Em um sistema de produção de frangos de corte, para o recebimento dos pintos deve-se assegurar que o aviário esteja limpo e sem a presença de aves por pelo menos 10 dias. Os pintos devem ser colocados no círculo de proteção ou área para o alojamento e o aquecimento deve ser iniciado pelo menos 3 horas antes da chegada dos pintos. As exigências de temperatura para que as aves encontrem conforto ambiental para seu crescimento adequado são:
- A)1ª semana a 37ºC, 2ª semana à 35ºC, 3ª semana a 33ºC, 4ª semana a 31ºC.
- B)1ª semana a 37ºC, 2ª semana a 33ºC, 3ª semana a 29ºC, 4ª semana a 25ºC.
- C)1ª semana a 30ºC, 2ª semana a 29ºC, 3ª semana a 27ºC, 4ª semana a 24ºC.
- D)1ª semana a 37ºC, 2ª semana a 32ºC, 3ª semana a 30ºC, 4ª semana a temperatura ambiente.
- E)1ª semana a 30ºC, 2ª semana a 29ºC, 3ª semana a 28ºC, 4ª semana a temperatura ambiente.
Resposta:
A alternativa correta é C)
No contexto da avicultura moderna, o manejo térmico adequado durante a fase inicial de criação de frangos de corte representa um dos pilares fundamentais para garantir o desenvolvimento saudável das aves e a eficiência produtiva do sistema. Embora o texto fornecido apresente diversas opções de protocolos de temperatura, a alternativa correta – 1ª semana a 30°C, 2ª semana a 29°C, 3ª semana a 27°C e 4ª semana a 24°C – reflete as práticas mais alinhadas com o bem-estar animal e a fisiologia avícola contemporânea.
O controle preciso da temperatura no alojamento é crucial porque os pintainhos, especialmente nas primeiras semanas de vida, possuem termorregulação limitada e são extremamente sensíveis a variações térmicas. Temperaturas excessivamente elevadas, como as sugeridas em algumas alternativas (37°C na primeira semana, por exemplo), podem induzir estresse por calor, reduzir o consumo de ração e comprometer o desenvolvimento imunológico. Por outro lado, ambientes muito frios aumentam o gasto energético para manutenção da homeotermia, prejudicando a conversão alimentar.
A progressão decrescente de temperaturas proposta na opção C – partindo de 30°C na primeira semana até 24°C na quarta – permite uma adaptação gradual do metabolismo das aves, acompanhando seu desenvolvimento fisiológico e a crescente cobertura de penas. Essa abordagem minimiza oscilações bruscas, previne a aglomeração (que pode levar à asfixia ou à propagação de doenças) e favorece a uniformidade do lote. Adicionalmente, ao final da quarta semana, as aves já devem apresentar plena capacidade de termorregulação, preparando-as para fases subsequentes com menor dependência de aquecimento artificial.
Vale ressaltar que, embora o protocolo térmico seja essencial, ele deve ser integrado a outros fatores de manejo, como ventilação, umidade relativa do ar, qualidade da cama e densidade populacional. A observação do comportamento das aves – se estão distribuídas uniformemente, se apresentam vocalização tranquila ou se buscam fontes de calor excessivamente – continua sendo a ferramenta mais valiosa para ajustes finos no ambiente, complementando as diretrizes numéricas estabelecidas.
Deixe um comentário