Questões Sobre Anatomia e Fisiologia Veterinária - Veterinária - concurso

O estudo da anatomia veterinária, especialmente no que diz respeito à dentição de cães e equinos, é fundamental para profissionais da área. O item em questão afirma que a constituição dentária dos cães varia conforme o sexo do animal, enquanto nos equinos ela seria invariável entre machos e fêmeas. Essa afirmação está incorreta, conforme indicado pelo gabarito E) ERRADO.

Em relação aos cães, a dentição não apresenta diferenças significativas entre machos e fêmeas. Ambos os sexos possuem a mesma quantidade de dentes decíduos (28) e permanentes (42), com estruturas semelhantes. Portanto, a afirmação de que a constituição dentária varia conforme o sexo é equivocada.

Já nos equinos, há uma diferença marcante na dentição entre machos e fêmeas. Os machos geralmente apresentam caninos, que são ausentes ou muito reduzidos nas fêmeas. Além disso, os garanhões podem desenvolver dentes de lobo, uma característica menos comum em éguas. Essas diferenças comprovam que a dentição equina não é invariável entre os sexos, contrariando a afirmação do item.

Dessa forma, o gabarito E) ERRADO está correto, pois tanto a afirmação sobre a dentição canina quanto a equina estão incorretas. A anatomia dentária desses animais apresenta particularidades que devem ser analisadas com precisão, evitando generalizações equivocadas.

O estudo da anatomia veterinária, especialmente em espécies como cães e equinos, revela particularidades importantes que variam conforme características individuais, incluindo a raça. Um aspecto relevante nesse contexto é a variação no número de vértebras caudais, que compõem a cauda desses animais.

Nos caninos, a quantidade de vértebras caudais não é fixa e pode apresentar diferenças significativas entre raças. Por exemplo, raças como o Pastor Alemão ou o Doberman possuem caudas mais longas e, consequentemente, um maior número de vértebras, enquanto raças como o Bulldog Inglês podem apresentar um número reduzido devido à conformação naturalmente curta de sua cauda.

Da mesma forma, nos equinos, a variação no número de vértebras caudais também está presente. Raças como o Puro Sangue Inglês, conhecido por sua cauda mais longa e elegante, tendem a ter um maior número dessas vértebras em comparação com raças como o Quarto de Milha, que podem apresentar uma estrutura caudal mais compacta.

Portanto, a afirmação de que o número de vértebras caudais pode variar conforme a raça do animal, tanto em caninos quanto em equinos, está correta. Essa variabilidade é um reflexo da diversidade anatômica presente nessas espécies, influenciada por fatores genéticos e adaptativos ao longo da evolução e da seleção artificial promovida pelo homem.

O estudo da anatomia veterinária em pequenos animais requer uma compreensão precisa das nomenclaturas utilizadas para descrever as regiões anatômicas. A alternativa que apresenta uma relação incorreta entre essas nomenclaturas e as regiões correspondentes é a letra A.

Na opção A, a descrição da nomenclatura "Dorsal" está equivocada, pois essa terminologia refere-se à região superior ou parte de cima da cabeça, pescoço e tronco, e não à região "abaixo" dessas estruturas, como afirma o item. O termo "ventral" seria o correto para descrever a parte inferior dessas regiões anatômicas.

As demais alternativas apresentam relações corretas: a opção B descreve adequadamente a direção "Caudal" (em direção à cauda); a opção C define corretamente "Proximal" (próximo à origem de uma estrutura); e a opção D caracteriza com precisão o termo "Rostral" (direção em relação às narinas).

Este tipo de conhecimento é fundamental para profissionais da área veterinária, pois garante uma comunicação precisa durante exames, procedimentos e descrições anatômicas, evitando erros de interpretação que poderiam comprometer o atendimento aos animais.

A anatomia do crânio canino é composta por diversas estruturas que desempenham funções essenciais, como proteção do encéfalo, sustentação e conexão com outras partes do corpo. Entre as opções apresentadas, a alternativa C) Atlas é a que não faz parte da anatomia craniana, pois se refere à primeira vértebra cervical, responsável pela articulação com o crânio, mas não integra o próprio crânio.

As demais opções são componentes do crânio canino: A) Bula timpânica (estrutura óssea relacionada à audição), B) Articulação temporomandibular (conexão entre o osso temporal e a mandíbula) e D) Seio frontal (cavidade pneumática no osso frontal). Portanto, o gabarito correto é C) Atlas, por não pertencer à estrutura craniana.

No que diz respeito à fisiologia dos vertebrados, é importante analisar criticamente as informações sobre os excretas nitrogenados. O texto afirma que "a amônia, oriunda do metabolismo proteico, é a principal excreta nitrogenada dos mamíferos, anfíbios e elasmobrânquios", o que está incorreto, conforme indicado pelo gabarito (E) ERRADO.

