Em um eletrocardiograma normal observam-se as ondas P, Q, R, S eT. Ao examinar o eletrocardiograma de um cão, foi constatada aausência da onda P. Considerando que o médico veterinário teveacesso apenas ao resultado do exame de eletrocardiograma feito poroutro profissional, julgue os itens a seguir. Uma forma de tratamento seria administrar uma droga parassimpaticomimética para estimular o aparecimento da curva P.

Em um eletrocardiograma normal, as ondas P, Q, R, S e T representam diferentes fases da atividade elétrica do coração. A onda P, especificamente, está associada à despolarização dos átrios, ou seja, ao impulso elétrico que precede a contração atrial. Quando há ausência da onda P no eletrocardiograma de um cão, isso pode indicar uma condição chamada ritmo juncional ou fibrilação atrial, onde os átrios não se despolarizam de maneira organizada ou o impulso não se origina no nó sinusal.

O item em questão sugere que uma droga parassimpaticomimética poderia ser utilizada para estimular o aparecimento da onda P. No entanto, essa abordagem é incorreta. Drogas parassimpaticomiméticas, como a acetilcolina ou seus análogos, aumentam o tônus parassimpático, o que pode, na verdade, reduzir a frequência cardíaca e até mesmo suprimir a atividade do nó sinusal, agravando a ausência da onda P em vez de resolvê-la. Portanto, a afirmação está errada.

O tratamento adequado para a ausência da onda P dependeria da causa subjacente. Em casos de ritmo juncional, por exemplo, pode-se considerar a correção de desequilíbrios eletrolíticos ou o uso de marcapasso em situações mais graves. A administração de drogas parassimpaticomiméticas não é a estratégia correta para restaurar a atividade atrial normal.