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A psicologia clínica estuda distúrbios mentais, seus sintomas, causas, tratamentos e intervenções psíquicas por meios de várias abordagens psicoterápicas. A abordagem psicoterápica observada na charge é:

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Resposta:

A alternativa correta é letra B) Gestalt Terapia.

  

Base teórica para a compreensão da questão

 

A charge ou ilustração apresentada pela questão mostra a percepção do indivíduo com base em uma experiência aqui-agora. Esse tipo de perspectiva é pertinente a Gestalt-terapia, ramificação atrelada a abordagem fenomenológica em psicologia. A fim de entender como funciona a Gestalt-terapia, sobre sua fundação e proposta terapêutica, peço ao aluno que acompanhe os recortes textuais a seguir, atentando-se para os grifos em azul:

 
  • A abordagem fenomenológica se ramifica em humanista (“Terapia centrada na pessoa” ) e  existencial (“Gestalt-terapia”). Carl Rogers (1902-1987) é o fundador da Abordagem Centrada na Pessoa.  Em psicologia a abordagem de Rogers é identificada como a primeira linha epistêmica a considerar a saúde mental como principal questão da Psicologia, separando-se de outras perspectivas clinicas que resumiam os problemas humanos a distúrbios advindos da neurose básica. Por outro lado, Frederick Perls, considerado o fundador da Gestalt-Terapia, propunha a compreensão do organismo como um todo, expandindo as fronteiras do manejo terapêutico, com ênfase em uma compreensão plena do ser.
 
  • Frederick Perls, fundador da Gestalt-Terapia, foi bastante influenciado pela proposta de Kurt Goldstein, que compreendia o organismo como um todo. Além de Goldstein outro teórico que influenciou a perspectiva de Perls foi Husserl. A ideia de campo fenomenal, por exemplo, também chamada as vezes de campo da experiência, é uma ideia aplicada a Gestalt-terapia por Perls, mas herdada de Husserl. O campo fenomenal, em síntese, corresponde a percepção personalíssima do indivíduo a respeito do mundo que lhe cerca.
 
  • Complementando o entendimento do assunto acerca da Gestalt-Terapia, Alvim (2014, p. 28-29) ressalta que a proposta desta abordagem seria:
 

“...restabelecer o continuum de awareness, ou seja, o fluxo temporal da existência da experiência aqui-agora. Tendo na perspectiva de campo o princípio básico, o trabalho terapêutico não pode prescindir de retomar, no campo da psicoterapia, uma implicação na relação que parta do corpo, da experiência e de um saber não reflexivo”

OBS: “Awareness” basicamente corresponde a uma consciência qualitativa e plena.

   

 

Análise das alternativas

 

a)  Psicoterapia humanista.

INCORRETA. Conforme mencionado no tópico explicativo supracitado, a abordagem fenomenológica se ramifica em humanista (“Terapia centrada na pessoa” ) e  existencial (“Gestalt-terapia”). Carl Rogers (1902-1987) é o fundador da Abordagem Centrada na Pessoa. 

 

b)  Gestalt Terapia.

CORRETA. A alternativa designa corretamente a abordagem a qual refere-se a ilustração trazida pela questão, portanto, opção CERTA.

 

c)  Psicanálise.

INCORRETA. Freud é o fundador da Psicanálise na psicologia. Dentre algumas das principais concepções freudiana podemos mencionar o “Inconsciente” que corresponderia a um “lugar psíquico” com conteúdos e mecanismos específicos. O psicanalista, geralmente, tem por objetivo, explicitar o funcionamento psíquico do paciente, utilizando para isto da análise dos mecanismos defensivos, ou do conteúdo latente, isto é, fantasias e desejos inconscientes, com base no material trazido à sessão por meio de livre associação.

   

d)  Terapia Cognitiva e Comportamental.

INCORRETA. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) possui entre seus principais contribuintes a figura de Aaron Beck. Na década de 1960 Beck criou e comandou o Centro de Terapia Cognitiva da Universidade da Pensilvânia. Na década de 1990, Aaron Beck afastou-se do Centro de Terapia, fundando com sua filha Judith Beck o Beck Institute. São considerados dois grandes contribuidores em termos da Abordagem Cognitivo Comportamental. Aaron Beck é o idealizador das Escalas Beck, incluindo a Escala de Ansiedade de Beck (BAI) e a Escala de Depressão de Beck (BDI).

 

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Fonte consultada:

ALVIM, M. B. Transtorno bipolar, temporalidade e conexão com o outro. In: FRAZÃO, L. M.; FUKUMITSU, K. O. (orgs.). Quadros clínicos disfuncionais e Gestalt-terapia. São Paulo: Summus, 2017. p. 45-74.

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