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Questões Sobre Teorias e Técnicas Psicoterápicas - Psicologia - concurso

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161) O psicanalista que, a partir de raízes kleinianas, trouxe categórica contribuição para o entendimento da concepção e da significação das lideranças. Além disso, fundamentou a postulação de que o líder é um emergente do grupo, logo a liderança de um grupo pode ser entendida como aparição de um sintoma e não o seu pretexto. Destarte, descreveu três tipos de inconscientes de supostos básicos grupais: dependência, luta e fuga e acasalamento (ou pairing). Descreveu-se o trabalho de:

  • A) Bion.
  • B) Alcaraz.
  • C) Foulkes.
  • D) Yalom.
  • E) Lewin.

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A alternativa correta é letra A) Bion.

 

O psicanalista que, a partir de raízes kleinianas, trouxe categórica contribuição para o entendimento da concepção e da significação das lideranças. Além disso, fundamentou a postulação de que o líder é um emergente do grupo, logo a liderança de um grupo pode ser entendida como aparição de um sintoma e não o seu pretexto. Destarte, descreveu três tipos de inconscientes de supostos básicos grupais: dependência, luta e fuga e acasalamento (ou pairing). Descreveu-se o trabalho de:

 

A questão está baseada no seguinte texto:

 

"Bion, emérito psicanalista britânico e pensador original, partindo de suas raízes kleinianas, trouxe uma decisiva contribuição para a compreensão da formação e da significação das lideranças. Uma primeira observação que pode ser extraída de seus estudos é a de que qualquer grupo tem uma necessidade implícita de que sempre haja uma liderança. Dessa forma, as experiências que ele fez com grupos sem líderes formais, mostrou que, em pouco tempo, inconscientemente, formavam-se as inevitáveis lideranças.

(...)

Seguindo a este critério de abordagem, pode-se entender a formação de líderes a partir da conceituação de "Supostos básicos", de Bion. Como sabemos, esse autor descreveu três tipos de inconscientes supostos básicos.

 

O primeiro é o de "Dependência", pelo qual o grupo 0 se reúne à espera de ser sustentado por um líder de quem depende para a sua alimentação material, espiritual e proteção: e neste caso, o ideal é um lider de natureza carismática.

 

O segundo tipo de suposto básico é o de "Luta e Fuga", em que o grupo está reunido para lutar contra algo ou dele fugir: 0 seu líder terá características paranóide-caudilhescas.

 

O terceiro tipo é o de "Acasalamento" (pairing, no original) ao qual deve ser dada uma conceituação mais ampla do que o sugerido pela tradução do nome, já que ele independe do sexo dos participantes e do número destes. Este suposto básico refere-se fundamentalmente às demonstrações de "esperança" do grupo. Habitualmente, ele é verbalizado sob a forma de idéias de que acontecimentos futuros (casamento, nascimento de filhos, entrada de novos pacientes, etc.) salvarão a todos das incapacidades neuróticas. O lider ideal dessa esperança utópica vindoura é alguém possuidor de características messiânicas."

 

Fonte: "Fundamentos Básicos das Grupoterapias" (Zimerman)

 

Com isso, encontramos a resposta na Letra A.


a)  Bion.
b)  Alcaraz.
c)  Foulkes.
d)  Yalom.
e)  Lewin.

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162) Na obra “Psicossomática Hoje” (2010), Otelo Corrêa dos Santos Filho, um dos colaboradores do livro, cita o critério de seleção estabelecido para a admissão de pacientes em psicoterapia no “Ambulatório do Serviço de Medicina Psicossomática do Hospital Central do IASERJ”, e acrescenta que tal ambulatório não estava ligado nem a um serviço de psiquiatria, nem a um setor de psicoterapia. Assinale a opção correta que apresenta esse critério de seleção.

  • A) Institucional.
  • B) Sintomático.
  • C) Diagnóstico estrutural.
  • D) Diagnóstico nosológico.
  • E) De grau de complexidade.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) Sintomático.

 

Na obra "Psicossomática Hoje" (2010), Otelo Corrêa dos Santos Filho, um dos colaboradores do livro, cita o critério de seleção estabelecido para a admissão de pacientes em psicoterapia no "Ambulatório do Serviço de Medicina Psicossomática do Hospital Central do IASERJ", e acrescenta que tal ambulatório não estava ligado nem a um serviço de psiquiatria, nem a um setor de psicoterapia. Assinale a opção correta que apresenta esse critério de seleção.

