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Questões Sobre Psicopatologia - Psicologia - concurso

1961) Assinale a opção correta, a respeito de transtornos alimentares.

  • A) A manifestação inicial do transtorno de ruminação pode ocorrer em lactentes, na infância, na adolescência ou na idade adulta, com manifestação inicial, geralmente, ocorre entre 6 e 8 anos de idade.
  • B) O transtorno de compulsão alimentar é o transtorno alimentar mais comum presente em homens (4%) que em mulheres (2%).
  • C) A estimativa é de que a anorexia nervosa ocorra, aproximadamente, de 0,5 a 1% das meninas adolescentes, sendo 5 vezes mais frequente em mulheres que em homens.
  • D) A bulimia nervosa é mais prevalente do que anorexia nervosa e as estimativas de bulimia variam de 1 a 4% em mulheres jovens; embora a bulimia esteja frequentemente presente em mulheres jovens com peso normal, elas, por vezes, têm uma história de obesidade.
  • E) A síndrome do comer noturno ocorre em, aproximadamente, 10% da população em geral e tem uma prevalência mais elevada entre pacientes com insônia, obesidade, transtornos alimentares e outros transtornos psiquiátricos.

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A alternativa correta é letra D) A bulimia nervosa é mais prevalente do que anorexia nervosa e as estimativas de bulimia variam de 1 a 4% em mulheres jovens; embora a bulimia esteja frequentemente presente em mulheres jovens com peso normal, elas, por vezes, têm uma história de obesidade.

    

a) A manifestação inicial do transtorno de ruminação pode ocorrer em lactentes, na infância, na adolescência ou na idade adulta, com manifestação inicial, geralmente, ocorre entre 6 e 8 anos de idade.

INCORRETA. Contrariando o que traz a proposição, o DSM-5 (2014, p.333) menciona um início distinto ao indicado pela alternativa para transtorno de ruminação, confira:

“A manifestação inicial do transtorno de ruminação pode ocorrer em lactentes, na infância, na adolescência ou na idade adulta. A idade da manifestação inicial geralmente fica entre 3 e 12 meses.”

   

b) O transtorno de compulsão alimentar é o transtorno alimentar mais comum presente em homens (4%) que em mulheres (2%).

INCORRETA. Divergindo do proposto, o DSM-5 (2014, p.352) assinala que no transtorno de compulsão alimentar a taxa de gênero não é tão demarcada, leiamos:

A taxa de gênero é bem menos assimétrica no transtorno de compulsão alimentar do que na bulimia nervosa. Esse transtorno é tão prevalente entre mulheres de minorias raciais e étnicas quanto em mulheres brancas e é mais prevalente entre indivíduos que buscam tratamento para emagrecer do que na população em geral.”

   

c) A estimativa é de que a anorexia nervosa ocorra, aproximadamente, de 0,5 a 1% das meninas adolescentes, sendo 5 vezes mais frequente em mulheres que em homens.

INCORRETA. Apesar de a anorexia nervosa ser bem menos comum no sexo masculino quando comparada com o sexo feminino, não se tem uma estimativa definida no que tange à isso, conforme preconiza erroneamente a alternativa. Retificando a informação apresentada, o DSM-5 (2014, p.341) destaca:

“A prevalência de 12 meses de anorexia nervosa entre jovens do sexo feminino é de aproximadamente 0,4%. Pouco se sabe a respeito da prevalência entre indivíduos do sexo masculino, mas o transtorno é bem menos comum no sexo masculino do que no feminino, com populações clínicas em geral refletindo uma proporção feminino-masculino de aproximadamente 10:1.”

 

d) A bulimia nervosa é mais prevalente do que anorexia nervosa e as estimativas de bulimia variam de 1 a 4% em mulheres jovens; embora a bulimia esteja frequentemente presente em mulheres jovens com peso normal, elas, por vezes, têm uma história de obesidade.

CORRETA. Corroborando a colocação Souza et al. (2011) mencionam:

“[...] a Bulimia Nervosa tem maior prevalência que a Anorexia Nervosa. Também é mais comum em mulheres, e com início ocorrendo na adolescência ou na idade adulta jovem. Sintoma ocasional de Bulimia Nervosa, como episódios isolados de compulsões periódicas e purgação, tem sido encontrado em até 40% das universitárias. Apesar da Bulimia Nervosa estar relativamente presente em mulheres jovens e de peso normal, elas apresentam, frequentemente, uma história de obesidade.”

