômenos estes que podem ser muito freqüentes, mas que evidentemente não podem, a priori, ser considerados normais ou saudáveis.

4. Normalidade como bem-estar. A Organização Mundial de Saúde (WHO, 1946) definiu, em 1946, a saúde como o completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente como ausência de doença. É um conceito criticável por ser muito vasto e impreciso, pois bem-estar é algo difícil de se definir objetivamente. Além disso, esse completo bem-estar físico, mental e social é tão utópico que poucas pessoas se encaixariam na categoria “saudáveis”.

5. Normalidade funcional. Tal conceito baseia-se em aspectos funcionais e não necessariamente quantitativos. O fenômeno é considerado patológico a partir do momento em que é disfuncional, produz sofrimento para o próprio indivíduo ou para o seu grupo social.

6. Normalidade como processo. Neste caso, mais que uma visão estática, consideram-se os aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial, das desestruturações e das reestruturações ao longo do tempo, de crises, de mudanças próprias a certos períodos etários. Esse conceito é particularmente útil em psiquiatria infantil, de adolescentes e geriátrica.

8. Normalidade como liberdade. Alguns autores de orientação fenomenológica e existencial propõem conceituar a doença mental como perda da liberdade existencial (p. ex., Henri Ey). Dessa forma, a saúde mental se vincularia às possibilidades de transitar com graus distintos de liberdade sobre o mundo e sobre o próprio destino. A doença mental é constrangimento do ser, é fechamento, fossilização das possibilidades existenciais. Dentro desse espírito, o psiquiatra gaúcho Cyro Martins (1981) afirmava que a saúde mental poderia ser vista, até certo ponto, como a possibilidade de dispor de “senso de realidade, senso de humor e de um sentido poético perante a vida”, atributos estes que permitiriam ao indivíduo “relativizar” os sofrimentos e as limitações inerentes à condição humana e, assim, desfrutar do resquício de liberdade e prazer que a existência oferece.

9. Normalidade operacional. Tratase de um critério assumidamente arbitrário, com finalidades pragmáticas explícitas. Define-se, a priori, o que é normal e o que é patológico e busca-se trabalhar operacionalmente com esses conceitos, aceitando as conseqüências de tal definição prévia.”

 

Assim, I, II e III estão corretas.

Nosso gabarito é Letra C

 

Referência

Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais – 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. 

1435) Transtorno da Leitura: é caracterizado por uma dificuldade específica em compreender palavras escritas. Dessa forma, pode-se afirmar que se trata de um transtorno específico das habilidades de leitura, em que foram eliminadas todas as outras causas.

  • A) leitura oral se caracteriza por distorções, substituições ou omissões, e junto com a leitura silenciosa vem acompanhada por lentidão e erros na compreensão do texto.

  • B) sob a presença de algum déficit sensorial, as dificuldades de leitura excedem aquelas habitualmente a este associadas.

  • C) a dificuldade de leitura apresentada pelo indivíduo não interfere de modo significativo nas atividades cotidianas que requeiram habilidades de leitura.

  • D) rendimento da capacidade de leitura, como correção, velocidade ou compreensão da leitura, significativamente inferior à média para a idade cronológica, capacidade intelectual e nível de escolaridade do indivíduo.

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A alternativa correta é letra C) a dificuldade de leitura apresentada pelo indivíduo não interfere de modo significativo nas atividades cotidianas que requeiram habilidades de leitura.

Gabarito: Letra C

Podemos afirmar entre outros, que constituem critérios diagnósticos para o Transtorno da Leitura, exceto:

 

O DSM-V não traz um diagnóstico de transtorno da leitura, englobando-o nos transtorno específico da aprendizagem. O DSM-IV é que traz os critérios como apresentado nas afirmativas. Vamos ver os critérios do DSM-IV e, em seguida, as afirmativas:

 

“O DSM-IV classifica como critérios diagnósticos para o Transtorno da Leitura:

 

• Rendimento da capacidade de leitura, como correção, velocidade ou compreensão da leitura, significativamente inferior à média para a idade cronológica, capacidade intelectual e nível de escolaridade do indivíduo.

 

•A dificuldade de leitura apresentada pelo indivíduo interfere de modo significativo nas atividades cotidianas que requeiram habilidades de leitura.

 

• Sob a presença de algum déficit sensorial, as dificuldades de leitura excedem aquelas habitualmente a este associadas.

 

A leitura oral se caracteriza por distorções, substituições ou omissões, e junto com a leitura silenciosa vem acompanhada por lentidão e erros na compreensão do texto.”