 

A questão está baseada no seguinte texto:

 

"Sobre a seleção de pacientes

 

Tentamos, nos últimos sete anos, estabelecer critérios de seleção para a admissão de pacientes em psicoterapia em um ambulatório que não está ligado nem a um serviço de psiquiatria, nem a um setor de psicoterapia. Corremos em várias direções teóricas em nossas reuniões de discussão de casos clínicos (semanais), buscando encontrar um amparo que justificasse este ou aquele critério de seleção. Ao cabo de muita busca, definimos o critério sintomático como o melhor, em oposição a um critério diagnóstico (estrutural, nosológico) muito mais complexo, difícil e frequentemente equivocado."

 

Fonte: "Psicossomática Hoje" (Filho et al.)

 

Com isso, encontramos a resposta na Letra B.


a)  Institucional.
b)  Sintomático.
c)  Diagnóstico estrutural.
d)  Diagnóstico nosológico.
e)  De grau de complexidade.

163) A obra “Psicossomática Hoje” (201 O) descreve uma ação que reúne, na mesma cena, profissionais de diferentes categorias, o paciente e, se necessário, a família deste. Tal ação, criada pelo professor Julie Mello Filho, é feita a partir da solicitação de um dos profissionais para complementar e/ou elucidar aspectos da situação de cuidado em andamento que fujam ao entendimento do solicitante ao traçar uma conduta terapêutica. Assinale a opção que apresenta a ação descrita acima.

  • A) A visita domiciliar.
  • B) A consulta-conjunta.
  • C) A discussão de caso.
  • D) O pedido de parecer.
  • E) A visita ao leito.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra B) A consulta-conjunta.

 

A obra "Psicossomática Hoje" (201 O) descreve uma ação que reúne, na mesma cena, profissionais de diferentes categorias, o paciente e, se necessário, a família deste. Tal ação, criada pelo professor Julie Mello Filho, é feita a partir da solicitação de um dos profissionais para complementar e/ou elucidar aspectos da situação de cuidado em andamento que fujam ao entendimento do solicitante ao traçar uma conduta terapêutica. Assinale a opção que apresenta a ação descrita acima.

 

A questão está baseada no seguinte texto:

 

"BREVE HISTÓRICO


A Interconsulta é uma ação de saúde interprofissional e interdisciplinar que tem o objetivo integrar e promover a troca de saberes de diferentes atores que atuam nos serviços de saúde, visando ao aprimoramento da tarefa assistencial. Faz-se por meio de pedido de parecer, discussão de caso e consulta-conjunta.

 

A consulta-conjunta, como o nome indica, reúne, na mesma cena, profissionais de diferentes categorias, o paciente e, se necessário, a família deste. A ação se faz a partir da solicitação de um dos profissionais para complementar e/ou elucidar aspectos da situação de cuidado em andamento que fujam ao entendimento do solicitante ao traçar uma conduta terapêutica. Este capítulo focalizará a parceria entre o médico (solicitante) e o profissional psi (psicólogo, psiquiatra solicitado), junto ao paciente."

 

Fonte: "Psicossomática Hoje" (Filho et al.)

 

Com isso, encontramos a resposta na Letra B.


a)  A visita domiciliar.
b)  A consulta-conjunta.
c)  A discussão de caso.
d)  O pedido de parecer.
e)  A visita ao leito.

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164) Zimerman, em “Fundamentos básicos das grupoterapias” (2000), discorre sobre um importante tema presente nas terapias em grupo, a saber, o fenômeno de transferência no campo grupal. Com base nas considerações do autor sobre o assunto, assinale a opção correta.

  • A) Uma das razões de a transferência grupal assumir características diferentes das que se processam no tratamento individual relaciona-se à maior dificuldade de os integrantes do grupo regredirem a níveis distópicos de personalidade.
  • B) Um movimento transferencial no campo grupal está muito longe de representar que esteja havendo a instalação de uma neurose de transferência, embora seja legítimo afirmar, inclusive no grupo analítico, que toda manifestação de transferência deva ser trabalhada.
  • C) Quando um grupo funciona com coterapeuta, é comum acontecer de os próprios terapeutas vivenciarem emoções transferenciais reciprocas entre si.
  • D) É incomum que um grupo iniciante se dissocie em dois subgrupos, uma vez que todos os sentimentos transferenciaís se relacionam à dependência.
  • E) Sentimentos transferenciais no campo grupal remetem sempre a experiências emocionais com pessoas do passado.