 

e)  A síndrome do comer noturno ocorre em, aproximadamente, 10% da população em geral e tem uma prevalência mais elevada entre pacientes com insônia, obesidade, transtornos alimentares e outros transtornos psiquiátricos.

INCORRETA. A informação trazida pela alternativa não encontrou suporte no DSM-5 (2015), bem como em outras literaturas pertinentes à área, portanto, opção FALSA.

 

_______________

Fonte consultada:

Souza, A. A. D., Souza, J. C., Hirai, E. S., Luciano, H. D. A., & Souza, N. (2011). Estudo sobre a anorexia e bulimia nervosa em universitárias. Psicologia: teoria e pesquisa27, 195-198.

Associação Psiquiátrica Americana (APA). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

1962) O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5 indica que a característica essencial do transtorno de estresse agudo é o desenvolvimento de sintomas típicos que, após a exposição a um ou mais eventos traumáticos, duram de

  • A) cinco a quinze dias.
  • B) quatro a quinze dias.
  • C) três dias a um mês.
  • D) de um mês a um ano.
  • E) um a três anos.

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A alternativa correta é letra C) três dias a um mês.

Gabarito: Letra C

O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5 indica que a característica essencial do transtorno de estresse agudo é o desenvolvimento de sintomas típicos que, após a exposição a um ou mais eventos traumáticos, duram de

 

O transtorno de estresse agudo acontece entre 3 dias e um mês da exposição ao estressor, e esse é um critério de diagnostico diferencial do transtorno:

“Nos transtornos de adaptação, o estressor pode ser de qualquer gravidade em vez da gravidade e do tipo exigidos pelo Critério A do transtorno de estresse agudo e do transtorno de estresse pós-traumático. Ao fazer a distinção entre transtornos desses dois diagnósticos pós-traumáticos, existem considerações tanto temporais como do perfil sintomático. Transtornos de adaptação podem ser diagnosticados imediatamente e persistir por até seis meses depois da exposição ao evento traumático, enquanto o transtorno de estresse agudo só pode ocorrer entre três dias e um mês da exposição ao estressor. Além disso, o TEPT não pode ser diagnosticado até que se tenha passado pelo menos um mês da ocorrência do estressor traumático. O perfil de sintomas exigido pelo TEPT e pelo transtorno de estresse agudo os diferencia dos transtornos de adaptação. Com relação aos perfis sintomáticos, um transtorno de adaptação pode ser diagnosticado após um evento traumático quando um indivíduo exibe sintomas de transtorno de estresse agudo ou de TEPT que não satisfazem nem excedem o limiar diagnóstico dos transtornos. Um transtorno de adaptação também deverá ser diagnosticado para indivíduos que não tenham sido expostos a um evento traumático, mas ainda assim exibem o perfil sintomático pleno de transtorno de estresse agudo ou TEPT.”


a)  cinco a quinze dias.
b)  quatro a quinze dias.
c)  três dias a um mês.
d)  de um mês a um ano.
e)  um a três anos.

 

Nosso gabarito é Letra C

Fonte: American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

1963) O Transtorno dissociativo de Identidade mencionado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5 diz que a característica definidora deste transtorno é a presença de

  • A) estados de personalidade alternados que não são observados diretamente. O transtorno pode ser identificado somente por três conjuntos de sintomas que não estão estabelecidos no Critério A.
  • B) dois ou mais estados específicos de alteração de humor e alucinações (Critério A).
  • C) semelhança com o transtorno de humor que ocorre com a falta de habilidade para lidar com situações de estresse (Critério B).
  • D) dois ou mais estados de personalidade distintos ou uma experiência de possessão (Critério A).
  • E) um conjunto de processos psicodinâmicos que não envolvem de forma direta a necessidade da presença constante de dissociação e nem de possessão, segundo o Critério A.

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A alternativa correta é letra D) dois ou mais estados de personalidade distintos ou uma experiência de possessão (Critério A).

Gabarito: Letra D

O Transtorno dissociativo de Identidade mencionado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5 diz que a característica definidora deste transtorno é a presença de

 

Vamos relembrar os critérios diagnósticos do transtorno dissociativo de identidade, de acordo com o DSM:

“A. Ruptura da identidade caracterizada pela presença de dois ou mais estados de personalidade distintos, descrita em algumas culturas como uma experiência de possessão. A ruptura na identidade envolve descontinuidade acentuada no senso de si mesmo e de domínio das próprias ações, acompanhada por alterações relacionadas no afeto, no comportamento, na consciência, na memória, na percepção, na cognição e/ou no funcionamento sensório-motor. Esses sinais e sintomas podem ser observados por outros ou relatados pelo indivíduo.

