Para Piaget, o juízo moral, assim como o desenvolvimento, é permeado por fases distintas e diretamente ligado ao modo pelo qual o sujeito relaciona-se com as outras pessoas. Na heteronomia, que vai dos 6 até 10/11 anos de idade, a criança internaliza as regras, toma consciência delas, pois já pode separar físico de psíquico. A isso, Piaget denomina realismo moral. Assinale a alternativa que apresenta exemplo de realismo moral.
Para Piaget, o juízo moral, assim como o desenvolvimento, é permeado por fases distintas e diretamente ligado ao modo pelo qual o sujeito relaciona-se com as outras pessoas. Na heteronomia, que vai dos 6 até 10/11 anos de idade, a criança internaliza as regras, toma consciência delas, pois já pode separar físico de psíquico. A isso, Piaget denomina realismo moral. Assinale a alternativa que apresenta exemplo de realismo moral.
- A)A reciprocidade, pois a noção de justiça supera a fase do estrito igualitarismo para basear-se na equidade. Os castigos convertem-se, assim, em algo motivado, não necessário e recíproco.
- B)A criança não segue regras coletivas. Quando se depara com crianças dessa idade, percebe-se o que se chama de monólogo coletivo, pois estas estão na fase de egocentrismo.
- C)A criança passa a tomar decisões por si mesma, analisando e compreendendo as regras de cunho universal.
- D)A criança prefere brincadeiras individuais, analisa as regras de cunho universal e passa a segui-las, tomando decisões por si mesma, sem o referendo dos pais.
- E)A consideração da responsabilidade centrando-se unicamente nas consequências materiais da ação, sem levar em conta a intenção que move a ação nem as circunstâncias que a rodeiam.
Resposta:
A alternativa correta é E)
Agora que já sabemos que a alternativa E apresenta um exemplo de realismo moral, vamos entender melhor o que isso significa. No realismo moral, a criança considera que a responsabilidade pelas ações é determinada pelas consequências materiais dessas ações, e não pela intenção ou circunstâncias que as rodeiam. Isso significa que, se uma ação resultar em consequências negativas, a criança considerará que a ação foi errada, independentemente de ter sido feita com boa intenção ou não.
Um exemplo disso pode ser quando uma criança quebra um brinquedo de um amigo. No realismo moral, a criança se concentrará no fato de que o brinquedo está quebrado e que isso causou dor ao amigo, e não na intenção que a criança teve ao brincar com o brinquedo. Isso não significa que a criança não se preocupe com as consequências de suas ações, mas sim que ela ainda não entende que a intenção e as circunstâncias também são importantes para julgar a moralidade de uma ação.
É importante notar que o realismo moral é uma fase do desenvolvimento moral da criança, e que ela irá evoluir para uma compreensão mais complexa da moralidade à medida que cresce. Na próxima fase, a autonomia, a criança começará a considerar a intenção e as circunstâncias que rodeiam uma ação, e não apenas as consequências materiais.
Além disso, é fundamental lembrar que o desenvolvimento moral da criança é influenciado por sua interação com as outras pessoas. A forma como os pais, educadores e outros adultos se relacionam com a criança e a ensinam sobre a moralidade pode ter um impacto significativo em sua compreensão da moralidade.
Portanto, é importante que os adultos que se relacionam com a criança sejam modelos de comportamento moral saudável, e que ensinem a criança a considerar as consequências de suas ações, bem como a intenção e as circunstâncias que as rodeiam. Dessa forma, a criança terá uma compreensão mais completa da moralidade e estará mais preparada para tomar decisões morais complexas à medida que cresce.
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