Os ruminantes possuem um sistema digestivo peculiar, com características próprias bem definidas, o que lhes permite aproveitar os nutrientes contidos em alimentos fibrosos. O que difere os ruminantes dos demais animais é o fato de serem poligástricos, ou seja, possuem quatro estômagos, chamados rúmen, retículo, omaso e abomaso O rúmen funciona como uma câmara de fermentação, sendo necessário manter um ambiente favorável à população microbiana. Sobre estas condições e suas possíveis alterações, podemos afirmar:

O sistema digestivo dos ruminantes apresenta particularidades anatômicas e fisiológicas que permitem a digestão eficiente de alimentos fibrosos. A presença de quatro compartimentos gástricos - rúmen, retículo, omaso e abomaso - caracteriza esses animais como poligástricos, sendo o rúmen o principal local de fermentação microbiana. Esse ambiente ruminal mantém condições específicas para o desenvolvimento da população microbiana, essencial para o processo digestivo.

Entre as alternativas apresentadas sobre as condições ruminais, a opção C) destaca-se como correta, pois demonstra compreensão da relação entre dieta e ecologia microbiana no rúmen. Quando a alimentação é rica em amido, ocorre de fato uma redução na população de protozoários ruminais. Esse fenômeno ocorre porque o amido favorece o crescimento de bactérias produtoras de ácido lático, acidificando o ambiente e tornando-o menos favorável para os protozoários.

As demais alternativas apresentam informações incorretas sobre a fisiologia ruminal: a pressão osmótica mantém-se relativamente estável (não é bastante variável); o pH normal varia entre 5,5-7,0 (não 7,5-8); a concentração de oxigênio no rúmen é baixa (não elevada); e a temperatura ruminal ideal situa-se entre 38-42°C (não 35-36°C). Portanto, a alternativa C) é a única que apresenta uma afirmação precisa sobre as condições e dinâmica da população microbiana no rúmen.