B. Lacunas recorrentes na recordação de eventos cotidianos, informações pessoais importantes e/ ou eventos traumáticos que são incompatíveis com o esquecimento comum.

C. Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo e prejuízo no funcionamento social, profissional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

D. A perturbação não é parte normal de uma prática religiosa ou cultural amplamente aceita. Nota: Em crianças, os sintomas não são mais bem explicados por amigos imaginários ou outros jogos de fantasia.

E. Os sintomas não são atribuíveis aos efeitos fisiológicos de uma substância (p. ex., apagões ou comportamento caótico durante intoxicação alcóolica) ou a outra condição médica (p. ex., convulsões parciais complexas).”


a)  estados de personalidade alternados que não são observados diretamente. O transtorno pode ser identificado somente por três conjuntos de sintomas que não estão estabelecidos no Critério A.

Errado. Os sinais e sintomas podem ser observados por outros ou relatados pelo indivíduo.


b)  dois ou mais estados específicos de alteração de humor e alucinações (Critério A).

Errado. Alterações de humor e alucinações não são os principais critérios desse transtorno.


c)  semelhança com o transtorno de humor que ocorre com a falta de habilidade para lidar com situações de estresse (Critério B).

Errado. Esse não é o critério B.


d)  dois ou mais estados de personalidade distintos ou uma experiência de possessão (Critério A).

Certo!


e)  um conjunto de processos psicodinâmicos que não envolvem de forma direta a necessidade da presença constante de dissociação e nem de possessão, segundo o Critério A.

Errado. O transtorno envolve a dissociação.

 

Nosso gabarito é Letra D

Fonte: American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

1964) Entre os indivíduos com esquizofrenia, pode haver risco aumentado de transtorno esquizoafetivo em parentes de primeiro grau. Segundo o Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais – DSM-5, o risco desse transtorno pode ser maior entre indivíduos que têm parentes de primeiro grau com esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo e transtorno

  • A) bipolar.
  • B) do espectro autista.
  • C) de ansiedade.
  • D) depressivo menor
  • E) de eliminação.

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A alternativa correta é letra A) bipolar.

Gabarito: Letra A

Entre os indivíduos com esquizofrenia, pode haver risco aumentado de transtorno esquizoafetivo em parentes de primeiro grau. Segundo o Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais – DSM-5, o risco desse transtorno pode ser maior entre indivíduos que têm parentes de primeiro grau com esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo e transtorno

 

O DSM menciona que o risco desse transtorno pode ser maior entre indivíduos que têm parentes de primeiro grau com esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo e transtorno bipolar.

“Genéticos e fisiológicos. Entre os indivíduos com esquizofrenia, pode haver risco aumentado de transtorno esquizoafetivo em parentes de primeiro grau. O risco desse transtorno pode ser maior entre indivíduos que têm parentes de primeiro grau com esquizofrenia, transtorno bipolar ou transtorno esquizoafetivo.”


a)  bipolar.
b)  do espectro autista.
c)  de ansiedade.
d)  depressivo menor
e)  de eliminação.

 

Nosso gabarito é Letra A

Fonte: American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014

1965) Um dos pontos fundamentais da obesidade é a disfunção dos mecanismos

  • A) de controle dos pensamentos funcionais.
  • B) destrutivos.
  • C) de saciedade.
  • D) de autoafirmação social.
  • E) de repulsa.

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A alternativa correta é letra C) de saciedade.

Gabarito: Letra C

Um dos pontos fundamentais da obesidade é a disfunção dos mecanismos

 

Os mecanismos de saciedade são importantes na obesidade:

“Um dos pontos fundamentais da obesidade é a disfunção dos mecanismos de saciedade do indivíduo. De modo geral, o indivíduo não se alimenta apenas de forma precipitada ou voraz; ele faz suas refeições de forma contínua enquanto houver alimento disponível; não é capaz (ou tem dificuldade) de parar de comer. O indivíduo com obesidade é muito sensível a assuntos alimentares e preocupado com a comida, com os diferentes sabores dos alimentos, com sua disponibilidade e aparência, entre outros aspectos.”


a)  de controle dos pensamentos funcionais.
b)  destrutivos.
c)  de saciedade.
d)  de autoafirmação social.
e)  de repulsa.

