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Questões Sobre Psicopatologia - Psicologia - concurso

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2241) O DSM-5, oficialmente publicado em 18 de maio de 2013, é a mais nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana. A nova classificação apresentou uma série de mudanças entre inclusão, reformulação e exclusão de diagnósticos. Entre essas mudanças tem-se que

  • A) o luto passou a ser critério de exclusão do Transtorno Depressivo Maior. No DSM-5 não é mais possível aplicar esse diagnóstico àqueles que passaram pela perda de um ente querido há menos de dois anos.
  • B) o diagnóstico de quadros fóbicos (Agorafobia, Fobia Específica e Transtorno de Ansiedade Social) passou a exigir que o indivíduo com mais de dezoito anos reconheça seu medo como excessivo ou irracional.
  • C) a hipocondria foi excluída do DSM-5 e os indivíduos que preenchiam critérios para esse transtorno passaram a ser cobertos pelo transtorno com sintomas somáticos ou transtorno de ansiedade de doença.
  • D) o transtorno de ansiedade de separação e o mutismo seletivo saíram do capítulo dos transtornos de ansiedade e passaram a compor os transtornos geralmente diagnosticados pela primeira vez na infância ou na adolescência.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) a hipocondria foi excluída do DSM-5 e os indivíduos que preenchiam critérios para esse transtorno passaram a ser cobertos pelo transtorno com sintomas somáticos ou transtorno de ansiedade de doença.

  

O DSM-5, oficialmente publicado em 18 de maio de 2013, é a mais nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana. A nova classificação apresentou uma série de mudanças entre inclusão, reformulação e exclusão de diagnósticos. Entre essas mudanças tem-se que

 
 

Base teórica para análise da questão

 

As proposições trazidas por esta questão têm por base as contribuições de Araújo & Lotufo Neto (2014). Tendo por fundamento a literatura destacada, vamos à análise dos itens apresentados.

 

   

Análise das alternativas

 

a)  o luto passou a ser critério de exclusão do Transtorno Depressivo Maior. No DSM-5 não é mais possível aplicar esse diagnóstico àqueles que passaram pela perda de um ente querido há menos de dois anos.

INCORRETA.  Contrariando a colocação, Araújo & Lotufo Neto (2014, p.74) preconizam:

“Um dos pontos de maior polêmica, no que diz respeito à depressão, foi a retirada do luto como critério de exclusão do Transtorno Depressivo Maior. No DSM-5 é possível aplicar esse diagnóstico mesmo àqueles que passaram pela perda de um ente querido há menos de dois anos.”

 

b)  o diagnóstico de quadros fóbicos (Agorafobia, Fobia Específica e Transtorno de Ansiedade Social) passou a exigir que o indivíduo com mais de dezoito anos reconheça seu medo como excessivo ou irracional.

INCORRETA. Divergindo do que traz a afirmativa, Araújo & Lotufo Neto (2014, p.74) informam:

O diagnóstico de quadros fóbicos (Agorafobia, Fobia Específica e Transtorno de Ansiedade Social) deixou de exigir que o indivíduo com mais de dezoito anos reconheça seu medo como excessivo ou irracional, visto que muitos pacientes tendem a superestimar o perigo oferecido pelo objeto ou evento fóbico em questão. A duração mínima para o diagnóstico desses transtornos passa a ser de seis meses para todas as idades.”

   

c)  a hipocondria foi excluída do DSM-5 e os indivíduos que preenchiam critérios para esse transtorno passaram a ser cobertos pelo transtorno com sintomas somáticos ou transtorno de ansiedade de doença.

CORRETA. Corroborando a colocação Araújo & Lotufo Neto (2014, p.77), mencionam:

A Hipocondria também foi excluída do DSM-5, em parte pelo caráter pejorativo com o qual o diagnóstico era recebido. Os indivíduos que preenchiam critérios para esse transtorno e não se enquadram nos atuais critérios para Transtorno com Sintomas Somáticos passaram a receber o diagnóstico de Transtorno de Ansiedade de Doença.”

   

d)  o transtorno de ansiedade de separação e o mutismo seletivo saíram do capítulo dos transtornos de ansiedade e passaram a compor os transtornos geralmente diagnosticados pela primeira vez na infância ou na adolescência.