 

a) leitura oral se caracteriza por distorções, substituições ou omissões, e junto com a leitura silenciosa vem acompanhada por lentidão e erros na compreensão do texto.

b) sob a presença de algum déficit sensorial, as dificuldades de leitura excedem aquelas habitualmente a este associadas.

c) a dificuldade de leitura apresentada pelo indivíduo não interfere de modo significativo nas atividades cotidianas que requeiram habilidades de leitura.

d) rendimento da capacidade de leitura, como correção, velocidade ou compreensão da leitura, significativamente inferior à média para a idade cronológica, capacidade intelectual e nível de escolaridade do indivíduo.

 

Mesmo desatualizada, é fácil resolver a questão: sabemos que pra qualquer transtorno ser caracterizado como tal, é necessário que a dificuldade interfira no cotidiano do indivíduo.

 

Nosso gabarito é Letra C

1436) De acordo com o DSM – 5, a característica essencial do transtorno psicótico breve consiste em uma perturbação que envolve o aparecimento repentino de pelo menos um dos seguintes sintomas psicóticos positivos:

  • A) Somente os itens I e II.
  • B) Somente os itens I e III.
  • C) Somente os itens II e III.
  • D) Todos os itens.

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A alternativa correta é letra D) Todos os itens.



Para a compreensão do assunto que traz esta questão, dividimos a análise em duas partes:

1) Transtorno Psicótico Breve (Critérios Diagnósticos conforme o DSM-5)

2) Análise do Item


1) Transtorno Psicótico Breve (Critérios Diagnósticos conforme o DSM-5)

Segundo o DSM-5, constam entre os principais Critérios Diagnósticos para o Transtorno Psicótico Breve:

A. Presença de um (ou mais) dos sintomas a seguir. Pelo menos um deles deve ser (1), (2) ou (3):

 1. Delírios.

 2. Alucinações.

 3. Discurso desorganizado (p. ex., descarrilamento ou incoerência frequentes).

 4. Comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico.

Nota: Não incluir um sintoma que seja um padrão de resposta culturalmente aceito.

 B. A duração de um episódio da perturbação é de, pelo menos, um dia, mas inferior a um mês, com eventual retorno completo a um nível de funcionamento pré-mórbido.

 C. A perturbação não é mais bem explicada por transtorno depressivo maior ou transtorno bipolar com características psicóticas, por outro transtorno psicótico como esquizofrenia ou catatonia, nem se deve aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., droga de abuso, medicamento) ou a outra condição médica.

Especificar se:

Com estressor(es) evidente(s): (psicose reativa breve): Se os sintomas ocorrem em resposta a eventos que, isoladamente ou em conjunto, seriam notadamente estressantes a quase todos os indivíduos daquela cultura em circunstâncias similares.

Sem estressor(es) evidente(s): Se os sintomas não ocorrem em resposta a eventos que, isoladamente ou em conjunto, seriam notadamente estressantes a quase todos os indivíduos daquela cultura em circunstâncias similares.

Com início no pós-parto: Se o início é durante a gestação ou em quatro semanas após o parto.


2) Análise das alternativas

Considerando a requisição contida no enunciado com os critérios diagnósticos elencados pelo DSM-5, destaca-se que apenas a LETRA “D” (I. Delírios; II. Alucinações; III. Comportamento psicomotor grosseiramente anormal, incluindo catatonia) traduz CORRETAMENTE alguns dos principais critérios que encontram correspondência para o diagnóstico de um quadro de Transtorno Psicótico Breve. Com base nisto ratifica-se que a LETRA “D”, de fato, constitui o GABARITO da questão analisada.

________________

Fonte consultada:

Associação Psiquiátrica Americana (APA). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

1437) Com base no DSM-5 e em relação ao transtorno de pânico, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

  • A) C - E - E.
  • B) E - E - E.
  • C) C - C - C.
  • D) E - C - E.

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A alternativa correta é letra C) C - C - C.



Com base no que preconiza o DSM-5 vamos a análise das assertivas:

CORRETA. Na página 209, o Manual confirma essa afirmação, destacando:

Transtorno de pânico se refere a ataques de pânico inesperados recorrentes”

CORRETA. A assertiva é corroborada pelo DSM-5 na página 208:

“Um ataque de pânico é um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro (ou mais) dos seguintes sintomas: [...] 1. Palpitações, coração acelerado, taquicardia. 2. Sudorese. 3. Tremores ou abalos. 4. Sensações de falta de ar ou sufocamento. 5. Sensações de asfixia. 6. Dor ou desconforto torácico”

CORRETA. Na página 210, o DSM-5 reflete o que traz o item, confira:

Um tipo de ataque de pânico inesperado é o ataque de pânico noturno (i.e., acordar do sono em um estado de pânico, que difere de entrar em pânico depois de completamente acordado).”


Considerando as alternativas disponíveis, apenas a LETRA “C” traduz corretamente a sequência das proposições a serem avaliadas (C - C - C). As demais alternativas apenas apresentam outros parâmetros a fim de confundir o candidato. Considerando isto, ratifica-se, portanto, que a alternativa “C” constitui, de fato, o GABARITO da questão analisada.

