Questões Sobre Psicopatologia - Psicologia - concurso
1971) Indivíduo adulto chega a um determinado serviço de saúde mental. O médico, ao atendê-lo, percebe que o paciente apresenta características descritas para o Transtorno de Personalidade Borderline, além de dependência de substância psicoativa (crack). Assim, o médico fechou o diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline. Considerando o contexto explicitado, é correto afirmar que tal conduta:
- A) É a mais adequada, pois a descrição para diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline tem como principal comorbidade a dependência de substâncias.
- B) É recomendada em um serviço de saúde mental, já que a prevalência maior é para o Transtorno de Personalidade Borderline, que tem como comorbidade a dependência de substâncias.
- C) Não é recomendada, pois já que em um serviço de saúde mental a prevalência maior é para o Transtorno de Personalidade Borderline, que tem a comorbidade de dependência de substâncias, o diagnóstico dado, ainda que exija cuidado, se faz dispensável diante da evidência patológica dos prejuízos à pessoa e à sociedade.
- D) Não é a mais adequada, pois o Transtorno de Personalidade Borderline é um diagnóstico que precisa de investigação cuidadosa para ver a persistência dos padrões de comportamento em vários contextos, se trazem prejuízos à pessoa e/ou a outras de seu convívio, além de verificar se o quadro não poderia ser decorrente de usos de substâncias ou eventos estressores.
A alternativa correta é letra D) Não é a mais adequada, pois o Transtorno de Personalidade Borderline é um diagnóstico que precisa de investigação cuidadosa para ver a persistência dos padrões de comportamento em vários contextos, se trazem prejuízos à pessoa e/ou a outras de seu convívio, além de verificar se o quadro não poderia ser decorrente de usos de substâncias ou eventos estressores.
Gabarito: Letra B
Indivíduo adulto chega a um determinado serviço de saúde mental. O médico, ao atendê-lo, percebe que o paciente apresenta características descritas para o Transtorno de Personalidade Borderline, além de dependência de substância psicoativa (crack). Assim, o médico fechou o diagnóstico de Transtorno de Personalidade Borderline. Considerando o contexto explicitado, é correto afirmar que tal conduta:
a) É a mais adequada, pois a descrição para diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline tem como principal comorbidade a dependência de substâncias.
Errado. É muito difícil, se não impossível, fechar um diagnóstico de transtorno de personalidade borderline em apenas uma consulta.
b) É recomendada em um serviço de saúde mental, já que a prevalência maior é para o Transtorno de Personalidade Borderline, que tem como comorbidade a dependência de substâncias.
Errado. Como dito anteriormente, essa não é a conduta mais adequada, uma vez que esse é um diagnóstico complexo de ser feito.
c) Não é recomendada, pois já que em um serviço de saúde mental a prevalência maior é para o Transtorno de Personalidade Borderline, que tem a comorbidade de dependência de substâncias, o diagnóstico dado, ainda que exija cuidado, se faz dispensável diante da evidência patológica dos prejuízos à pessoa e à sociedade.
Errado. O diagnóstico não é dispensável, só deve ser feito com mais cautela.
d) Não é a mais adequada, pois o Transtorno de Personalidade Borderline é um diagnóstico que precisa de investigação cuidadosa para ver a persistência dos padrões de comportamento em vários contextos, se trazem prejuízos à pessoa e/ou a outras de seu convívio, além de verificar se o quadro não poderia ser decorrente de usos de substâncias ou eventos estressores.
Certo!
Nosso gabarito é Letra B.
1972) O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) indica que o curso do transtorno depressivo maior é bastante variável, de modo que alguns indivíduos raramente experimentam remissão (um período de dois meses ou mais sem sintomas ou apenas 1 ou 2 sintomas não mais do que um grau leve), enquanto outros experimentam muitos anos com poucos ou nenhum sintoma entre episódios
- A) disfuncionais.
- B) intermitentes.
