São alguns agentes de mudanças mais comuns em nas diversas psicoterapias:
- A) Aliança de trabalho; Insight e Psicoeducação.
- B) Elaboração; Psicoeducação e Observação.
- C) Psicoeducação; Reestruturação Cognitiva e Insight.
- D) Questionamento socrático; Reestruturação Cognitiva e Observação.
Resposta:
A alternativa correta é letra C) Psicoeducação; Reestruturação Cognitiva e Insight.
Gabarito Letra C
São alguns agentes de mudanças mais comuns em nas diversas psicoterapias:
a) Aliança de trabalho; Insight e Psicoeducação.
b) Elaboração; Psicoeducação e Observação.
c) Psicoeducação; Reestruturação Cognitiva e Insight.
d) Questionamento socrático; Reestruturação Cognitiva e Observação.
São fatores de mudança de natureza cognitiva comuns nas psicoterapias a psicoeducação, a reestruturação cognitiva e o insight:
“Fatores de natureza cognitiva: psicoeducação, reestruturação cognitiva e insight Há, de um modo geral, um consenso de que em todas as psicoterapias ocorre uma maior ou menor ampliação das habilidades cognitivas do paciente pela aquisição e integração de novas percepções, pela correção de interpretações distorcidas ou errôneas sobre si mesmo e sobre a realidade à sua volta e pelo aumento do autoconhecimento e da capacidade do paciente de ser introspectivo, que o capacitam a identificar os diferentes fenômenos mentais (pensamentos, emoções, impulsos, lembranças) e a estabelecer ligações entre eles (insight).(...)
Psicoeducação Tem por objetivo aumentar o conhecimento do paciente sobre o transtorno de que é portador, sobre os sintomas e mecanismos envolvidos em sua origem e perpetuação, sobre a prevenção de recaídas, assim como sobre os recursos dos quais pode dispor para lidar com os déficits resultantes da doença, próprios ou existentes na comunidade, ou com os efeitos colaterais dos medicamentos. O segundo objetivo é familiarizar o paciente com o modelo de terapia, com os mecanismos e estratégias utilizadas para remover os sintomas, e com a forma pela qual pode se dar essa remoção. Eventualmente, é uma estratégia essencial e indispensável para a prevenção de recaídas (transtornos bipolares, TDAH, transtornos de ansiedade, drogadição, entre outros). É realizada mediante explanações do próprio terapeuta (gráficos, desenhos), leituras, consultas à internet, folhetos, etc., destinadas ao paciente ou aos seus familiares. A psicoeducação é um tipo de intervenção muito valorizado por diversas modalidades terapêuticas, como a terapia cognitiva, a terapia comportamental, a terapia interpessoal, os grupos de auto-ajuda, as terapias de apoio, etc.
Reestruturação cognitiva As terapias cognitivo-comportamentais utilizam a correção de distorções cognitivas como forma de modificar o comportamento e as emoções, em um processo chamado de reestruturação cognitiva. Espera-se que ao longo da terapia ocorram dois tipos de mudanças: nos pensamentos automáticos e nas crenças subjacentes (crenças intermediárias ou crenças nucleares). Pensamentos automáticos são idéias prontamente disponíveis sobre um acontecimento ou situação, cujo conteúdo pode ser realístico ou distorcido. Neste último caso, geralmente são disfuncionais (catastróficas, negativas), pois geram emoções perturbadoras e comportamentos desadaptados, como a esquiva fóbica, destinados a neutralizá-los. Crenças subjacentes, também denominadas de crenças nucleares ou esquemas cognitivos, são estruturas cognitivas organizadas ao longo da vida, desde a infância, no convívio familiar e social, formando um corpo coeso de afirmativas (crenças nucleares), suposições ou regras (crenças intermediárias) a respeito de si próprio, da realidade à sua volta ou sobre o seu futuro, que guiam as percepções da realidade e a tomada de decisões, norteando as atitudes, decisões e comportamentos da pessoa. Nem sempre são percebidas pelo indivíduo e com muita freqüência são as responsáveis por emoções e comportamentos desadaptativos. Modificá-las é a estratégia utilizada para remover os sintomas. A reestruturação cognitiva é atingida por meio de um conjunto de intervenções específicas.
Insight O termo insight é utilizado em um sentido mais superficial para designar o grau de consciência e de entendimento que o paciente tem em relação ao fato de estar doente. Quando existe esta consciência e ele é incapaz de utilizá-la para mudar o curso de sua doença, ou lidar com os seus sintomas, chama-se de insight intelectual. Considera-se insight verdadeiro (ou emocional) quando o paciente adquire consciência, pela intuição, de suas motivações e sentimentos mais profundos, muitas vezes inconscientes, e tal conhecimento tem como conseqüência mudanças em aspectos de sua personalidade e em padrões de comportamento. Representa uma nova forma de perceber a natureza mais profunda das coisas, fazendo com que formas usuais de pensar ou de sentir, bem como fatos do passado e emoções associadas, assumam novos significados e tenham como conseqüência mudanças de atitudes e de comportamentos e novas soluções para os problemas. Representa, portanto, uma ampliação do autoconhecimento e da capacidade de observação e uma aproximação maior da verdade sobre si mesmo, pelo aumento da capacidade de perceber as conexões entre emoções e comportamentos do presente e emoções e atitudes do passado, particularmente com pessoas significativas de sua vida”
Importante observar que a questão é mal elaborada. A aliança de trabalho também é um fator de mudança comum entre as psicoterapias, mas não está na mesma "classificação", por assim dizer.
Nosso gabarito é Letra C.
Referência
CORDIOLI, Aristides Volpato. Psicoterapias: Abordagens atuais. Porto Alegre: Artmed, 2008.
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