INCORRETA. Ao contrário do que traz a proposição, Araújo & Lotufo Neto (2014, p.74), na realidade, explicam o seguinte:

“O Transtorno de Ansiedade de Separação e o Mutismo seletivo saíram do extinto capítulo dos Transtornos Geralmente Diagnosticados pela Primeira Vez na Infância ou na Adolescência e passaram a compor os Transtornos de Ansiedade.”

   

_______________

Fonte consultada:

 

Araújo, Álvaro Cabral, & Lotufo Neto, Francisco. (2014). A nova classificação Americana para os Transtornos Mentais: o DSM-5. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva16(1), 67-82.

2242) Relativamente a deficiências mentais e suas etiologias, é correto afirmar que:

  • A) Deficiência mental e doença mental são termos sinônimos, uma vez que ambos expressam uma incapacidade ou limitação para interagir com o meio.
  • B) As causas da deficiência mental (intelectual) são múltiplas e heterogêneas, podendo ser genéticas ou não. Há também causalidade multifatorial.
  • C) Com os atuais recursos tecnológicos, mais de três quartos dos indivíduos que o buscam obtêm um diagnóstico preciso de sua deficiência, mesmo nos casos leves.
  • D) Eventos pré, peri e pós-natais, como a privação de oxigênio, o traumatismo obstétrico e a hipóxia intrauterina, são causas genéticas das deficiências mentais.
  • E) Dentre as causas não genéticas das deficiências, encontram-se desordens cromossômicas, como as aneuploidias, e rearranjos cromossômicos terminais.

FAZER COMENTÁRIO

Resposta Correta:

B) As causas da deficiência mental (intelectual) são múltiplas e heterogêneas, podendo ser genéticas ou não. Há também causalidade multifatorial.

Explicação:

  • A) Incorreta: Deficiência mental e doença mental não são sinônimos. A deficiência mental é uma condição caracterizada por habilidades intelectuais abaixo da média, enquanto a doença mental é uma condição que afeta o pensamento, o humor e o comportamento.
  • C) Incorreta: Os recursos tecnológicos atuais não permitem um diagnóstico preciso de deficiência mental em todos os casos, especialmente em casos leves.
  • D) Incorreta: Eventos pré, peri e pós-natais não são causas genéticas de deficiências mentais, mas sim causas ambientais.
  • E) Incorreta: Desordens cromossômicas são causas genéticas de deficiências mentais, não causas não genéticas.

2243) Em relação às doenças psicossomáticas, analise as afirmativas a seguir:

  • A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
  • B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
  • C) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
  • D) se todas as afirmativas estiverem corretas.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.

   

  

A questão está baseada no seguinte texto:

 

"As doenças psicossomáticas, ou transtorno de sintomas somáticos, são condições provocadas por alterações emocionais e que causam sintomas físicos como dor, falta de ar, coração acelerado, tremores ou diarreia, por exemplo. Normalmente, os sintomas que resultam de doenças psicossomáticas não são explicados por nenhuma outra doença ou alteração física e/ou orgânica. Por isso, uma pessoa que tenha uma doença psicossomática, pode fazer várias consultas e com vários médicos sem nunca conseguir identificar uma causa.

(...)

Nas crianças, os sintomas mais comuns são dor abdominal frequente, dor de cabeça, cansaço e náuseas, sendo mais comum que a criança apresente apenas um sintoma, enquanto que os adultos costumam apresentar mais de um.

(...)

O diagnóstico de uma doença psicossomática deve ser feito por um psiquiatra por meio da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, mas um clínico geral ou outro especialista podem sugerir essa alteração ao excluírem a presença de outras doenças através de exames físicos e laboratoriais."

 

Fonte: "Doenças psicossomáticas: o que são, sintomas, causas e tratamento" (Lemos e Ramirez)

 

Observação: a banca se baseou em um texto de um site. Esse conteúdo pode entrar em contradição com outras referências.

 

Com isso, podemos identificar as afirmativas verdadeiras e falsas.

 

I. Normalmente, os sintomas que resultam de doenças psicossomáticas não são explicados por nenhuma outra doença ou alteração física e/ou orgânica.

  

II. Nas crianças, os sintomas mais comuns são dor abdominal frequente, dor de cabeça e sensação de dor no peito, sendo mais comum que a criança apresente vários sintomas, enquanto que os adultos costumam apresentar somente um.

  

III. O diagnóstico de uma doença psicossomática deve ser feito por um psiquiatra por meio da avaliação dos sinais e sintomas apresentados pela pessoa, mas um clínico geral ou outro especialista podem sugerir essa alteração ao excluírem a presença de outras doenças através de exames físicos e laboratoriais.