A amônia é de fato um produto tóxico do metabolismo proteico, mas sua eliminação varia entre os diferentes grupos de vertebrados. Nos elasmobrânquios (tubarões e raias), a principal excreta nitrogenada é a ureia, que é menos tóxica e pode ser acumulada no organismo para auxiliar na osmorregulação. Já nos mamíferos, o principal excreta nitrogenado é a ureia, eliminada através da urina. Os anfíbios adultos excretam predominantemente ureia, enquanto as larvas (girinos) excretam amônia.

Portanto, a afirmação original está errada por generalizar incorretamente a amônia como principal excreta para esses três grupos. Apenas os girinos de anfíbios e alguns peixes ósseos excretam principalmente amônia, enquanto os grupos mencionados possuem outros mecanismos predominantes de excreção nitrogenada.

No que diz respeito à fisiologia dos vertebrados, especificamente sobre os mamíferos ruminantes, é importante compreender os processos digestivos que ocorrem em seu sistema gastrointestinal. Um dos aspectos mais relevantes é a fermentação que acontece no rúmen, uma das câmaras do estômago desses animais.

Durante a digestão, os ruminantes decompõem a celulose e outros componentes vegetais por meio da ação de microrganismos presentes no rúmen. Esse processo de fermentação anaeróbica produz diversos subprodutos, entre os quais se destacam o dióxido de carbono (CO₂) e o metano (CH₄). Esses gases são liberados principalmente por meio da eructação (arroto), uma vez que sua acumulação poderia causar distensão abdominal e outros problemas digestivos.

Portanto, a afirmação de que "Dióxido de carbono e metano são compostos liberados por mamíferos ruminantes devido à fermentação que ocorre em seu rúmen" está correta. Esses gases são resultados naturais do metabolismo microbiano no trato digestivo dos ruminantes e desempenham um papel significativo no ciclo do carbono e até mesmo nas discussões sobre emissões de gases de efeito estufa.

No que diz respeito à fisiologia dos vertebrados, a formação de agrupamentos é, de fato, uma estratégia eficaz utilizada por certos animais para manter a temperatura corporal em ambientes frios. Um exemplo clássico são os pinguins, que se reúnem em grandes colônias para conservar calor, especialmente em regiões polares onde as condições climáticas são extremamente adversas.

Esse comportamento, conhecido como "aglomeração térmica", permite que os animais reduzam a perda de calor corporal ao minimizar a superfície exposta ao ambiente externo. No caso dos pinguins, eles se aglomeram de forma organizada, revezando-se entre as posições mais internas (mais quentes) e as externas (mais frias), garantindo que todos tenham acesso ao calor gerado pelo grupo.

Portanto, a afirmação de que a formação de agrupamentos é uma estratégia empregada por animais como os pinguins para se manterem aquecidos está correta, conforme indicado pelo gabarito (C).

No que diz respeito à fisiologia dos vertebrados, o olho desempenha um papel fundamental na interação com o ambiente. No entanto, sua função está relacionada à percepção luminosa, e não à percepção química, como afirma o item em questão.

O olho é um órgão complexo, composto por estruturas como a córnea, a íris, o cristalino e a retina, que trabalham em conjunto para captar e processar estímulos luminosos. Esses estímulos são transformados em impulsos nervosos e interpretados pelo cérebro, permitindo a visão. A percepção química, por outro lado, é realizada por outros órgãos sensoriais, como o nariz (olfato) e a língua (paladar).

Portanto, a afirmação de que o olho é responsável pela percepção química do ambiente está incorreta. O gabarito correto é E) ERRADO, pois o olho está associado à visão, um sentido físico, e não à detecção de substâncias químicas.

O pericárdio é uma estrutura anatômica essencial para a proteção e funcionamento adequado do coração. Trata-se de um saco fibrosseroso composto por duas camadas principais: o pericárdio fibroso, mais externo e resistente, e o pericárdio seroso, interno e dividido em camadas parietal e visceral. Sua principal função é envolver o coração e as raízes dos grandes vasos, como a aorta e a veia cava, proporcionando suporte mecânico e reduzindo o atrito durante os batimentos cardíacos.

No entanto, a afirmação de que o pericárdio "apresenta formato arredondado ou oval em condições normais" está incorreta. Embora ele envolva o coração e parte dos grandes vasos, sua forma não é rigidamente arredondada ou oval, mas sim adaptada à anatomia dinâmica do coração e dos vasos adjacentes. Além disso, o pericárdio não envolve completamente todos os grandes vasos conectados ao coração, pois estruturas como as veias pulmonares e parte da aorta torácica não estão totalmente revestidas por ele.

Portanto, a alternativa correta é E) ERRADO, já que a descrição fornecida no enunciado não corresponde integralmente às características anatômicas e funcionais do pericárdio.

Ainda em relação à anatomia dos mamíferos, julgue o item que se segue.

Os anexos da pele são modificações da epiderme e compreendem pelos, cascos, unhas e chifres.

• C) CERTO
• E) ERRADO

O gabarito correto é C) CERTO.