FAZER COMENTÁRIO

A alternativa correta é letra C) Quando um grupo funciona com coterapeuta, é comum acontecer de os próprios terapeutas vivenciarem emoções transferenciais reciprocas entre si.

 

Zimerman, em "Fundamentos básicos das grupoterapias" (2000), discorre sobre um importante tema presente nas terapias em grupo, a saber, o fenômeno de transferência no campo grupal. Com base nas considerações do autor sobre o assunto, assinale a opção correta.

 

A questão está baseada no seguinte texto:

 

"TRANSFERÊNCIA NOS GRUPOS

 

Em qualquer campo grupal, seja terapêutico ou não, é inevitável que surjam manifestações transferenciais.


Nas grupoterapias, manifestam-se em quatro níveis: 1) de cada indivíduo em relação à figura central do grupoterapeuta (transferência parental); 2) do grupo como uma totalidade em relação a essa figura central (transferência grupal); 3) de cada indivíduo em relação a outro(s) determinado(s) indivíduo(s) (transferência fraternal); 4) de cada indivíduo em relação ao grupo como uma entidade abstrata (transferência de pertencência).

(...)

As manifestações transferenciais nas grupoterapias analíticas variam com o momento evolutivo do grupo. Dessa forma, no início de qualquer grupo surgem as transferências cruzadas que expressam as necessidades de amor e de dependência, ao mesmo tempo em que conservam uma natureza paranóide. Neste caso, é comum o que o grupo fique dissociado em dois subgrupos: um que transfere os sentimentos de dependência, os quais se expressam através de mensagens de um e futuro muito esperançoso de propostas que visam a uma vinculação de natureza parasitário-simbiótica; e outro que se encarrega da transferência de sentimentos opostos, os quais se manifestam através de uma descrença e desesperança, assim como pelo temor paranóide de todos em virem a ser enganados, explorados, rechaçados e castigados.

(...)

Por outro lado, é útil destacarmos que a transferência grupal assume características algo diferentes do que se processa no tratamento individual.

 

Isso se deve a duas razões: uma é a de que a transferência no campo grupal procede de uma combinação de várias fontes; é mais impactuante e, conforme enfatiza Bion (1963), os participantes de um grupo têm mais facilidade para regredir a níveis psicóticos da personalidade.

 

Uma modalidade transferencial, que é exclusiva da terapia grupal, é aquela que R. Kaës denomina como intertransferência, a qual alude ao fato de que, quando o grupo funciona com mais de um grupoterapeuta, ou seja, numa forma bastante comum de co-terapia, costuma instalar-se não somente uma dissociação transferencial que os pacientes fazem, transferindo determinados aspectos para um deles e outros para o(a) outro(a), mas também costuma acontecer que os próprios terapeutas vivenciam emoções transferenciais recíprocas entre si.

 

Fonte: "Fundamentos básicos das grupoterapias" (Zimerman)

 

Com isso, encontramos a resposta na Letra C.


a)  Uma das razões de a transferência grupal assumir características diferentes das que se processam no tratamento individual relaciona-se à maior dificuldade de os integrantes do grupo regredirem a níveis distópicos de personalidade.
 

b)  Um movimento transferencial no campo grupal está muito longe de representar que esteja havendo a instalação de uma neurose de transferência, embora seja legítimo afirmar, inclusive no grupo analítico, que toda manifestação de transferência deva ser trabalhada.


c)  Quando um grupo funciona com coterapeuta, é comum acontecer de os próprios terapeutas vivenciarem emoções transferenciais reciprocas entre si.


d)  É incomum que um grupo iniciante se dissocie em dois subgrupos, uma vez que todos os sentimentos transferenciaís se relacionam à dependência.


e)  Sentimentos transferenciais no campo grupal remetem sempre a experiências emocionais com pessoas do passado.

165) De acordo com Castro (apud LEMGRUBER, 2000), um determinado ponto na Psicoterapia de Regulação de Ansiedade é muito marcante. Ocorre bem no meio da segunda fase de reestruturações, quando, vencida a maior barreira imposta pelas defesas, faz-se a passagem da experimentação para a de expressão dos afetos, condição necessária para introduzir a terceira fase de reestruturações. Essa descrição trata de qual ponto?

  • A) Ponto Central (PC).
  • B) Primeiro Ponto de Virada (PV I).
  • C) Segundo Ponto de Virada (PV II).
  • D) Cena-pinça (P I).
  • E) Fim do Ato I.