 

Portanto, estão corretas as afirmativas I e III. Encontramos a resposta na Letra B.

 

Assinale


a)  se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b)  se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
c)  se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
d)  se todas as afirmativas estiverem corretas.

2244) Assinale a alternativa que não indique corretamente um tipo de avaliação neuropsicológica.

  • A) de funções cognitivas
  • B) de funções visuoespaciais
  • C) de controle de emoções
  • D) de cognição social

     
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A alternativa correta é letra C) de controle de emoções.

A avaliação neuropsicológica é uma ferramenta utilizada para investigar o funcionamento cognitivo e emocional do indivíduo, incluindo suas habilidades cognitivas, como memória, atenção, linguagem, entre outras. As opções A, B e D referem-se a diferentes domínios avaliados na neuropsicologia: funções cognitivas, funções visuoespaciais e cognição social, respectivamente. No entanto, a avaliação do "controle de emoções" não é um tipo de avaliação neuropsicológica comumente mencionado, pois o controle emocional é mais frequentemente avaliado por meio de instrumentos psicológicos tradicionais, como questionários e escalas de avaliação emocional.

2245) Nas alternativas a seguir estão exemplos de alterações em sensopercepção, à exceção de uma. Assinale-a.

  • A) parestesia
  • B) hipoestesia
  • C) ecminésia
  • D) analgesia

     
FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) ecminésia

 

Nas alternativas a seguir estão exemplos de alterações em sensopercepção, à EXCEÇÃO de uma. Assinale-a.

 
 

a)  parestesia

CORRETA. Conforme Dalgalarrondo (2008, p.123) a “parestesia” constitui uma alteração quantitativa da sensopercepção, confira:

Parestesias são sensações táteis desagradáveis (embora não sentidas propriamente como dor), em geral espontâneas, descritas pelos pacientes como “formigamentos, adormecimentos, picadas, agulhadas ou queimação” mais ou menos intensas”

   

b)  hipoestesia

CORRETA. Conforme Dalgalarrondo (2008, p.122) a “hipoestesia” constitui uma alteração quantitativa da sensopercepção, leiamos:

“[...] a hipoestesia, no sentido psicopatológico, é observada em alguns pacientes depressivos, nos quais o mundo circundante é percebido como mais escuro; as cores tornam-se mais pálidas e sem brilho; os alimentos não têm mais sabor; e os odores perdem sua intensidade.”

   

c)  ecminésia

INCORRETA. A “ecminésia” (recordação intensificada de eventos passados) constitui uma alteração da memória e não da sensopercepção, portanto, opção ERRADA.

 

d)  analgesia

CORRETA. Segundo Dalgalarrondo (2008, pp.122-123) a “analgesia” constitui uma alteração quantitativa da sensopercepção, confira:

“Usa-se, com freqüência, o termo anestesia para indicar também analgesias (perda das sensações dolorosas) de áreas da pele e partes do corpo”

   

_______________

Fonte consultada:

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artmed, 2008. 

2246) Depressão crônica, geralmente de leve intensidade, muito duradoura. Começa no início da vida adulta e persiste por vários anos. Trata-se de

  • A) depressão atípica.
  • B) distimia.
  • C) depressão endógena.
  • D) estupor depressivo.

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A alternativa correta é letra B) distimia.

 

Depressão crônica, geralmente de leve intensidade, muito duradoura. Começa no início da vida adulta e persiste por vários anos. Trata-se de

 

A questão está baseada no seguinte texto:

 

"A depressão tem várias facetas e é preciso considerar  ainda os vários subtipos comumente encontrados na prática clínica, como: 

 
  • Episódio ou fase depressiva e transtorno depressivo recorrente – Difere nas recorrências do episódios.
 
  • Distimia – Trata-se de uma depressão crônica, geralmente de intensidade leve, muito duradoura. Começa no início da vida adulta e persiste por vários anos.
 
  • Depressão atípica – Subtipo de depressão que pode ocorrer com intensidade leve a grave, em transtorno unipolar e bipolar. Reatividade do humor aumentado, melhora rapidamente com eventos positivos, tem baixa tolerância a frustração, fobias e aspectos histriônicos.
 