 

Nosso gabarito é Letra C

Fonte: Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais [recurso eletrônico] / Paulo Dalgalarrondo. – 3. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019

1966) Associe os distúrbios de aprendizagem e consequências no aluno:

  • A) 4,3,2,5,1
  • B) 2,5,1,4,3
  • C) 1,2,3,4,5
  • D) 3,4,2,5,1

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A alternativa correta é letra A) 4,3,2,5,1

Gabarito: Letra A

(4) É dificuldade de aprender e desenvolver as habilidades de linguagem escrita, este transtorno muitas vezes acompanha a dislexia. Geralmente a criança possui dificuldade na coordenação motora, como em copiar conteúdo na lousa ou livros.

Essa é a definição de disgrafia.

 

( 3) É um distúrbio com origem neurobiológica, caracterizada por dificuldades de reconhecimento de palavras, de soletração, decodificação, inversão de letras e números, lentidão na leitura e na escrita, consciência fonológica e problemas de memorização.

A dislexia é caracterizada dessa forma.

 

( 2 ) É a dificuldade de aprender tudo o que está relacionado, direta ou indiretamente, com questões numéricas, como operações, conceitos e aplicação da matemática.

Quando a dificuldade está relacionada com questões numéricas, temos a discalculia.

 

( 5 ) É caracterizado pela falta de atenção, em caráter involuntário. A criança não consegue manter o foco em uma ação. Mesmo que esteja quieta, a sua atenção não está focada naquele momento.

 Falta de atenção é a característica central do déficit de atenção.

 

( 1 ) E caracterizada pela falta de atenção, quer realizar muitas atividades ao mesmo tempo e mantém a atenção ou conclui o que faz. A criança não consegue ficar parada e tende a ser muito agitada.

Aqui, temos a descrição da hiperatividade.

 

Nosso gabarito é Letra A

1967) Sobre a ansiedade infantil:

  • A) I, III e IV
  • B) I e III
  • C) II e III
  • D) I, II, III e IV

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A alternativa correta é letra D) I, II, III e IV

Gabarito: Letra D

 

I - Os transtornos de ansiedade muitas vezes surgem durante a infância e adolescência.

Certo! Essa é uma possibilidade real.

“Existem diferentes transtornos de ansiedade. Um dos mais conhecidos é o transtorno de ansiedade generalizada, que é muito frequente em adultos, mas existem outros tipos que também podem surgir na infância ou adolescência.” 

 

II - Os transtornos de ansiedade são estados de medo, preocupação ou pavor, desproporcionais com a situação, e que enfraquecem as habilidades funcionais normais

Certo! Essa é a definição dos transtornos de ansiedade.

“Os distúrbios da ansiedade são estados de medo, preocupação ou pavor, desproporcionais com a situação, e que enfraquecem as habilidades funcionais normais da criança. A ansiedade pode resultar de problemas físicos. O diagnóstico é clínico. O tratamento é feito com terapia de comportamento e fármacos, geralmente antidepressivos (ISRS).” 

 

III - Em algum momento durante a infância, cerca de 10 a 15% das crianças experimentam um transtorno de ansiedade

 Certo!

“Os transtornos de ansiedade são os quadros psiquiátricos mais comuns na infância e na adolescência. De 10% a 15% da população nessa faixa etária tem algum transtorno – desde casos mais leves até casos mais graves e com grande prejuízo funcional. O problema é mais frequente em meninas.”

 

IV - Os sintomas mais comuns da ansiedade infantil são: alterações no apetite, dificuldades no sono, queda no rendimento escolar, dor de barriga, dores de cabeça, medos e preocupações excessivas.

Certo!

“Os sintomas podem surgir em sequências alternadas, com períodos mais ou menos frequentes e de maior ou menor intensidade e duração. É importante estar atento ao grau de prejuízo funcional que eles estejam causando.

 

Alterações no apetite.

Dificuldades no sono.

Queda no rendimento escolar.

Desmotivação.

Medos e preocupações excessivas.

Dores de cabeça.

Tonturas.

Retraimento social.

Oscilação de humor.

Irritabilidade ou apatia.”

 

Nosso gabarito é Letra D.

1968) O conceito de angústia é importante no estudo da psicopatologia, considerando, por exemplo, a abordagem psicodinâmica ou fenomenológica. Contudo, o conceito requer alguns cuidados na interpretação. Com a necessidade dos referidos cuidados, analise as proposições e o tipo de relação existente entre ambas.

  • A) A afirmativa I é falsa, mas a II é verdadeira ao descrever o conceito.
  • B) A afirmativa I é verdadeira e a II é falsa em relação ao conceito apresentado na I.
  • C) As duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda expõe uma adversidade à primeira.
  • D) As duas afirmativas são verdadeiras e ambas caracterizam o conceito, mas sem relação entre si.