- C) ocasionais.
- D) demenciais.
- E) discretos.
A alternativa correta é letra E) discretos.
Gabarito: Letra E.
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) indica que o curso do transtorno depressivo maior é bastante variável, de modo que alguns indivíduos raramente experimentam remissão (um período de dois meses ou mais sem sintomas ou apenas 1 ou 2 sintomas não mais do que um grau leve), enquanto outros experimentam muitos anos com poucos ou nenhum sintoma entre episódios
Vamos relembrar o que diz o DSM:
“O curso do transtorno depressivo maior é bastante variável, de modo que alguns indivíduos raramente experimentam remissão (um período de dois meses ou mais sem sintomas ou apenas 1 ou 2 sintomas não mais do que em um grau leve), enquanto outros experimentam muitos anos com poucos ou nenhum sintoma entre episódios discretos. É importante distinguir os indivíduos que se apresentam para tratamento durante uma exacerbação de uma doença depressiva crônica daqueles cujos sintomas se desenvolveram recentemente. A cronicidade dos sintomas depressivos aumenta de modo substancial a probabilidade de transtornos da personalidade, ansiedade e abuso de substância subjacentes e diminui a probabilidade de que o tratamento seja seguido pela resolução completa dos sintomas. Portanto, é útil pedir que os indivíduos que apresentam sintomas depressivos identifiquem o último período de pelo menos dois meses durante o qual estiveram inteiramente livres de sintomas depressivos”
a) disfuncionais.
b) intermitentes.
c) ocasionais.
d) demenciais.
e) discretos.
Nosso gabarito é Letra E
Fonte: American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
1973) Para o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), a característica diagnóstica essencial do transtorno de ansiedade de separação é o medo ou a ansiedade excessivos envolvendo
- A) delírios e compulsões.
- B) alucinações e delírios.
- C) compulsões e alucinações.
- D) problemas estomacais e dores de cabeça.
- E) a separação de casa ou de figuras de apego.
A alternativa correta é letra E) a separação de casa ou de figuras de apego.
Gabarito: Letra E
Para o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), a característica diagnóstica essencial do transtorno de ansiedade de separação é o medo ou a ansiedade excessivos envolvendo
a) delírios e compulsões.
b) alucinações e delírios.
c) compulsões e alucinações.
d) problemas estomacais e dores de cabeça.
e) a separação de casa ou de figuras de apego.
Como o próprio nome indica, a ansiedade de separação envolve a separação de casa ou de figuras de apego.
“A característica essencial do transtorno de ansiedade de separação é o medo ou a ansiedade excessivos envolvendo a separação de casa ou de figuras de apego. A ansiedade excede o esperado com relação ao estágio de desenvolvimento do indivíduo (Critério A). Os indivíduos com transtorno de ansiedade de separação têm sintomas que satisfazem pelo menos três dos critérios apresentados a seguir. Eles vivenciam sofrimento excessivo e recorrente ante a ocorrência ou previsão de afastamento de casa ou de figuras importantes de apego (Critério A1). Eles se preocupam com o bem-estar ou a morte de figuras de apego, particularmente quando separados delas, precisam saber o paradeiro das suas figuras de apego e querem ficar em contato com elas (Critério A2). Também se preocupam com eventos indesejados consigo mesmos, como perder-se, ser sequestrado ou sofrer um acidente, que os impediriam de se reunir à sua figura importante de apego (Critério A3). Os indivíduos com transtorno de ansiedade de separação são relutantes ou se recusam a sair sozinhos devido ao medo de separação (Critério A4). Eles têm medo ou relutância persistente e excessiva em ficar sozinhos ou sem as figuras importantes de apego em casa ou em outros ambientes. As crianças com transtorno de ansiedade de separação podem não conseguir permanecer ou ir até um quarto sozinhas e podem exibir comportamento de agarrar- -se, ficando perto ou “sendo a sombra” dos pais por toda a casa ou precisando que alguém esteja com elas quando vão para outro cômodo na casa (Critério A5). Elas têm relutância ou recusa persistente em dormir à noite sem estarem perto de uma figura importante de apego ou em dormir fora de casa (Critério A6). As crianças com esse transtorno frequentemente têm dificuldade na hora de dormir e podem insistir para que alguém fique com elas até que adormeçam. Durante a noite, podem ir para a cama dos pais (ou para a de outra pessoa significativa, como um irmão).”