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A alternativa correta é letra A) Ponto Central (PC).

Na Psicoterapia de Regulação de Ansiedade, o Ponto Central (PC) é um momento significativo que ocorre na segunda fase de reestruturações. Este ponto é caracterizado pela superação das principais resistências defensivas do paciente, permitindo a transição da fase de experimentação para a expressão dos afetos. Essa expressão emocional é crucial para desencadear a terceira fase de reestruturações, onde ocorre uma maior integração e entendimento dos aspectos emocionais, contribuindo para o progresso terapêutico.

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166) O estudo e o desenvolvimento das técnicas psicoterápicas como tratamento das questões e dificuldades emocionais e dos transtornos mentais possibilitaram a descrição e a delimitação dos papéis do terapeuta e paciente, bem como a relação terapêutica estabelecida. Tento em vista os aspectos comuns e específicos das diversas abordagens psicoterápicas, entender essas características e fases referentes ao início, ao curso e ao término da psicoterapia é fundamental para o processo terapêutico. Sobre as fases de um processo terapêutico, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

(    ) No término da psicoterapia, encontrar obstáculos relacionados à aliança terapêutica pode impedir de realizar um trabalho adequado uma vez que a contratransferência, por exemplo, prejudica a análise do que é apresentado pelo paciente.

(    ) No término de uma psicoterapia, trabalhar o risco de determinados comportamentos agressivos não é incomum, uma vez que pode ser uma etapa marcada por atitudes regressivas ou até mesmo resistentes no momento da separação por parte de alguns pacientes com certa dependência.

(    ) No curso da psicoterapia, após o estabelecimento de uma aliança entre o profissional e o paciente, fazer o contrato terapêutico é fundamental para o processo de adesão ao tratamento além de ser uma forma de sinalizar aspectos da personalidade e padrão de relacionamento que está sendo estabelecido com o terapeuta.

(    ) No início da psicoterapia, é realizada uma orientação referente ao processo e ao uso de psicofármacos conforme a necessidade identificada pelo psicoterapeuta, pois, dependendo da especificidade do caso, realizar o encaminhamento para um profissional habilitado pode contribuir para a adequação de um tratamento mais eficaz.

(    ) No início da psicoterapia, a motivação e a adesão são questões muitas vezes complicadas e críticas que necessitam de uma psicoeducação disposta de explicações ao paciente sobre os diversos mecanismos que envolvem a origem e a manutenção dos sintomas ou transtorno apresentado de forma simples e objetiva para um melhor entendimento.

A sequência está correta em

  • A) F, V, F, V, V.
  • B) V, F, V, F, V.
  • C) F, V, F, V, F.
  • D) V, F, V, F, F.

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A alternativa correta é letra A) F, V, F, V, V.

Explicação:

  1. Falso: No término da psicoterapia, embora possam surgir obstáculos relacionados à aliança terapêutica, a contratransferência é um fenômeno que deve ser gerenciado pelo terapeuta para não prejudicar a análise do que é apresentado pelo paciente.
  2. Verdadeiro: No término de uma psicoterapia, é possível trabalhar o risco de comportamentos agressivos, pois pode ser uma fase marcada por atitudes regressivas ou resistentes, especialmente em pacientes com dependência.
  3. Falso: O contrato terapêutico é estabelecido no início da psicoterapia, não no curso, e serve para definir os termos do tratamento, incluindo objetivos e duração.
  4. Verdadeiro: No início da psicoterapia, é importante realizar uma orientação sobre o processo e, se necessário, sobre o uso de psicofármacos, podendo incluir o encaminhamento para outros profissionais para um tratamento mais eficaz.
  5. Verdadeiro: A motivação e a adesão são críticas no início da psicoterapia e requerem psicoeducação para ajudar o paciente a entender os mecanismos dos sintomas ou transtornos.

167) As psicoterapias foram questionadas no passado e, atualmente, são amplamente aceitas devido à eficácia em tratamentos de uma grande variedade de condições psicológicas e psiquiátricas. Estudos buscam cada vez mais identificar a forma como as mudanças acontecem e quais os fatores envolvidos nesse processo. Sabe-se que existem fatores comuns conceituados a todas as psicoterapias e os agentes de mudanças que favorecem o processo. Com base nesses fatores comuns de mudanças em psicoterapia, assinale a afirmativa que NÃO configura um deles.

