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Várias abordagens psicológicas usam conceitos e concepções oriundos da fenomenologia. Essa tradição filosófica

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Resposta:

A alternativa correta é letra E) se orienta para a realidade da consciência, para os objetos enquanto intencionados pela consciência e que nela se manifestam.

 

Várias abordagens psicológicas usam conceitos e concepções oriundos da fenomenologia. Essa tradição filosófica

 

A questão está baseada no seguinte texto:

 

"A Fenomenologia não se orienta pelos fatos, mas pela realidade da consciência, para os objetos

enquanto intencionados pela consciência e na consciência, esta que é alcançada por uma intuição, antes de todo juízo: as essências ideais ou fenômenos. A essência é o conceito universal que se verifica, invariavelmente, em indivíduos distintos. Ou seja, quando o sujeito entra em relação com o objeto, realiza o processo de redução até alcançar as essências – ou vivências. Esse ato de pensamento do sujeito (o cogito cartesiano) não pode estar separado do objeto pensado (cogitatum), pois todo estado de consciência visa a algo. Por conseguinte, as vivências denominam-se intencionais, e são imanentes à consciência. Em outras palavras, todas as realidades deveriam ser tratadas por nós como “fenômenos puros”; e para obtermos certezas, deveríamos reduzir o mundo exterior aos limites de nossa consciência – uma “redução fenomenológica” prega, portanto, a exclusão de tudo aquilo que não seja imanente à consciência, ao “sujeito transcendental”.

(...)

O método fenomenológico (eidético descritivo) propõe-se, portanto, a funcionar como uma crítica do conhecimento e a descrever as estruturas essenciais da experiência “universal”, estruturando uma base para todo o conhecimento. Suas três fases seriam a Intuição, a Redução e a Ideação. A primeira diz do ato de consciência pelo qual o fenômeno está presente na consciência, ou seja, a intuição atua no imediatamente dado. Todavia, a Fenomenologia estende o conceito de experiência além dos limites do empírico, pois seu objeto é a intuição das essências. Na Redução, isola-se o objeto de tudo aquilo que não lhe é próprio, isto é, separam-se as essências da realidade empírica: suspende-se, pois, o juízo sobre o mundo. Trata-se da célebre expressão husserliana “pôr entre parênteses” – a realização da epo- ché fenomenológica – o mundo em geral (tanto o empírico quanto o ideal), sem que este seja, contudo, suprimido. Essa operação redutora consiste em “dispensar uma cultura, uma história”, e isso eleva todo o saber a um “não saber” radical. Em outras palavras, desune-se o fato, que serve de objeto, de toda a realidade exterior, restando o conteúdo da consciência: o objeto intencional, o sentido intencional do ato de consciência e a essência intencional. O ato pelo qual conhecemos a essência universal a que pertence o objeto existente, o ato de significação desse objeto – enim, a intuição eidética – chama-se Ideação.

 

Fonte: "Da ideia à experiência da Música" (Nogueira)

 

Com isso, encontramos a alternativa que melhor representa a fenomenologia na Letra E.


a)  considera a dimensão biológica como pouco relevante para se compreender o ser humano, entendido como espécie essencialmente relacional e social.


b)  considera as operações psíquicas como funções cognitivas que constituem a consciência.


c)  entende que a historicidade é parte fundamental do ser humano, mas as circunstâncias específicas em que cada pessoa vive são irrelevantes.


d)  compreende a afetividade no nível das reações fisiológicas associadas à sobrevivência, à semelhança do que ocorre com os animais.


e)  se orienta para a realidade da consciência, para os objetos enquanto intencionados pela consciência e que nela se manifestam.

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