  • Depressão tipo melancólica ou endógena – Nesta, não existe uma situação externa desencadeadora, ocorre disfunção devido fatores biológicos ou hereditários. Piora dos sintomas no período da manhã (melhora no período da tarde e da noite).
 
  • Depressão psicótica – É uma depressão grave, na qual ocorrem, associados aos sintomas depressivos, um ou mais sintomas psicóticos, como delírio, ruína ou culpa, delírio hipocondríaco ou de negação de órgãos ou alucinações com conteúdos depressivos
 
  • Depressão agitada ou ansiosa – É a depressão com forte componente ansioso e inquietação psicomotora. O paciente queixa-se de angústia intensa associada aos sintomas depressivos, não para quieto, insone e irritado. Em casos graves, risco de suicídio."
 

Fonte: "Depressão, transtorno de humor" (Candia)

 

Com isso, encontramos a resposta na Letra B.


a)  depressão atípica.
b)  distimia.
c)  depressão endógena.
d)  estupor depressivo.

2247) A neuroanatomia funcional investiga:

  • A) relações entre as estruturas do encéfalo
  • B) as partes do sistema nervoso que se relacionam para a consecução de uma tarefa
  • C) as principais divisões do encéfalo e as relações contíguas internas a tais divisões
  • D) a região espacial do sistema nervoso onde o inconsciente se reproduz e se estabiliza

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A alternativa correta é letra B) as partes do sistema nervoso que se relacionam para a consecução de uma tarefa

Gabarito: Letra B

A neuroanatomia funcional investiga:
a)  relações entre as estruturas do encéfalo

Errado. A neuroanatomia estuda todas as partes do sistema nervoso, não só o encéfalo.


b)  as partes do sistema nervoso que se relacionam para a consecução de uma tarefa

Certo!

“As diferentes regiões do sistema nervoso central contribuem para a coordenação do comportamento e da cognição – objetos de interesse da neuropsicologia –, mas é no cérebro que se encontram os principais grupamentos neuronais e circuitos envolvidos nessa mediação, destacando-se nesse aspecto o córtex cerebral,”


c)  as principais divisões do encéfalo e as relações contíguas internas a tais divisões

Errado. A neuroanatomia estuda todas as partes do sistema nervoso, não só o encéfalo.


d)  a região espacial do sistema nervoso onde o inconsciente se reproduz e se estabiliza

Errado. Não há uma região espacial definida para o inconsciente, e a neuroanatomia não busca uma.

 

Nosso gabarito é Letra B

2248) A psicopatologia pode ser definida como:

  • A) O processo de identificação daqueles que são mais ou menos aptos para uma determinada situação, como a escolarização.
  • B) Um ramo da ciência que estuda a estrutura, as causas e a manifestação das doenças mentais.
  • C) Uma ferramenta para elaborar laudos psicológicos.
  • D) Uma narrativa sobre transtornos mentais, dentre outras como o senso comum.
  • E) Um ramo da psiquiatria, importante para justificar a internação de pacientes portadores de transtornos mentais.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) Um ramo da ciência que estuda a estrutura, as causas e a manifestação das doenças mentais.

  

A psicopatologia pode ser definida como:

 
 

Base teórica para a compreensão da questão

 

Para a análise das alternativas, peço ao aluno que não deixe de acompanhar os recortes textuais a seguir, importados da publicação de Dalgalarrondo (2008, p.27), atentando-se especialmente para os grifos em azul:

 

“Campbell (1986) define a psicopatologia como o ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença mental – suas causas, as mudanças estruturais e funcionais associadas a ela e suas formas de manifestação”

   


 

Análise das alternativas

   

  • Considerando as alternativas disponíveis, apenas a LETRA “B” (Um ramo da ciência que estuda a estrutura, as causas e a manifestação das doenças mentais) encontra compatibilidade com o que requisita o enunciado e é mencionado pela literatura supracitada.
 
  • Concluindo a análise, destaca-se que as demais alternativas embora citem outros aspectos pertinentes ao estudo do estado mental, estas não são não são compatíveis ao que solicita a questão, pela ausência de especificidade, em relação à requisição do que é solicitado pelo enunciado;

 

 
  • Mediante isto, ratifica-se, portanto, que a alternativa “B” constitui, de fato, o GABARITO da questão analisada.
 

_______________

Fonte consultada:

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artmed, 2008. 