  • A) Fatores do paciente estão relacionados à capacidade que eles possuem para obter mudanças através da psicoterapia e aqueles que apresentam algum tipo de sofrimento psíquico necessário para motivá-lo em busca de tratamento e a capacidade de criar vínculo e aliança com o profissional.
  • B) Fatores familiares são norteadores de um processo de mudança e estão descritos na literatura como motivadores externos e recursos essenciais para a associação de eventos da vida mental, percepção e análise de situações que possibilitam maior reflexão do paciente frente suas questões.
  • C) Fatores do terapeuta como empatia, calor humano e autenticidade incluem um dos ingredientes importantes para uma mudança terapêutica e o resultado da psicoterapia capaz de colocar em prática determinado método de tratamento com habilidade e experiência profissional para a formulação de uma aliança colaborativa.
  • D) Fatores decorrentes da relação terapeuta-paciente são essenciais para abranger mudanças independente da técnica psicoterápica utilizada. Essa relação confirma sua influência nos processos e resultados psicoterápicos, uma vez que é da natureza humana a necessidade de se vincular a seus semelhantes e, de alguma forma, poder compartilhar sua vida, e o terapeuta deve possuir características pessoais que facilitem esses vínculos.

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A alternativa correta é letra B) Fatores familiares são norteadores de um processo de mudança e estão descritos na literatura como motivadores externos e recursos essenciais para a associação de eventos da vida mental, percepção e análise de situações que possibilitam maior reflexão do paciente frente suas questões.

Gabarito: Letra B

Com base nesses fatores comuns de mudanças em psicoterapia, assinale a afirmativa que NÃO configura um deles.
a)  Fatores do paciente estão relacionados à capacidade que eles possuem para obter mudanças através da psicoterapia e aqueles que apresentam algum tipo de sofrimento psíquico necessário para motivá-lo em busca de tratamento e a capacidade de criar vínculo e aliança com o profissional.

Certo! Sobre os fatores do paciente, relembre:

“Há certo consenso de que o paciente que irá aproveitar ou que irá fazer mudanças em psicoterapia é caracterizado por um sofrimento psíquico suficiente para motivá-lo ao tratamento e pela capacidade de estabelecer um vínculo e uma aliança de trabalho com o terapeuta. O sofrimento psíquico é um dos principais fatores do paciente que está relacionado com os resultados em psicoterapia. É necessário que o paciente apresente algum grau de sofrimento psíquico que cause um prejuízo no seu funcionamento. No entanto, um elevado grau de sofrimento é diretamente associado com a intensidade da psicopatologia, o que pode comprometer a aliança terapêutica (Lambert; Ogles, 2004). Pacientes com diagnóstico de psicose e de transtorno da personalidade borderline apresentam capacidade limitada de lidar com estresses agudos, toleram pouco a confrontação de defesas e apresentam alto risco de tentativa de suicídio em situações de estresse agudo (Lambert; Ogles, 2004). A motivação pode ser caracterizada pelo desejo e pela disposição consciente de fazer mudanças na vida, mediante a solução efetiva de problemas. O paciente motivado apresenta claramente um determinado grau de sofrimento psíquico e/ou de desconforto com as desadaptações que o transtorno lhe acarreta. Busca espontaneamente o tratamento, e não por imposição dos familiares ou recomendações dos amigos, ou, ainda, de outros profissionais de saúde, reconhecendo a sua responsabilidade, e não só a do terapeuta, no desfecho da psicoterapia. A capacidade de estabelecer um vínculo e uma aliança de trabalho com o terapeuta é um outro fator relacionado ao paciente que é fundamental para o bom andamento de uma psicoterapia. A relação que irá se estabelecer ao longo de uma terapia é determinada pelas características pessoais de seus participantes, sendo-lhes exigidas certas condições para que ela seja de boa qualidade. Do paciente, exige-se que tenha interesse em falar com a outra pessoa, em ser ouvido, valorizado e compreendido (Jackson, 1992).”


b)  Fatores familiares são norteadores de um processo de mudança e estão descritos na literatura como motivadores externos e recursos essenciais para a associação de eventos da vida mental, percepção e análise de situações que possibilitam maior reflexão do paciente frente suas questões.
Errado. Fatores familiares não são fatores comuns às psicoterapias.

 

c)  Fatores do terapeuta como empatia, calor humano e autenticidade incluem um dos ingredientes importantes para uma mudança terapêutica e o resultado da psicoterapia capaz de colocar em prática determinado método de tratamento com habilidade e experiência profissional para a formulação de uma aliança colaborativa.