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Fonte consultada:

Associação Psiquiátrica Americana (APA). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

1438) De acordo com o DSM – 5, sobre deficiência intelectual, analisar os itens abaixo:

  • A) Somente o item I.
  • B) Somente o item II.
  • C) Somente os itens I e III.
  • D) Somente os itens II e III.

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A alternativa correta é letra C) Somente os itens I e III.

Gabarito: Letra C

Certo! Veja:

Deficiência intelectual (transtorno do desenvolvimento intelectual) é um transtorno com início no período do desenvolvimento que inclui déficits funcionais, tanto intelectuais quanto adaptativos, nos domínios conceitual, social e prático. Os três critérios a seguir devem ser preenchidos:

A. Déficits em funções intelectuais como raciocínio, solução de problemas, planejamento, pensamento abstrato, juízo, aprendizagem acadêmica e aprendizagem pela experiência confirmados tanto pela avaliação clínica quanto por testes de inteligência padronizados e individualizados.

B. Déficits em funções adaptativas que resultam em fracasso para atingir padrões de desenvolvimento e socioculturais em relação a independência pessoal e responsabilidade social. Sem apoio continuado, os déficits de adaptação limitam o funcionamento em uma ou mais atividades diárias, como comunicação, participação social e vida independente, e em múltiplos ambientes, como em casa, na escola, no local de trabalho e na comunidade.”

Errado. A primeira parte da afirmativa está correta, mas o início do transtorno acontece no início do desenvolvimento, e não após determinado período. 

Certo! Esse é o critério diagnóstico B.

Assim, apenas I e III estão corretas.

Gabarito Letra C

Referência

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

1439) Sobre depressão, assinale a alternativa INCORRETA:

  • A)  I, II, III apenas.
  • B)  II, III, IV apenas.
  • C)  I, II, III, IV.
  • D)  III, IV apenas.
  • E)  II, IV apenas.

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ESTA QUESTÃO FOI ANULADA, NÃO POSSUI ALTERNATIVA CORRETA

Questão anulada

I. Depressão é um transtorno que pode ser caracterizado por baixa energia, sentimento de tristeza prolongado, irritabilidade, falta de interesse nas atividades diárias, perda de prazer, alteração no sono, dificuldade de concentração, pensamentos de morte, sentimentos de inutilidade e culpa.

Certo. Esses são alguns sintomas associados ao quadro de depressão.


II. A depressão pode ser causada por uma combinação de fatores tais como: desquilíbrioquímico no cérebro, herança genética, características psicológicas e situações emocionais estressantes.

Certo. A depressão é um transtorno multicausal. Todos esses fatores podem ser desencadeadores da doença, sendo, portanto, fatores de risco. É importante ressaltar que ela pode acontecer mesmo acontecimentos negativos associados.

Temperamentais. Afetividade negativa (neuroticismo) é um fator de risco bem estabelecido para o início do transtorno depressivo maior, e altos níveis parecem aumentar a probabilidade de os indivíduos desenvolverem episódios depressivos em resposta a eventos estressantes na vida.

Ambientais. Experiências adversas na infância, particularmente quando existem múltiplas experiências de tipos diversos, constituem um conjunto de fatores de risco potenciais para transtorno depressivo maior. Eventos estressantes na vida são bem reconhecidos como precipitantes de episódios depressivos maiores, porém a presença ou ausência de eventos adversos na vida próximos ao início dos episódios não parece oferecer um guia útil para prognóstico ou seleção do tratamento.

Genéticos e fisiológicos. Os familiares de primeiro grau de indivíduos com transtorno depressivo maior têm risco 2 a 4 vezes mais elevado de desenvolver a doença que a população em geral. Os riscos relativos parecem ser mais altos para as formas de início precoce e recorrente. A herdabilidade é de aproximadamente 40%, e o traço de personalidade neuroticismo representa uma parte substancial dessa propensão genética.

Modificadores do curso. Essencialmente todos os transtornos maiores não relacionados ao humor aumentam o risco de um indivíduo desenvolver depressão. Os episódios depressivos maiores que se desenvolvem no contexto de outro transtorno com frequência seguem um curso mais refratário. Uso de substâncias, ansiedade e transtorno da personalidade borderline estão entre os mais comuns, e os sintomas depressivos que se apresentam podem obscurecer e retardar seu reconhecimento. No entanto, a melhora clínica persistente nos sintomas depressivos pode depender do tratamento adequado dos transtornos subjacentes. Condições médicas crônicas ou incapacitantes também aumentam os riscos de episódios depressivos maiores. Doenças prevalentes como diabetes, obesidade mórbida e doença cardiovascular são frequentemente complicadas por episódios depressivos, e esses episódios têm mais probabilidade de se tornarem crônicos do que os episódios depressivos em indivíduos saudáveis.”


