Uma oficina terapêutica, na qual o moderador utiliza os conceitos dos Grupos Operativos, visa ao desenvolvimento a partir da interação e da vivência. Assinale a alternativa que NÃO apresenta um papel presente nesse grupo.
- A) Porta-voz.
- B) Sabotador.
- C) Juiz.
- D) Líder.
- E) Bode expiatório.
Resposta:
A alternativa correta é letra C) Juiz.
Gabarito: Letra C
Uma oficina terapêutica, na qual o moderador utiliza os conceitos dos Grupos Operativos, visa ao desenvolvimento a partir da interação e da vivência. Assinale a alternativa que NÃO apresenta um papel presente nesse grupo.
a) Porta-voz.
b) Sabotador.
c) Juiz.
d) Líder.
e) Bode expiatório.
Porta-voz, sabotador, líder e bode expiatório são papeis dentro do grupo. Não é um papel descrito pela teoria, entretanto, o de juiz. Vamos relembrar os papéis mencionados:
“A experiência clínica comprova que, ao longo da evolução de um grupo, os papéis que mais comumente costumam ser adjudicados e assumidos pelos seus membros costumam ser os seguintes:
1) Bode expiatório. Neste caso, toda a "maldade” do grupo fica depositada em um indivíduo que, se tiver uma tendência prévia, servirá como depositário, até vir a ser expulso, o que, aliás, é comum. Nesses casos, o grupo sairá em busca de um novo bode... Decorre dai a enorme importância de que o grupoterapeuta reconheça e saiba manejar tais situações. Outras vezes, o grupo modela um bode expiatório sob a forma de um “bobo da corte” que diverte a todos e que, por isso mesmo, ao contrário de uma expulsão, o grupo faz questão de conservá-lo. A teoria sistêmica denomina o membro de uma família que assume esse papel de "paciente identificado”. Por outro lado, no contexto da macrossociologia, a condição de bode expiatório se manifesta nas minorias raciais, religiosas, políticas, etc.
2) Porta-voz. Cabe ao portador deste papel mostrar mais manifestamente aquilo que o restante do grupo pode estar, latentemente, pensando ou sentindo. No entanto, essa comunicação do porta-voz não é feita somente através da voz (reivindicações, protestos, verbalização de emoções, etc.), mas também através da linguagem extraverbal das dramatizações, silêncios, actings, etc. Uma forma muito comum de porta-voz è a função do indivíduo contestador. Nesses casos, é imprescindível que o grupoterapeuta (da mesma forma que os pais, numa família) saiba discriminar quando a contestação é, sistematicamente, de ordem obstrutiva ou quando ela representa ser necessária, corajosa e construtiva.
6) Sabotador. Conforme este nome indica, o paciente que desempenha o papel de sabotador, através de inúmeros recursos resistenciais, procura obstaculizar o andamento exitoso da tarefa grupai. Em geral, o papel é assumido pelo indivíduo que seja portador de uma excessiva inveja e defesas narcisisticas.
8) Líder. Nas grupoterapias, o papel de líder surge em dois planos. Um é o que, naturalmente, foi designado ao grupoterapeuta. O outro é o que surge, espontaneamente, entre os membros do grupo. Neste caso, a liderança adquire matizes muito diferenciadas, desde os lideres construtivos que exercem o importante papel de integradores e de construtores do espirit de corps, até os líderes negativos, nos quais prevalece um excessivo narcisismo destrutivo.”
Nosso gabarito é Letra C
Referência
ZIMERMAN, David E. Fundamentos básicos das grupoterapias. 2.ed. Porto Alegre : Artmed, 2000. 244p.
Deixe um comentário