Certo! Sobre os fatores do terapeuta, relembre:

“A empatia pode ser definida como o entendimento do ponto de vista do paciente e a sua visão de mundo. A empatia pode ser expressa de muitas maneiras, como, por exemplo, repetindo o que o paciente disse em palavras diferentes, acrescentando, assim, significado ou profundidade, ou formulando perguntas. Uma metanálise baseada em 47 estudos, que totalizavam 3.026 pacientes, verificou que o tamanho de efeito relacionado à empatia superava os tamanhos de efeito médio dos estudos relacionados à aliança terapêutica (Bohart et al., 2002). O calor humano envolve a atitude de aceitação, respeito, afirmação, apoio, compaixão, carinho e elogios por parte do terapeuta. A autenticidade envolveria tanto uma autoconsciência por parte do terapeuta quanto uma disposição para compartilhar esta consciência. Os conceitos relacionados à autenticidade incluem a coerência, a transparência e a sinceridade, os quais permitem que o paciente exponha suas idéias e sentimentos. A proposta de Rogers (1957) recebeu o apoio de autores que sofreram sua influência (Truax, 1967; Frank, 1971; Hoehn-Saric, 1977; Strupp, 1975). Tal proposta foi reforçada pela dificuldade das pesquisas em encontrarem diferenças quanto aos resultados alcançados por diferentes métodos psicoterapêuticos e pela comprovação de que terapeutas “leigos”, com boa capacidade de relacionamento e empatia, podiam obter resultados semelhantes aos terapeutas mais experientes quando procuravam auxiliar outras pessoas em dificuldades, valendo-se apenas de suas capacidades pessoais e da própria intuição.”


d)  Fatores decorrentes da relação terapeuta-paciente são essenciais para abranger mudanças independente da técnica psicoterápica utilizada. Essa relação confirma sua influência nos processos e resultados psicoterápicos, uma vez que é da natureza humana a necessidade de se vincular a seus semelhantes e, de alguma forma, poder compartilhar sua vida, e o terapeuta deve possuir características pessoais que facilitem esses vínculos.

Certo! Sobre esses fatores, relembre:

“A escola psicanalítica desenvolveu o conceito de aliança terapêutica, referindo-se à colaboração e à aliança que devem ocorrer para o bom desenvolvimento da terapia. Para as psicoterapias de orientação psicanalítica, a observação dos aspectos transferenciais na relação terapêutica é a principal fonte de informações sobre padrões de relacionamento do paciente, na medida em que se repetem com o terapeuta padrões primitivos de relações de objeto. A interpretação sistemática de tais deslocamentos possibilitaria a sua modificação. Zetzel (1956), autora que reintroduziu o conceito de aliança terapêutica, afirmou que no trabalho analítico ocorre uma divisão no ego do paciente. É essa divisão que permite que a parte madura observadora do ego identifique-se com o terapeuta na tarefa de modificar defesas patogênicas mobilizadas contra os impulsos. A psicoterapia dependeria do estabelecimento de uma profunda aliança terapêutica, para a qual é necessário que o paciente tenha previamente um certo grau de maturidade de ego. Posteriormente, Greenson (1965) propôs uma conceituação mais restrita de aliança terapêutica. Separou na relação terapêutica a transferência, a aliança de trabalho e a relação real entre o terapeuta e o paciente. Segundo esse autor, a aliança é a relação racional, e não-neurótica, do paciente com o seu terapeuta. Os elementos básicos da aliança são o desejo racional e consciente, por parte do paciente, de cooperar e sua capacidade de seguir as instruções e as compreensões do terapeuta. Embora as definições de aliança terapêutica tenham origem na psicanálise, ela está presente também em outras abordagens psicoterapêuticas. Recentemente, houve uma valorização do estudo da aliança terapêutica por outros modelos de terapia, como a cognitivocomportamental. Embora os terapeutas cognitivo-comportamentais não se detenham na relação terapêutica, ressaltam a importância dessa relação no processo psicoterápico. O modelo proposto por Beck (1997) enfatiza um estilo colaborativo (empiricismo colaborativo), que inclui empatia e calor humano, além da solicitação freqüente de feedbacks por parte do terapeuta, e da realização de pequenos sumários destacando os pontos mais importantes, o que contribui para a construção de um bom vínculo terapêutico, o qual possibilitaria as mudanças. É fundamental a ênfase no estudo da natureza das interações entre paciente e terapeuta. Luborsky (1976) propôs a distinção dos tipos de aliança de trabalho em “tipo I” e “tipo II”. A aliança de trabalho do tipo I é àquela onde predomina por parte do paciente a crença de que é o terapeuta que irá ajudá-lo e apoiá-lo, cabendo ao paciente receber passivamente essa ajuda. Já na aliança de trabalho do tipo II, predomina a crença por parte do paciente de que ambos estão trabalhando juntos, em um esforço contínuo, sendo ambos responsáveis pela resolução dos problemas. Segundo esse autor, a aliança de trabalho do tipo I é mais importante nas fases iniciais da terapia, ao passo que a do tipo II é mais importante nas fases finais da terapia. Segundo Bordin (1979), a relação terapêutica deve ser composta por três elementos: um acordo sobre os objetivos terapêuticos, um acordo quanto às tarefas e assuntos a serem analisados e um vínculo emocional entre o paciente e o terapeuta”