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A alternativa correta é letra C) As duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda expõe uma adversidade à primeira.

Gabarito: Letra C

 

Certo! A angústia, na psicopatologia, está muito relacionada a ansiedade, que é um padrão anormal.

 

PORÉM

 

Certo! Os transtornos de humor/ansiedade são um dos vários tipos de transtornos mentais. Apesar de muitas vezes comórbidos, nem sempre há presença desses tipos específicos.

 

Nosso gabarito é Letra C.

1969) A discussão normal x patológico envolve alguns indicadores importantes. Dentre eles, abrangência e dimensões de normalidade. São considerados indicadores relativos às dimensões de normalidade:

  • A) Ausência de doença; funcionalidade; e, processualidade.
  • B) Epidemiologia; prática clínica; e, capacitação profissional.
  • C) Prática clínica; funcionalidade; e, capacitação profissional.
  • D) Orientação profissional; processualidade; e, operacionalidade.

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A alternativa correta é letra A) Ausência de doença; funcionalidade; e, processualidade.

Gabarito: Letra A

A discussão normal x patológico envolve alguns indicadores importantes. Dentre eles, abrangência e dimensões de normalidade. São considerados indicadores relativos às dimensões de normalidade:

 

Sobre os critérios de normalidade, vamos relembrar:

Normalidade como ausência de doença. O primeiro critério que geralmente se utiliza é o de saúde como “ausência de sintomas, de sinais ou de doenças”. Segundo expressiva formulação de um dos fundadores das pesquisas médicas de intervenção sobre a dor física, René Leriche (1879-1955), “a saúde é a vida no silêncio dos órgãos” (Leriche, 1936). Normal, do ponto de vista psicopatológico, seria, então, aquele indivíduo que simplesmente não é portador de um transtorno mental definido. Tal critério é. bastante falho e precário, pois, além de redundante, baseia-se em uma “definição negativa”, ou seja, define-se a normalidade não por aquilo que ela supostamente é, mas por aquilo que ela não é, pelo que lhe falta (Almeida Filho & Jucá, 2002).

Normalidade ideal. A normalidade aqui é tomada como certa “utopia”. Estabelece-se arbitrariamente uma norma ideal, aquilo que é supostamente “sadio”, mais “evoluído”. Tal norma é, de fato, socialmente constituída e referendada. Depende, portanto, de critérios socioculturais e ideológicos arbitrários e, às vezes, dogmáticos e doutrinários. Exemplos de tais conceitos de normalidade são aqueles com base na adaptação do indivíduo às normas morais e políticas de determinada sociedade (como nos casos do macarthismo nos Estados Unidos e do pseudodiagnóstico de dissidentes políticos como doentes mentais na antiga União Soviética).

Normalidade estatística. A normalidade estatística identifica norma e frequência. Trata-se de um conceito de normalidade que se aplica especialmente a fenômenos quantitativos, com determinada distribuição estatística na população geral (como peso, altura, tensão arterial, horas de sono, quantidade de sintomas ansiosos, etc.). O normal passa a ser aquilo que se observa com mais frequência. Os indivíduos que se situam estatisticamente fora (ou no extremo) de uma curva de distribuição normal passam, por exemplo, a ser considerados anormais ou doentes. Esse é um critério muitas vezes falho em saúde geral e mental, pois nem tudo o que é frequente é necessariamente “saudável”, assim como nem tudo que é raro ou infrequente é patológico. Tomem-se como exemplo fenômenos como as cáries dentárias, a presbiopia, os sintomas ansiosos e depressivos leves, o uso pesado de álcool, os quais podem ser muito frequentes, mas que evidentemente não podem, a priori, ser considerados normais ou saudáveis.

Normalidade como bem-estar. A Organização Mundial da Saúde (WHO, 1946) definiu, em 1946, a saúde como o “completo bem-estar físico, mental e social”, e não simplesmente como ausência de doença. É um conceito criticável por ser muito amplo e impreciso, pois bem-estar é algo difícil de se definir objetivamente. Além disso, esse completo bem-estar físico, mental e social é tão utópico que poucas pessoas se encaixariam na categoria “saudáveis”.

Normalidade funcional. Tal conceito baseia-se em aspectos funcionais e não necessariamente quantitativos. O fenômeno é considerado patológico a partir do momento em que é disfuncional e produz sofrimento para o próprio indivíduo ou para seu grupo social.

