Teresa pediu a interdição judicial de seu marido Carlos, por prodigalidade, alegando que ele passara a dissipar os bens do casal, fazendo gastos supérfluos que ultrapassavam suas possibilidades econômicas, organizando noitadas com os amigos, pagando jantares e distribuindo gordas gorjetas para os garçons. O conceito de prodigalidade é jurídico e não psiquiátrico, embora transtornos mentais possam ser responsáveis pelo comportamento pródigo.
O comportamento pródigo descrito no exemplo pode se manifestar como um dos sintomas de estados:
- A) eufóricos, próprios dos episódios de mania do transtorno bipolar do humor;
- B) ansiosos, próprios do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade;
- C) delirantes e alucinatórios, próprios do Transtorno Equizoafetivo Misto;
- D) impulsivos, próprios do Transtorno de Personalidade Narcisista;
- E) confusionais, típicos do abuso de substâncias entorpecentes.
Resposta:
A alternativa correta é letra A) eufóricos, próprios dos episódios de mania do transtorno bipolar do humor;
Segundo Ballone (2005),
Taborda (2004) explica que o conceito de prodigalidade é jurídico e não psiquiátrico, embora transtornos mentais possam ser responsáveis pelo comportamento pródigo, o qual será, então, um sintoma.
Pela descrição do que pretende a justiça com o termo "prodigalidade", a psicopatologia satisfaz esse conceito, principalmente, com a sintomatologia dos estados eufóricos, próprios dos Episódios de Mania do Transtorno Bipolar do Humor, portanto, concordando com Taborda, a prodigalidade seria sim um sintoma psíquico e não uma doença em si.
Com base no trecho acima, podemos dizer que está correto o que se afirma na ALTERNATIVA A.
As demais opções citam estados que fogem do contexto apresentado pelo enunciado. A única que poderia deixar dúvida é a ALTERNATIVA D, que fala em estados impulsivos, no entanto, a impulsividade não necessariamente está relacionada com o narcisismo. Logo, podemos descartá-las.
Fonte: Ballone GJ - Perícia Psiquiátrica Forense - in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br, revisto em 2005.
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