 

Nosso gabarito é Letra B

Fonte: Psicoterapias : abordagens atuais [recurso eletrônico] / Aristides Volpato Cordioli (organizador) – 4. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed

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168) Pedro tem 5 anos e seus pais agendaram uma consulta psicológica pois referem estar esgotados e com dificuldade de lidar com o comportamento agressivo do filho nos últimos meses. O psicólogo os recebe e inicia o processo da entrevista psicológica que é considerada o principal recurso disposto pelo terapeuta para realizar uma avaliação mais eficaz e coletar o maior número de informações necessárias para diagnóstico e terapia adequados. Na prática da entrevista psicológica aplicada com os pais, devem ocorrer investigações como:

I. Informações acerca de como foi o processo de desmame da criança.

II. Os vínculos estabelecidos com animais de estimação e a vizinhança.

III. Situações traumáticas no contexto familiar, perdas e questões clínicas.

IV. Identificar como ocorreu o processo de controle esfincteriano da criança.

V. Alimentos que a criança mais gosta e tem hábito de consumir frequentemente.

Está correto o que se afirma apenas em

  • A) I e II.
  • B) III e V.
  • C) I, III e IV.
  • D) II, IV e V.

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A alternativa correta é letra C) I, III e IV.

Gabarito: Letra C

 

Certo! É fundamental, na entrevista com os pais, coletar informações sobre os marcos do desenvolvimento da criança.

 

Errado. É importante entender os vínculos estabelecidos em geral, não especificamente com vizinhos.

 

 Certo! Essas situações devem ser exploradas.

 

  Certo! Esse é outro marco do desenvolvimento importante.

 

Errado. Essa informação não é de grande relevância para a avaliação.

 

Nosso gabarito é Letra C

169) Analise as afirmativas abaixo sobre bioética nas psicoterapias, identificando-as com (V) ou (F) conforme sejam verdadeiras ou falsas.

(   ) As psicoterapias são um tratamento que pressupõe grande intimidade e exposição dos indivíduos, a partir de uma relação de confiança e, por tal motivo, se tornam um campo no qual as relações bioéticas são fundamentais.

(   .) Os aspectos bioéticos relacionados às psicoterapias são parte integrante do processo psicoterapêutico e precisam ser pensados cotidianamente.

(   ) Apesar do termo bioética remeter à esfera biológica da ética, no campo das psicoterapias não existe a noção ecológica, pois foca em uma perspectiva individual, e não no conjunto da natureza.

(   ) A noção de responsabilidade das ações humanas ainda não trouxe uma expansão sobre a discussão de direitos e deveres, sendo associada apenas aos seres humanos contemporâneos e geograficamente próximos

A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:

  • A) F, V, F, F.
  • B) F, V, V, V.
  • C) V, V, F, F.
  • D) V, V, F, V.
  • E) V, V, V, F.

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A alternativa correta é letra C) V, V, F, F.

Gabarito: Letra C

Analise as afirmativas abaixo sobre bioética nas psicoterapias, identificando-as com (V) ou (F) conforme sejam verdadeiras ou falsas.

 

(V) As psicoterapias são um tratamento que pressupõe grande intimidade e exposição dos indivíduos, a partir de uma relação de confiança e, por tal motivo, se tornam um campo no qual as relações bioéticas são fundamentais.

Verdadeiro!