Normalidade como processo. Nesse caso, mais que uma visão estática, consideram-se os aspectos dinâmicos do desenvolvimento psicossocial, das desestruturações e das reestruturações ao longo do tempo, de crises, de mudanças próprias a certos períodos etários. Esse conceito é particularmente útil na chamada psicopatologia do desenvolvimento relacionada a psiquiatria e psicologia clínica de crianças, adolescentes e idosos.

Normalidade subjetiva. Aqui, é dada maior ênfase à percepção subjetiva do próprio indivíduo em relação a seu estado de saúde, às suas vivências subjetivas. O ponto falho desse critério é que muitas pessoas que se sentem bem, “muito saudáveis e felizes”, como no caso de sujeitos em fase maníaca no transtorno bipolar, apresentam, de fato, um transtorno mental grave.

Normalidade como liberdade. Alguns autores de orientação fenomenológica e existencial propõem conceituar a doença mental como perda da liberdade existencial. Dessa forma, a saúde mental se vincularia às possibilidades de transitar com graus distintos de liberdade sobre o mundo e sobre o próprio destino”  


a)  Ausência de doença; funcionalidade; e, processualidade.
b)  Epidemiologia; prática clínica; e, capacitação profissional.
c)  Prática clínica; funcionalidade; e, capacitação profissional.
d)  Orientação profissional; processualidade; e, operacionalidade.

 

Nosso gabarito é Letra A

Fonte: Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais [recurso eletrônico] / Paulo Dalgalarrondo. – 3. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019

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1970) A neurociência cognitiva vem explicitando estudos sobre alguns transtornos como espectro autista, perturbação obsessiva e esquizofrenia bastante evidentes em seus achados e, por isso, contributivos na orientação do tratamento e na compreensão do cotidiano das pessoas. Os estudos com pacientes diagnosticados com esquizofrenia e quadro de delírio ou alucinação demonstram possuir:

  • A) Relações sociais adaptadas e funcionais.
  • B) Maior mentalização do que grupos-controle.
  • C) Relações sociais permeadas por vieses cognitivos.
  • D) Relações sociais pautadas por maior agressividade.

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A alternativa correta é letra C) Relações sociais permeadas por vieses cognitivos.

Gabarito: Letra C

A neurociência cognitiva vem explicitando estudos sobre alguns transtornos como espectro autista, perturbação obsessiva e esquizofrenia bastante evidentes em seus achados e, por isso, contributivos na orientação do tratamento e na compreensão do cotidiano das pessoas. Os estudos com pacientes diagnosticados com esquizofrenia e quadro de delírio ou alucinação demonstram possuir:

 

Um dos sintomas característicos da esquizofrenia são os sintomas negativos, que incluem a limitação na sociabilidade:

“Sintomas Negativos Sintomas negativos respondem por uma porção substancial da morbidade associada à esquizofrenia, embora sejam menos proeminentes em outros transtornos psicóticos. Dois sintomas negativos são especialmente proeminentes na esquizofrenia: expressão emocional diminuída e avolia. Expressão emocional diminuída inclui reduções na expressão de emoções pelo rosto, no contato visual, na entonação da fala (prosódia) e nos movimentos das mãos, da cabeça e da face, os quais normalmente conferem ênfase emocional ao discurso. A avolia é uma redução em atividades motivadas, autoiniciadas e com uma finalidade. A pessoa pode ficar sentada por períodos longos e mostrar pouco interesse em participar de atividades profissionais ou sociais. Outros sintomas negativos incluem alogia, anedonia e falta de sociabilidade. A alogia é manifestada por produção diminuída do discurso. A anedonia é a capacidade reduzida de ter prazer resultante de estímulos positivos, ou degradação na lembrança do prazer anteriormente vivido. A falta de sociabilidade refere-se à aparente ausência de interesse em interações sociais, podendo estar associada à avolia, embora possa ser uma manifestação de oportunidades limitadas de interações sociais.”

 

Ou seja, não podemos falar que essa população apresenta relações adaptadas e funcionais. A agressividade pode estar presente, mas não é um padrão geral.


a)  Relações sociais adaptadas e funcionais.
b)  Maior mentalização do que grupos-controle.
c)  Relações sociais permeadas por vieses cognitivos.
d)  Relações sociais pautadas por maior agressividade.

 

As relações sociais dos pacientes com esquizofrenia são permeadas por vieses cognitivos.

Nosso gabarito é Letra C

Fonte: American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

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