Nosso gabarito é Letra E
Fonte: American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
1974) O transtorno por uso de álcool costuma estar associado a problemas semelhantes aos associados a outras substâncias. O álcool pode ser usado
- A) como autoaliviador para diminuir os sintomas de tremores, facilitando o uso de outras drogas.
- B) para aliviar os efeitos indesejados dessas outras substâncias ou para substituí-las quando não estão disponíveis.
- C) em dosagens consideradas socialmente aceitas para facilitar o acesso a cocaína.
- D) para eliminar dores apresentadas pelo superego e assim promover uma ação positiva de socialização.
- E) em doses pequenas para apoiar o tratamento de dependências de outras substâncias químicas, criando novos caminhos neurais, para que o paciente possa lidar com a abstinência da substância química que deve ser eliminada.
A alternativa correta é letra B) para aliviar os efeitos indesejados dessas outras substâncias ou para substituí-las quando não estão disponíveis.
Gabarito: Letra B
O transtorno por uso de álcool costuma estar associado a problemas semelhantes aos associados a outras substâncias. O álcool pode ser usado
a) como autoaliviador para diminuir os sintomas de tremores, facilitando o uso de outras drogas.
b) para aliviar os efeitos indesejados dessas outras substâncias ou para substituí-las quando não estão disponíveis.
c) em dosagens consideradas socialmente aceitas para facilitar o acesso a cocaína.
d) para eliminar dores apresentadas pelo superego e assim promover uma ação positiva de socialização.
e) em doses pequenas para apoiar o tratamento de dependências de outras substâncias químicas, criando novos caminhos neurais, para que o paciente possa lidar com a abstinência da substância química que deve ser eliminada.
Sobre as características associadas que apoiam o diagnóstico de transtorno por uso do álcool, relembre:
“O transtorno por uso de álcool costuma estar associado a problemas semelhantes aos associados a outras substâncias (p. ex., Cannabis; cocaína; heroína; anfetaminas; sedativos, hipnóticos ou ansiolíticos). O álcool pode ser usado para aliviar os efeitos indesejados dessas outras substâncias ou para substituí-las quando não estão disponíveis. Problemas de conduta, depressão, ansiedade e insônia frequentemente acompanham o consumo intenso e às vezes o antecedem. A ingestão repetida de doses elevadas de álcool pode afetar praticamente todos os sistemas de órgãos, especialmente o trato gastrintestinal, o sistema cardiovascular e os sistemas nervoso central e periférico. Os efeitos gastrintestinais incluem gastrite, úlceras estomacais ou duodenais e, em aproximadamente 15% dos indivíduos que ingerem álcool em grandes quantidades, cirrose hepática e/ou pancreatite. Também há aumento nas taxas de câncer de esôfago, de estômago e de outras partes do trato gastrintestinal. Uma das condições associadas mais comuns é a hipertensão leve. Miocardiopatia e outras miopatias são menos comuns, mas ocorrem em maior proporção entre usuários pesados. Esses fatores, em conjunto com aumentos acentuados nos níveis de triglicerídeos e colesterol LDL, contribuem para um risco elevado de cardiopatia. A neuropatia periférica pode ser evidenciada por fraqueza muscular, parestesias e diminuição da sensibilidade periférica. Efeitos mais persistentes sobre o sistema nervoso central incluem déficits cognitivos, grave comprometimento da memória e alterações degenerativas do cerebelo. Esses efeitos estão relacionados aos efeitos diretos do álcool ou a traumatismos e a deficiências vitamínicas (particularmente vitamina B, inclusive tiamina). Um efeito devastador sobre o sistema nervoso central é o transtorno amnéstico persistente induzido por álcool, relativamente raro, ou síndrome de Wernicke-Korsakoff, na qual a capacidade de codificar novas memórias fica gravemente prejudicada. Essa condição passa a ser descrita no capítulo “Transtornos Neurocognitivos” sob a categoria transtorno neurocognitivo induzido por substância/medicamento.”