 “Por se tratar de um tratamento que pressupõe grande intimidade e exposição, com base em uma relação de confiança com importantes componentes afetivos, as psicoterapias tornam-se um campo no qual as reflexões bioéticas são fundamentais. Nesse relacionamento com características especiais que se estabelece entre pacientes e terapeutas está a força das psicoterapias, bem como sua fraqueza. 16 São muitos os fatores envolvidos, desde as características pessoais de pacientes e terapeutas, as teorias e técnicas utilizadas, o contexto no qual ocorre o processo, suas vicissitudes e, por fim, as consequências positivas ou negativas para além do processo psicoterápico.”

 

(V) Os aspectos bioéticos relacionados às psicoterapias são parte integrante do processo psicoterapêutico e precisam ser pensados cotidianamente.

Verdadeiro!

Os aspectos bioéticos relacionados às psicoterapias precisam ser pensados cotidianamente como parte integrante do processo psicoterapêutico. O modelo geral de psicoterapias, 17-19 para o estudo e as pesquisas em psicoterapias, fornece uma perspectiva “panorâmica” do processo psicoterápico independentemente de linhas teóricas e técnicas (Fig. 10.1). Os componentes envolvidos são separados em fatores determinantes (input), fatores do processo terapêutico e, por m, as consequências (output). 

 

F) Apesar do termo bioética remeter à esfera biológica da ética, no campo das psicoterapias não existe a noção ecológica, pois foca em uma perspectiva individual, e não no conjunto da natureza.

 Falso. A noção ecológica também deve estar presente no campo das psicoterapias.

 

(F) A noção de responsabilidade das ações humanas ainda não trouxe uma expansão sobre a discussão de direitos e deveres, sendo associada apenas aos seres humanos contemporâneos e geograficamente próximos

  Falso. A noção de responsabilidade inclui todos os seres, mesmo os ainda inexistentes.

“A noção de responsabilidade das ações humanas deixou de ser associada apenas aos deveres entre seres humanos contemporâneos e geograficamente próximos. Houve expansão da discussão sobre direitos e deveres que inclui todos os seres vivos, mesmo os ainda não existentes. A noção ecológica, presente nos referenciais da bioética, leva em conta as consequências diretas e indiretas das ações, não apenas de uma perspectiva individual, mas no conjunto da natureza”

 

Nosso gabarito é Letra C

Fonte: Psicoterapias : abordagens atuais [recurso eletrônico] / Aristides Volpato Cordioli (organizador) – 4. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed

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170) Considerando os estudos acerca da Psicoterapia de Grupo, assinale a alternativa CORRETA.

  • A) Em grupo de longa duração, o ambiente grupal impossibilita o surgimento da psicopatologia individual, ou seja, não pode ser identificada e nem corrigida.
  • B) Situações ocorridas fora do grupo não podem ser trabalhadas no grupo.
  • C) No grupo o psicanalista trabalha de maneira diferente à da psicanálise individual.
  • D) De forma geral, as técnicas utilizada nos grupos são muito restritas.
  • E) Os pacientes são estimulados a serem espontâneos na comunicação de seus pensamentos e sentimentos, especialmente em relação aos outros membros.

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A alternativa correta é letra E) Os pacientes são estimulados a serem espontâneos na comunicação de seus pensamentos e sentimentos, especialmente em relação aos outros membros.

Gabarito: Letra E

Considerando os estudos acerca da Psicoterapia de Grupo, assinale a alternativa CORRETA.
a)  Em grupo de longa duração, o ambiente grupal impossibilita o surgimento da psicopatologia individual, ou seja, não pode ser identificada e nem corrigida.

Errado. A terapia grupal não imuniza o indivíduo da psicopatologia, nem blinda esta de possíveis identificações e correções, pelo grupo ou por outras abordagens individuais.


b)  Situações ocorridas fora do grupo não podem ser trabalhadas no grupo.

Errado. Os temas que podem ser ou não trabalhados no grupo são definidos em cada grupo.


c)  No grupo o psicanalista trabalha de maneira diferente à da psicanálise individual.

Errado. A abordagem é a mesma.


d)  De forma geral, as técnicas utilizadas nos grupos são muito restritas.

Errado. Existem diversas técnicas, muito variadas, possíveis de serem utilizadas em grupos.


e)  Os pacientes são estimulados a serem espontâneos na comunicação de seus pensamentos e sentimentos, especialmente em relação aos outros membros.

Certo! Esse tipo de comunicação é muito importante para a evolução do grupo.

 

Nosso gabarito é Letra E

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