2249) Com o processo de envelhecimento da população, alguns transtornos importantes passaram a ser identificados. Um deles é a demência ou transtorno neurocognitivo maior. Assinale a alternativa que melhor descreve suas características:

  • A)   Declínio do funcionamento cognitivo prévio que não é atribuído ao processo de envelhecimento normal e que interfere significativamente na independência do indivíduo em sua vida diária.
  • B)   Déficits cognitivos, especialmente da atenção, da concentração e da memória. Envolve uma alteração do nível de consciência, com pioras ao anoitecer.
  • C)   Alterações cognitivas transitórias que derivam da alteração do humor. As perdas de memória, atenção, concentração e motivação podem ser revertidas após o tratamento.
  • D)   Alterações da cognição e da adaptação social que possuem uma piora no envelhecimento, mas que podem ser rastreadas desde a infância na história dos pacientes.
  • E)   Um processo natural do envelhecimento normal, pois é parte da deterioração progressiva e irreversível das funções cognitivas.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A)   Declínio do funcionamento cognitivo prévio que não é atribuído ao processo de envelhecimento normal e que interfere significativamente na independência do indivíduo em sua vida diária.

  

Com o processo de envelhecimento da população, alguns transtornos importantes passaram a ser identificados. Um deles é a demência ou transtorno neurocognitivo maior. Assinale a alternativa que melhor descreve suas características:

 
 

Base teórica para a compreensão da questão

 

Para a análise do assunto trazido por esta questão, peço gentilmente ao aluno, que não deixe de acompanhar os recortes textuais a seguir, importados da publicação de Martins (2017, p.25) referente aos “Transtornos Neurocognitivos” com base no DSM-5 (2014), atentando-se especialmente para os grifos em azul:

 
  • No Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais (Diagnostic and statistical manual of mental health disorders: DSM-5) lançado em 2013 pela American Psychiatric Association, houve a elaboração de um capítulo intitulado “Transtornos Neurocognitivos” onde se inclui o delirium e os transtornos neurocognitivos de forma sindrômica, sendo que estes podem ser classificados em transtorno neurocognitivo maior ou menor.
 
  • É considerado transtorno neurocognitivo maior quando há evidência de declínio cognitivo significativo a partir de um nível prévio de funcionamento em um ou mais dos domínios: atenção complexa, habilidade executiva, aprendizado e memória, linguagem, habilidade visoconstrutiva e percepção visual, cognição social; interferindo na independência funcional e atividades rotineiras. Já, no transtorno neurocognitivo menor não há a interferência na funcionalidade ou atividades de vida diária.
 

IMPORTANTE: conforme Martins (2017), quanto aos critérios para o diagnóstico de transtorno neurocognitivo, segundo o DSM-5, o comprometimento da memória deixou de ser critério obrigatório na classificação do indivíduo com quadro demencial (exigido na edição anterior), visto que várias etiologias podem não ter, na sua apresentação, alteração de memória, como por exemplo na Degeneração Lobar Frontotemporal.

 
 

Análise das alternativas

 

a)   Declínio do funcionamento cognitivo prévio que não é atribuído ao processo de envelhecimento normal e que interfere significativamente na independência do indivíduo em sua vida diária.

CORRETA. As informações trazidas pela alternativa são compatíveis com as colocações do DSM-5 (2014) para o transtorno neurocognitivo maior, que aponta evidência de declínio cognitivo significativo a partir de um nível prévio de funcionamento em um ou mais dos domínios, o que consequentemente acaba interferindo significativamente na independência do indivíduo, portanto, opção CERTA.

 

b)   Déficits cognitivos, especialmente da atenção, da concentração e da memória. Envolve uma alteração do nível de consciência, com pioras ao anoitecer.

INCORRETA. Corrigindo: note que conforme a literatura de Martins (2017), quanto aos critérios para o diagnóstico de transtorno neurocognitivo, segundo o DSM-5, o comprometimento da memória deixou de ser critério obrigatório na classificação do indivíduo com quadro demencial (exigido na edição anterior), portanto, opção FALSA.

 

c)   Alterações cognitivas transitórias que derivam da alteração do humor. As perdas de memória, atenção, concentração e motivação podem ser revertidas após o tratamento.

INCORRETA. Corrigindo: para consulta do GABARITO da questão, vide LETRA “A”.

 

d)   Alterações da cognição e da adaptação social que possuem uma piora no envelhecimento, mas que podem ser rastreadas desde a infância na história dos pacientes.