O álcool é utilizado para aliviar os efeitos indesejados dessas outras substâncias ou para substituí-las quando não estão disponíveis.
Nosso gabarito é Letra B
Fonte: American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
1975) De acordo com DSM-5, no Transtorno da Personalidade Esquizotípica, é CORRETO afirmar que:
- A) Há um padrão difuso de déficits sociais e interpessoais marcado por desconforto agudo e capacidade reduzida para relacionamentos íntimos.
- B) Há prazer em se relacionar com outras pessoas.
- C) A ansiedade social diminui facilmente.
- D) Comportamento e aparência não são excêntricos
A alternativa correta é letra A) Há um padrão difuso de déficits sociais e interpessoais marcado por desconforto agudo e capacidade reduzida para relacionamentos íntimos.
Gabarito: Letra A
De acordo com DSM-5, no Transtorno da Personalidade Esquizotípica, é CORRETO afirmar que:
a) Há um padrão difuso de déficits sociais e interpessoais marcado por desconforto agudo e capacidade reduzida para relacionamentos íntimos.
Certo!
“Um padrão difuso de déficits sociais e interpessoais marcado por desconforto agudo e capacidade reduzida para relacionamentos íntimos, além de distorções cognitivas ou perceptivas e comportamento excêntrico, que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:
1. Ideias de referência (excluindo delírios de referência).
2. Crenças estranhas ou pensamento mágico que influenciam o comportamento e são inconsistentes com as normas subculturais (p. ex., superstições, crença em clarividência, telepatia ou “sexto sentido”; em crianças e adolescentes, fantasias ou preocupações bizarras).
3. Experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões corporais.
4. Pensamento e discurso estranhos (p. ex., vago, circunstancial, metafórico, excessivamente elaborado ou estereotipado).
5. Desconfiança ou ideação paranoide.
6. Afeto inadequado ou constrito.
7. Comportamento ou aparência estranha, excêntrica ou peculiar.
8. Ausência de amigos próximos ou confidentes que não sejam parentes de primeiro grau.
9. Ansiedade social excessiva que não diminui com o convívio e que tende a estar associada mais a temores paranoides do que a julgamentos negativos sobre si mesmo.”
b) Há prazer em se relacionar com outras pessoas.
Errado. As relações são marcadas por desconforto.
c) A ansiedade social diminui facilmente.
Errado. A ansiedade social é excessiva e não diminui.
d) Comportamento e aparência não são excêntricos
Errado. Comportamento e aparência são excêntricos.
Nosso gabarito é Letra A
1976) Em conformidade com o DSM-5 – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, em relação ao ataque de pânico, analisar os itens abaixo:
- A) Os itens I e II estão corretos.
- B) Somente o item I está correto.
- C) Somente o item II está correto.
- D) Os itens I e II estão incorretos.
A alternativa correta é letra C) Somente o item II está correto.
Gabarito: Letra C
Errado. O pânico não é um transtorno mental e não pode ser codificado.