III. Muitas pessoas com depressão não procuram tratamento porque ficam constrangidas ou pensam que vão superar sozinha o problema.

Essa afirmativa é mais subjetiva. Sabemos que a psicofobia é uma realidade, e muitas pessoas têm dificuldade de assumir que tem um problema psicológico, e principalmente de buscar ajuda. Mas generalizar os motivos para não buscar tratamento também não é correto. Não encontrei nenhuma pesquisa que indique o afirmado.


IV. Ainda existe uma crença de que a depressão é uma "característica de pessoas frágeis.'' Mas o tratamento com medicamentos associados a psicoterapia podem ajudar muito.

Certo. Essa crença está associada a psicofobia, que já mencionamos anteriormente. Mas o tratamento multidisciplinar da depressão pode ajudar muito a minimizar ou até retirar os sintomas.

 

Essa questão foi anulada.

 

Referência

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2014

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1440) As dificuldades de aprendizagens são consideradas como um conjunto de problemas de aprendizagens que afeta a forma como a criança processa a informação, resultando em dificuldades quanto a dificuldade de falar, soletrar, ler, escrever organizar informação ou realizar cálculo matemático.

  • A)  Dislexcia - transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração.
  • B)  Desortografia – é uma perturbação neurológica onde as competências aritméticas se encontram comprometidas apensar de um bom funcionamento intelectual.
  • C)  Disgrafia- é uma deficiência na habilidade para escrever primeiramente em termos de caligrafia, mas também em termos de coerência.
  • D)  Dislalia - um distúrbio da fala caracterizado pela dificuldade em articular as palavras.
  • E)  Discalculia. é um problema causado por má formação neurológica que se manifesta como uma dificuldade no aprendizado dos números.

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A alternativa correta é letra B)  Desortografia – é uma perturbação neurológica onde as competências aritméticas se encontram comprometidas apensar de um bom funcionamento intelectual.



a)  Dislexcia - transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração.

CORRETA. Dislexia: etimologicamente, dislexia deriva dos termos “dis” (desvio) + “lexia” (leitura ou reconhecimento das palavras), depreendendo-se “dislexia” como uma dificuldade de aprendizagem relacionada a leitura. A dislexia do desenvolvimento é definida pela Associação Brasileira de Dislexia(ABD) como:

"um transtorno específico de aprendizagem, de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração.”

b)  Desortografia – é uma perturbação neurológica onde as competências aritméticas se encontram comprometidas apensar de um bom funcionamento intelectual.

INCORRETA. Contrariando o que traz a assertiva, Carvalho (2019) menciona:

“Disortografia envolve a formulação e codificação da escrita, e é bastante menos frequente que a dislexia, sobretudo quando se analisa dissociada das outras Perturbações da Aprendizagem Especificas. As crianças com Disortografia apesar de apresentarem um funcionamento intelectual e uma leitura normativas, evidenciam um conjunto significativos de défices na capacidade para compor textos escritos, erros gramaticais ou de pontuação na elaboração das frases, organização pobre dos parágrafos e múltiplos erros ortográficos.”

c)  Disgrafia- é uma deficiência na habilidade para escrever primeiramente em termos de caligrafia, mas também em termos de coerência.

CORRETA. Disgrafia: nomenclatura “disgrafia” origina-se dos termos “dis” (desvio) + “grafia” (escrita), ou seja, caracteriza-se por um distúrbio de aprendizagem relacionada a qualidade da escrita do indivíduo.

d)  Dislalia - um distúrbio da fala caracterizado pela dificuldade em articular as palavras.

CORRETA. Dislalia: pela etimologia da palavra, tem-se “dis” (desvio) + “lalia” (fala / pronúncia), dessa forma depreende-se “dislalia” como um distúrbio relacionado a pronúncia de determinadas palavras.

e)  Discalculia. é um problema causado por má formação neurológica que se manifesta como uma dificuldade no aprendizado dos números.

CORRETA. Segundo Kranz & Healy (2013):

A discalculia é um problema causado por má formação neurológica que se manifesta como uma dificuldade no aprendizado dos números. Essa dificuldade de aprendizagem não é causada por deficiência mental, má escolarização, déficits visuais ou auditivos, e não tem nenhuma ligação com níveis de QI e inteligência.”

________________

Fontes consultadas:

Carvalho, V. (2019). Visão dos docentes do 1º ciclo sobre a sua preparação no domínio das DAE. Disponível em https://bit.ly/3gBidkG

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISLEXIA. Disponível em: Disponível em: » http://www.dislexia.org.br

Kranz, C. R., & Healy, L. (2013). Pesquisas Sobre Discalculia No Brasil: Uma Reflexão A Partir Da Perspectiva Histórico-Cultural. Revista de Matemática, Ensino e Cultura (UFRN), 8, 58-81.

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