INCORRETA. Corrigindo: contrariando a colocação, confira o que expressa o DSM-5 (2014, p.591) sobre os transtornos neurocognitivos (TNCs) no que tange as primeiras etapas do desenvolvimento:

“Os TNCs são aqueles em que a cognição prejudicada não estava presente ao nascimento ou muito no início da vida, representando, assim, um declínio a partir de um nível de funcionamento alcançado anteriormente.”

 

e)   Um processo natural do envelhecimento normal, pois é parte da deterioração progressiva e irreversível das funções cognitivas.

INCORRETA. Corrigindo: na realidade, um transtorno neurocognitivo costuma prejudicar o processo natural do envelhecimento típico, já que pode comprometer significativamente a qualidade de vida do indivíduo, portanto, opção FALSA.

   

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Fonte consultada:

Martins, J. P. D. O. B. (2017). Prevalência de transtornos cognitivos em pacientes acima de 60 anos internados no Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina. Disponível em https://bit.ly/3QrR8Ej

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2250) Observe os seguintes sintomas. Um paciente descreve delírios, embora mantenha um nível funcional de organização de seu comportamento. Marque a alternativa correta a que esse conjunto de sintomas se refere:

  • A) Transtorno delirante.
  • B)   Depressão.
  • C)   Ansiedade.
  • D) Transtorno Esquizoafetivo.
  • E)   Esquizofrenia.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra A) Transtorno delirante.

  

Observe os seguintes sintomas. Um paciente descreve delírios, embora mantenha um nível funcional de organização de seu comportamento. Marque a alternativa correta a que esse conjunto de sintomas se refere:

 
 

Base teórica para a compreensão da questão

 

Para a compreensão do assunto que traz esta questão, peço ao aluno que não deixe de acompanhar o que expressa o DSM-5 (2014, pp.92-93), no que concerne ao Transtorno delirante, atentando-se especialmente para os grifos em azul:

 

“A característica essencial do transtorno delirante é a presença de um ou mais delírios que persistem por pelo menos um mês. [...] Uma característica comum dos indivíduos com transtorno delirante é a aparente normalidade de seu comportamento e aparência quando não estão sendo discutidas ou acionadas suas ideias delirantes.”

 
 

Análise das alternativas

 

a)  Transtorno delirante.

CORRETA. A descrição trazida pelo enunciado de que “um paciente descreve delírios, embora mantenha um nível funcional de organização de seu comportamento”, encontra correspondência com a característica essencial do transtorno delirante, já que um aspecto comum dos indivíduos com transtorno delirante é a aparente normalidade de seu comportamento e aparência quando não estão sendo discutidas ou acionadas suas ideias delirantes, portanto, opção CERTA.

 

b)   Depressão.

INCORRETA. Sobre a nomenclatura “depressão”, Dalgalarrondo (2008, p.164) destaca:

“[...] nas últimas décadas, o termo genérico depressão, significando tristeza patológica, tornou-se uma designação consagrada, que vem substituindo o termo clássico distimia hipotímica ou melancólica”

 

c)   Ansiedade.

INCORRETA. No que tange aos Transtornos de Ansiedade, o DSM-5 (2014, p.189) apresenta uma distinção bastante pertinente entre “medo” vs. “ansiedade”, acompanhe:

“Os transtornos de ansiedade incluem transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionados. Medo é a resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura.”

 

d)  Transtorno Esquizoafetivo.

INCORRETA. Diferentemente do Transtorno Delirante em que o indivíduo pode manter um nível funcional de organização de seu comportamento, no Transtorno  Esquizoafetivo o diagnóstico baseia-se em uma avaliação de um período ininterrupto da doença. Sobre o assunto, o DSM-5 (2014, p.106) informa:

O diagnóstico de transtorno esquizoafetivo baseia-se em uma avaliação de um período ininterrupto da doença durante o qual o indivíduo continua a exibir sintomas ativos ou residuais da doença psicótica.”

 

e)   Esquizofrenia.

INCORRETA. Diferenciando a Esquizofrenia do Transtorno Delirante, o DSM-5 (2014, p.104) explica:

O transtorno delirante pode ser diferenciado da esquizofrenia pela ausência dos demais sintomas característicos de esquizofrenia (p. ex., delírios, alucinações auditivas ou visuais proeminentes, discurso desorganizado, comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico, sintomas negativos).”

 

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Fonte consultada:

Associação Psiquiátrica Americana (APA). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artmed, 2008. 

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