“Os sintomas são apresentados com o propósito de identificação de um ataque de pânico; no entanto, o ataque de pânico não é um transtorno mental e não pode ser codificado. Os ataques de pânico podem ocorrer no contexto de um transtorno de ansiedade, além de outros transtornos mentais (p. ex., transtornos depressivos, transtorno de estresse pós-traumático, transtornos por uso de substâncias) e algumas condições médicas (p. ex., cardíaca, respiratória, vestibular, gastrintestinal). Quando a presença de um ataque de pânico é identificada, ela deve ser anotada como um especificador (p. ex., “transtorno de estresse pós-traumático com ataques de pânico”). Para transtorno de pânico, a presença de ataque de pânico está inclusa nos critérios diagnósticos, e o ataque de pânico não é usado como especificador”
Certo! Essa informação também está no trecho apresentado na afirmativa anterior.
Nosso gabarito é Letra C
1977) De acordo com o DSM-V, é considerado um sintoma negativo da esquizofrenia
- A) a desorganização do pensamento.
- B) a perturbação psicomotora acentuada.
- C) o delirium tremens.
- D) as alucinações auditivas.
- E) a dificuldade em sentir ou expressar emoções.
A alternativa correta é letra E) a dificuldade em sentir ou expressar emoções.
Gabarito: Letra E
De acordo com o DSM-V, é considerado um sintoma negativo da esquizofrenia
Alucinações, delírios e perturbações motoras são sintomas positivos. Relembre como o DSM traz os sintomas negativos:
“Sintomas negativos respondem por uma porção substancial da morbidade associada à esquizofrenia, embora sejam menos proeminentes em outros transtornos psicóticos. Dois sintomas negativos são especialmente proeminentes na esquizofrenia: expressão emocional diminuída e avolia. Expressão emocional diminuída inclui reduções na expressão de emoções pelo rosto, no contato visual, na entonação da fala (prosódia) e nos movimentos das mãos, da cabeça e da face, os quais normalmente conferem ênfase emocional ao discurso. A avolia é uma redução em atividades motivadas, autoiniciadas e com uma finalidade. A pessoa pode ficar sentada por períodos longos e mostrar pouco interesse em participar de atividades profissionais ou sociais. Outros sintomas negativos incluem alogia, anedonia e falta de sociabilidade. A alogia é manifestada por produção diminuída do discurso. A anedonia é a capacidade reduzida de ter prazer resultante de estímulos positivos, ou degradação na lembrança do prazer anteriormente vivido. A falta de sociabilidade refere-se à aparente ausência de interesse em interações sociais, podendo estar associada à avolia, embora possa ser uma manifestação de oportunidades limitadas de interações sociais.”
a) a desorganização do pensamento.
b) a perturbação psicomotora acentuada.
c) o delirium tremens.
d) as alucinações auditivas.
e) a dificuldade em sentir ou expressar emoções.
Podemos ver que a única afirmativa que traz sintomas negativos é a Letra E.
Fonte: American Psychiatric Association (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.
1978) Os lobos temporais têm estreita relação com estruturas do sistema límbico. Como destaca Bastos (2020), por esse motivo as epilepsias desses lobos costumam vir acompanhadas de
- A) perturbações do humor.
- B) alterações da memória.
- C) delirium.
- D) deficit cognitivo generalizado.
- E) alucinações auditivas.
A alternativa correta é letra A) perturbações do humor.
Gabarito: Letra A
Os lobos temporais têm estreita relação com estruturas do sistema límbico. Como destaca Bastos (2020), por esse motivo as epilepsias desses lobos costumam vir acompanhadas de
a) perturbações do humor.
b) alterações da memória.
c) delirium.
d) deficit cognitivo generalizado.
e) alucinações auditivas.
