Questões Sobre Biossegurança em Veterinária - Veterinária - concurso

Com relação à biossegurança em laboratórios, o item apresentado está incorreto. O biotério de experimentação de nível de biossegurança animal 2 (NBA-2) é destinado ao trabalho com agentes que representam risco moderado para o pessoal e para o ambiente, sendo geralmente patógenos nativos, não exóticos. Além disso, o risco de transmissão por aerossóis não é considerado elevado nesse nível de contenção, pois os procedimentos são realizados em cabines de segurança biológica ou com equipamentos de proteção adequados para minimizar essa via de transmissão.

Portanto, a afirmação de que se trata de um biotério onde os patógenos são nativos ou exóticos e onde o risco de transmissão por aerossóis é elevado não corresponde às diretrizes estabelecidas para o NBA-2.

• E) ERRADO

Com relação à biossegurança em laboratórios, julgue o item subsequente.

Os biotérios são classificados em quatro tipos quanto a níveis de biossegurança animal, sendo denominados de NBA1, NBA2, NBA3 e NBA4.

• C) CERTO
• E) ERRADO

O gabarito correto é C).

O estabelecimento que fabrica vacinas víricas, bacterianas e soros para uso veterinário deve ter:

• A)Instalações unificadas para fabricação desses produtos, com ventilação adequada.
• B)Instalações separadas para a fabricação de cada um
• C)Uma instalação para vacinas de qualquer ordem e outra para soros
• D)Ventilação unificada para todo o estabelecimento com filtro biológico específico
• E)Instalações unificadas com ventilação separada.

Conforme as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), a manipulação do vírus da febre aftosa exige condições rigorosas de biossegurança que ultrapassam o nível 2+. Na realidade, o padrão exigido é o Nível de Biossegurança 4 (NB4), que inclui contenção máxima, equipamentos de proteção individual especializados e instalações com pressão negativa e sistemas de filtragem de ar de alta eficiência. Esta exigência reflete a extrema periculosidade do agente, classificado como de alto risco para a saúde animal e com potencial impacto econômico devastador.

A afirmação apresentada está incorreta ao sugerir que o NB 2+ seria suficiente, pois subestima gravemente os protocolos internacionais de segurança biológica aplicáveis a patógenos de tal magnitude. Portanto, o item deve ser julgado como ERRADO, conforme indicado pelo gabarito oficial.

Os laboratórios que manipulam agentes biológicos com potencial de transmissão respiratória e que podem causar infecções graves com risco de morte, como o bacilo da tuberculose, se enquadram no nível de biossegurança 3 (NB-3). Este nível é caracterizado por exigir instalações com sistemas de ventilação específicos que mantenham pressão negativa, evitando a saída de partículas contaminadas, além de requerer o uso de cabines de segurança biológica para todas as manipulações. Os profissionais devem utilizar equipamentos de proteção individual adequados, incluindo respiradores, e seguir protocolos rigorosos de descontaminação. O nível 3 é designado para agentes que representam alto risco individual mas baixo risco para a comunidade, onde tratamentos eficazes estão disponíveis, diferenciando-se do nível 4, reservado para patógenos de alto risco sem tratamentos estabelecidos.

Com relação à biossegurança e à classificação dos microrganismos por classe de risco, o item que afirma que Campylobacter jejuni classifica-se como de grupo 3 está incorreto.

De acordo com a classificação de risco estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil, o Campylobacter jejuni é enquadrado no Grupo de Risco 2. Esse grupo compreende microrganismos que representam risco moderado para indivíduos e baixo risco para a comunidade, possuindo potencial patogênico para humanos, mas com medidas terapêuticas e preventivas geralmente disponíveis.

O Grupo de Risco 3, por sua vez, abrange agentes com maior potencial de disseminação e gravidade, como o Mycobacterium tuberculosis, que exigem níveis mais elevados de contenção laboratorial. Portanto, a classificação do Campylobacter jejuni no Grupo 3 constitui um equívoco, sendo a alternativa correta para o item a indicação de Errado.

Com relação à classificação de microrganismos por classe de risco, conforme estabelecido pelas normas de biossegurança, a afirmação apresentada está incorreta. Os microrganismos do grupo 4, também conhecidos como classe de risco 4, são caracterizados por representar alto risco individual e alto risco coletivo, sendo capazes de causar doenças graves em seres humanos e animais, com elevado potencial de transmissão entre indivíduos. Além disso, geralmente não existem medidas profiláticas ou terapêuticas eficazes contra eles.

Portanto, a descrição de que tais microrganismos apresentam "risco coletivo baixo" é equivocada, uma vez que justamente o oposto define esse grupo: o risco para a comunidade é significativo, exigindo o mais alto nível de contenção laboratorial.

Assim, o item deve ser julgado como ERRADO.

Com relação à biossegurança e à classificação dos microrganismos por classe de risco, o item em questão afirma que pertencem ao grupo 2 os microrganismos que apresentam risco individual moderado e risco coletivo limitado. De acordo com as diretrizes internacionais e nacionais de biossegurança, essa definição está correta.

Os microrganismos do grupo 2 são aqueles que podem causar doenças em humanos, mas geralmente não se propagam facilmente na comunidade e existem medidas profiláticas ou terapêuticas eficazes disponíveis. Exemplos incluem bactérias como Salmonella spp. e vírus como o da hepatite A. Dessa forma, o risco individual é considerado moderado, enquanto o risco para a coletividade é limitado, uma vez que a transmissão entre pessoas é restrita ou controlável.

Portanto, a afirmação está correta, e a classificação corresponde ao grupo 2 de risco biológico.

Com relação à biossegurança e à classificação dos microrganismos por classe de risco, o item apresentado está correto.

De acordo com as diretrizes internacionais e nacionais de biossegurança, os microrganismos do grupo 1 são aqueles que apresentam baixo risco individual e comunitário, uma vez que não são conhecidos como causadores de doenças em humanos e não oferecem ameaças ao meio ambiente.

Portanto, a afirmação de que "são pertencentes ao grupo 1 os microrganismos que nunca foram descritos como agente causal de doenças para o homem e que não constituem risco para o meio ambiente" está correta, conforme estabelecido pelas normativas técnicas e científicas da área.