A febre do leite é uma doença de bovinos, ovinos e caprinos que ocorre perto do momento do parto. Com relação a essa doença, é correto afirmar:

A febre do leite, também conhecida como hipocalcemia puerperal, é uma desordem metabólica que afeta principalmente fêmeas bovinas, ovinas e caprinas no período periparto. Esta condição está diretamente relacionada ao início da lactação, quando há uma demanda súbita e intensa de cálcio para a produção do colostro e leite.

Analisando as alternativas apresentadas:

A afirmação A está incorreta porque a febre do leite ocorre com maior frequência justamente em vacas de alta produção leiteira, especialmente multíparas, e não em animais de baixa produção. Quanto maior o potencial produtivo, maior o risco de desenvolvimento da doença.

A alternativa B é equivocada pois animais jovens entre 6 meses e 1 ano não estão em fase de lactação e portanto não desenvolvem febre do leite. A enfermidade afeta predominantemente fêmeas adultas no momento do parto e início da lactação.

A opção C está correta: a essência fisiopatológica da febre do leite é justamente a diminuição drástica dos níveis de cálcio ionizado no sangue e líquidos teciduais. Esta hipocalcemia severa (geralmente abaixo de 5 mg/dL) interfere na transmissão neuromuscular, causando os sinais clínicos característicos.

A alternativa D é incorreta porque os sinais clínicos são causados pela hipocalcemia (baixos níveis de cálcio), não por hipercalcemia (excesso de cálcio). A hipocalcemia leva à fraqueza muscular, decúbito e, nos casos graves, ao coma e morte.

O tratamento consiste na administração intravenosa de soluções de cálcio, enquanto a prevenção envolve manejo nutricional adequado no período pré-parto, com controle dos níveis de cálcio, fósforo e magnésio na dieta.