As epilepsias dos lobos temporais estão relacionadas com perturbações do humor:
“No fim da década de 1970 Rodin et al.15 relataram que pacientes com epilepsia do lobo temporal (ELT) mostraram escores de depressão mais altos do que pacientes com outros tipos de epilepsia.15 Alguns anos depois, um estudo similar sugeriu que pacientes com crises parciais complexas secundariamente generalizadas tiveram escores piores quando comparados àqueles com crises convulsivas primariamente generalizadas.16 Em relação ao tipo de crise, outros estudos mostraram que a depressão é mais frequente em pacientes com crises não epiléticas do que em pacientes com crises epiléticas.17 Em pacientes pediátricos, a depressão também é mais frequente em casos com crises parciais complexas focais do que em pacientes com crises primariamente generalizadas.18 Embora a frequência da crise ou a intratabilidade19 possa não estar relacionada à gravidade da depressão, sabe-se que o tipo de crise,8,18 a duração da epilepsia e as drogas antiepiléticas8 estão relacionados a diferentes níveis de sintomatologia depressiva. Por essa mesma razão, em descoberta recente, observamos que a presença de crises secundariamente generalizadas é mais frequente em pacientes adultos com ELT mesial com comorbidades psiquiátricas do que em pacientes adultos com ELT mesial sem sintomas psiquiátricos.20 Na verdade, pacientes com ELT medial parecem particularmente propensos à depressão comórbida.21”
Nosso gabarito é Letra A
Fonte: Kandratavicius, Ludmyla, Ruggiero, Rafael Naime, Hallak, Jaime Eduardo, Garcia-Cairasco, Norberto, & Leite, João Pereira. (2012). Fisiopatologia dos transtornos de humor na epilepsia do lobo temporal. Brazilian Journal of Psychiatry, 34(Suppl. 2), s233-s245.
1979) O transtorno do pânico (com ou sem agorafobia) constitui um dos problemas mais incapacitantes entre os transtornos de ansiedade. De acordo com Rangé (2011), uma característica de personalidade comum nesses quadros é a
- A) alta frequência de sentimentos de menos valia e inferioridade.
- B) dificuldade em resolver problemas e lidar com críticas e sentimentos de raiva.
- C) presença de dificuldades interpessoais decorrentes de uma atitude hipervigilante.
- D) falta de empatia e escassa discriminação eu/outro.
- E) a tendência a apresentar atitudes de oposição e negativismo.
A alternativa correta é letra B) dificuldade em resolver problemas e lidar com críticas e sentimentos de raiva.
O transtorno do pânico (com ou sem agorafobia) constitui um dos problemas mais incapacitantes entre os transtornos de ansiedade. De acordo com Rangé (2011), uma característica de personalidade comum nesses quadros é a
Base teórica para a compreensão da questão
Segundo Rangé (2011, p.154) pacientes com pânico e agorafobia apresentam características de funcionamento psicológico em comum. Atentando-se para os grifos em azul, confira tais características elencadas pelo autor destacado:
- passivos, suaves, ansiosos, tímidos, dependentes;
- história de dependência, baixa assertividade e ansiedade de separação; ansiedade social elevada;
- medo de avaliações negativas;
- dificuldades em lidar com raiva e críticas e de resolver problemas;
- tendência a concordar com os outros, a representar a si mesmos como fracos e aos outros como fortes, a sentirem-se dependentes dos outros para ter desempenho adequado;
- inibição comportamental e reações autonômicas em situações familiares desde a infância;
- dificuldades em discriminar eventos desencadeantes de sofrimento emocional e de discriminar e verbalizar estados emocionais.
Análise das alternativas
a) alta frequência de sentimentos de menos valia e inferioridade.
INCORRETA. Corrigindo: na realidade, conforme Rangé (2011, p.154) tais pacientes costumam ter a “tendência a concordar com os outros, a representar a si mesmos como fracos e aos outros como fortes”.
b) dificuldade em resolver problemas e lidar com críticas e sentimentos de raiva.
CORRETA. O que informa a assertiva, encontra respaldo na literatura de Rangé (2011), portanto, opção VERDADEIRA.
c) presença de dificuldades interpessoais decorrentes de uma atitude hipervigilante.
INCORRETA. Corrigindo: as dificuldades interpessoais, conforme a literatura de Rangé (2011), relacionam-se a “ansiedade social elevada”, portanto, opção FALSA.
d) falta de empatia e escassa discriminação eu/outro.
