Sobre os princípios gerais do diagnóstico psicopatológico, Dalgalarrondo (2008) afirma que:
- A) Geralmente existem sinais ou sintomas psicopatológicos totalmente específicos de determinado transtorno mental.
- B) O diagnóstico psicopatológico, de modo geral, é baseado em possíveis mecanismos etiológicos supostos pelo entrevistador.
- C) O padrão evolutivo de determinado quadro clínico não modifica o diagnóstico.
- D) Os dados clínicos quase sempre são a base preponderante do diagnóstico de um transtorno psiquiátrico.
Resposta:
A alternativa correta é letra D) Os dados clínicos quase sempre são a base preponderante do diagnóstico de um transtorno psiquiátrico.
Gabarito: Letra D
Sobre os princípios gerais do diagnóstico psicopatológico, Dalgalarrondo (2008) afirma que:
a) Geralmente existem sinais ou sintomas psicopatológicos totalmente específicos de determinado transtorno mental.
Errado. Pra grande maioria dos transtornos psicológicos não existem sinais específicos.
“De modo geral, não existem sinais ou sintomas psicopatológicos totalmente específicos de determinado transtorno mental. Além disso, não há sintomas patognomônicos em psiquiatria, como afirma Emil Kraepelin [1913] (1996):”
b) O diagnóstico psicopatológico, de modo geral, é baseado em possíveis mecanismos etiológicos supostos pelo entrevistador.
Errado. O diagnóstico também não é baseado em mecanismos etiológicos.
“O diagnóstico psicopatológico, com exceção dos quadros psicoorgânicos (delirium, demências, síndromes focais, etc.), não é, de modo geral, baseado em possíveis mecanismos etiológicos supostos pelo entrevistador. Baseiase principalmente no perfil de sinais e sintomas apresentados pelo paciente na história da doença e no momento da entrevista.”
c) O padrão evolutivo de determinado quadro clínico não modifica o diagnóstico.
Errado. O padrão evolutivo pode, sim, modificar o diagnóstico.
“O diagnóstico psicopatológico é, em inúmeros casos, apenas possível com a observação do curso da doença. Dessa forma, o padrão evolutivo de determinado quadro clínico obriga o psicopatólogo a repensar e refazer continuamente o seu diagnóstico. Uma das funções do diagnóstico em medicina é prever e prognosticar a evolução e o desfecho da doença (o diagnóstico deve indicar o prognóstico). Porém, às vezes, isso se inverte no contexto da psiquiatria. Não é incomum que o prognóstico, a evolução do caso, obrigue o clínico a reformular o seu diagnóstico inicial”
d) Os dados clínicos quase sempre são a base preponderante do diagnóstico de um transtorno psiquiátrico.
Certo!
“O diagnóstico de um transtorno psiquiátrico é quase sempre baseado preponderantemente nos dados clínicos. Dosagens laboratoriais, exames de neuroimagem estrutural (tomografia, ressonância magnética, etc.) e funcional (SPECT, PET, mapeamento por EEG, etc.), testes psicológicos ou neuropsicológicos auxiliam de forma muito importante, principalmente para o diagnóstico diferencial entre um transtorno psiquiátrico primário (esquizofrenia, depressão primária, etc.) e uma doença neurológica (encefalites, tumores, doenças vasculares, etc.) ou sistêmica. É importante ressaltar, entretanto, que os exames complementares (semiotécnica armada) não substituem o essencial do diagnóstico psicopatológico: uma história bem-colhida e um exame psíquico minucioso, ambos interpretados com habilidade”
Nosso gabarito é Letra D
Fonte: Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais [recurso eletrônico] / Paulo Dalgalarrondo. – 3. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019
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