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Paulo Dalgalarrondo com relação ao diagnóstico psicopatológico vai dizer que há uma discussão muito acentuada em torno dessa temática. Analise as duas passagens a seguir e marque a opção correta:

 

1. Tendo basicamente duas posições. A primeira posição vai firmar que o diagnóstico psiquiátrico não tem valor algum, pois cada pessoa tem seu modo singular de ser, cada pessoa vive uma realidade única, daí esse diagnóstico serve apenas para rotular essas pessoas. A segunda posição vai defender que o diagnostico psiquiátrico vai ter o mesmo valor que o diagnóstico de outras especialidades médicas, é tão importante quanto, defendendo claramente que é imprescindível considerar os aspectos pessoais, singulares de cada indivíduo, o seu modo de ser diferenciado, com o cuidado de não rotular.

 

2. Do ponto de vista clínico e específico da psicopatologia o processo diagnóstico em psiquiatria segue os princípios gerais das ciências médicas, mas, no entanto, tem seus aspectos particulares, e um dos aspectos particulares do diagnóstico psicopatológico é de que ele sempre vai ser baseado nos dados clínicos, sem que os mesmos sejam determinantes, porém estão dentro do quadro de fatores que vão servir para o diagnóstico mais próximo possível da eficácia.

 

Opções:

Resposta:

A alternativa correta é letra A) 1 e 2 estão corretas.

Gabarito Letra A

 

Paulo Dalgalarrondo com relação ao diagnóstico psicopatológico vai dizer que há uma discussão muito acentuada em torno dessa temática. Analise as duas passagens a seguir e marque a opção correta:

 

1. Tendo basicamente duas posições. A primeira posição vai firmar que o diagnóstico psiquiátrico não tem valor algum, pois cada pessoa tem seu modo singular de ser, cada pessoa vive uma realidade única, daí esse diagnóstico serve apenas para rotular essas pessoas. A segunda posição vai defender que o diagnostico psiquiátrico vai ter o mesmo valor que o diagnóstico de outras especialidades médicas, é tão importante quanto, defendendo claramente que é imprescindível considerar os aspectos pessoais, singulares de cada indivíduo, o seu modo de ser diferenciado, com o cuidado de não rotular.

Certo! Veja:

“Discute-se muito sobre o valor e os limites do diagnóstico psiquiátrico. Pode-se identificar, inclusive, duas posições extremas. A primeira afirma que o diagnóstico em psiquiatria não tem valor algum, pois cada pessoa é uma realidade única e inclassificável. O diagnóstico psiquiátrico apenas serviria para rotular as pessoas diferentes, excêntricas, permitindo e legitimando o poder médico, o controle social sobre o indivíduo desadaptado ou questionador. Essa crítica é particularmente válida nos regimes políticos totalitários, quando se utilizou o diagnóstico psiquiátrico para punir e excluir pessoas dissidentes ou opositoras ao regime. A segunda, em defesa do diagnóstico psiquiátrico, sustenta que o valor e o lugar do diagnóstico em psiquiatria são absolutamente semelhantes ao valor e ao lugar do diagnóstico nas outras especialidades médicas. O diagnóstico, nessa visão, é o elemento principal e mais importante da prática psiquiátrica.”

 

2. Do ponto de vista clínico e específico da psicopatologia o processo diagnóstico em psiquiatria segue os princípios gerais das ciências médicas, mas, no entanto, tem seus aspectos particulares, e um dos aspectos particulares do diagnóstico psicopatológico é de que ele sempre vai ser baseado nos dados clínicos, sem que os mesmos sejam determinantes, porém estão dentro do quadro de fatores que vão servir para o diagnóstico mais próximo possível da eficácia.

Veja o que Dalgalarrondo diz:

“Do ponto de vista clínico e específico da psicopatologia, embora o processo diagnóstico em psiquiatria siga os princípios gerais das ciências médicas, há certamente alguns aspectos particulares que devem ser aqui apresentados:

1. O diagnóstico de um transtorno psiquiátrico é quase sempre baseado preponderantemente nos dados clínicos. É importante ressaltar, entretanto, que os exames complementares (semiotécnica armada) não substituem o essencial do diagnóstico psicopatológico: uma história bem-colhida e um exame psíquico minucioso, ambos interpretados com habilidade.

2. O diagnóstico psicopatológico, com exceção dos quadros psicoorgânicos (delirium, demências, síndromes focais, etc.), não é, de modo geral, baseado em possíveis mecanismos etiológicos supostos pelo entrevistador.

3. De modo geral, não existem sinais ou sintomas psicopatológicos totalmente específicos de determinado transtorno mental.”

 

A banca considerou essa afirmativa como correta, entretanto, ela diz que sempre é baseado em dados clínicos, enquanto o autor afirma que quase sempre é baseado preponderantemente em dados clínicos.

Assim, a banca considerou Letra A, 1 e 2 estão corretas,

Mas acredito ser Letra B, apenas 1, o melhor gabarito.

 

Referência

Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais – 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.

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