INCORRETA. Corrigindo: o fator elencado não encontra respaldo nos elementos pontuados por Rangé (2011).
e) a tendência a apresentar atitudes de oposição e negativismo.
INCORRETA. Corrigindo: na realidade, Rangé (2011) pontua como característica “medo de avaliações negativas”, portanto, opção ERRADA.
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Fonte consultada:
RANGÉ, Bernard; Psicoterapias cognitivo-comportamentais, um diálogo com a psiquiatria. 2 edição. Editora: Artmed 2011; São Paulo.
1980) Na obra Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais, (Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais [recurso eletrônico] / Paulo Dalgalarrondo. – 3. ed. – Dados eletrônicos.
- A) Os quadros depressivos caracterizam-se por uma multiplicidade de sintomas afetivos, instintivos e neurovegetativos, ideativos e cognitivos, relativos à autovaloração, à vontade e à psicomotricidade.
- B) Intenso desconforto ou de sensação de medo que alcançam um pico em minutos (geralmente não duram mais que meia ou uma hora), com pelo menos quatro dos seguintes critérios: palpitações ou taquicardia, sensação de falta de ar, medo de perder o controle ou enlouquecer e medo de morrer.
- C) Também podem estar presentes, em formas graves de depressão, sintomas psicóticos (delírios e/ou alucinações).
- D) Pode estar presente marcante alteração psicomotora (geralmente lentificação ou estupor), assim como fenômenos biológicos (neuronais ou neuroendócrinos) associados.
A alternativa correta é letra B) Intenso desconforto ou de sensação de medo que alcançam um pico em minutos (geralmente não duram mais que meia ou uma hora), com pelo menos quatro dos seguintes critérios: palpitações ou taquicardia, sensação de falta de ar, medo de perder o controle ou enlouquecer e medo de morrer.
Na obra Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais, (Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais [recurso eletrônico] / Paulo Dalgalarrondo. – 3. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre: Artmed, 2019), mais precisamente, na página de número 612, consta a seguinte afirmação: Do ponto de vista psicopatológico, as síndromes depressivas têm como elementos mais salientes o humor triste e, na esfera volitiva, o desânimo, mais ou menos marcantes (Del Pino, 2003).
Acerca dos quadros depressivos e seus sintomas, marque a alternativa INCORRETA.
A questão está baseada no seguinte texto:
"Do ponto de vista psicopatológico, as síndromes depressivas têm como elementos mais salientes o humor triste e o desânimo (Del Pino, 2003). Entretanto, elas caracterizam-se por uma multiplicidade de sintomas afetivos, instintivos e neurovegetativos, ideativos e cognitivos, relativos à autovaloração, à vontade e à psicomotricidade. Também podem estar presentes, em formas graves de depressão, sintomas psicóticos (delírios e/ou alucinações), marcante alteração psicomotora (geralmente lentificação ou estupor) e fenômenos biológicos (neuronais ou neuro-endócrinos) associados."
Fonte: "Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais" (Dalgalarrondo)
A única alternativa que não cita características do quadro depressivo é a Letra B.
a) Os quadros depressivos caracterizam-se por uma multiplicidade de sintomas afetivos, instintivos e neurovegetativos, ideativos e cognitivos, relativos à autovaloração, à vontade e à psicomotricidade.
b) Intenso desconforto ou de sensação de medo que alcançam um pico em minutos (geralmente não duram mais que meia ou uma hora), com pelo menos quatro dos seguintes critérios: palpitações ou taquicardia, sensação de falta de ar, medo de perder o controle ou enlouquecer e medo de morrer. (ataque de pânico)
c) Também podem estar presentes, em formas graves de depressão, sintomas psicóticos (delírios e/ou alucinações).
d) Pode estar presente marcante alteração psicomotora (geralmente lentificação ou estupor), assim como fenômenos biológicos (neuronais ou neuroendócrinos) associados.