Questões Sobre Medicina Veterinária Laboratorial - Veterinária - concurso

Com relação ao vírus da cinomose canina (VCC), analise as afirmativas abaixo, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa verdadeira, e a letra F quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

(F) A técnica de imunofluorescência direta contra o VCC pode revelar a presença do agente com material do epitélio conjuntival apenas no início da infecção.

(V) A biópsia da pele hirsuta da porção dorsal do pescoço pode ser utilizada no teste imuno histoquímico em animais vivos para confirmar a presença do VCC.

(F) O VCC permanece por até seis meses na pele, nos coxins plantares e no sistema nervoso central.

(F) A meningoencefalite por cinomose gera concentração protéica elevada e pleocitose neutrofílica no líquido cefalorraquidiano.

(V) A reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa (PCR-RT) pode ser utilizada para detectar o vírus em amostras de soro, sangue total ou LCR.

As disproteinemias representam alterações significativas no perfil proteico de equinos, frequentemente associadas a processos inflamatórios ou infecciosos. No contexto da disproteinemia não seletiva, o diagnóstico laboratorial baseia-se principalmente na identificação das proteínas de fase aguda positiva, que são marcadores inflamatórios cruciais.

Entre as opções apresentadas, a alternativa correta é a B) fibrinogênio, proteína C reativa e amiloide A sérica. Esta combinação reflete com precisão os principais indicadores de fase aguda em equinos:

• O fibrinogênio é uma proteína de coagulação que se eleva significativamente durante processos inflamatórios
• A proteína C reativa constitui um marcador clássico de inflamação aguda
• O amiloide A sérico é considerada uma das proteínas de fase aguda mais sensíveis em equinos

As demais alternativas apresentam combinações incorretas, pois incluem proteínas como albumina (que é negativa de fase aguda) ou transferrina e ferritina, que não são os marcadores primários utilizados para este diagnóstico específico em medicina veterinária equina.

Assinale a alternativa que completa adequadamente a lacuna abaixo.

Em animais de produção, a confirmação do diagnóstico de raiva, doença zoonótica com elevada mortalidade, depende da análise de amostras por teste de imunofluorescência direta e prova biológica (inoculação em camundongos ou células).

• A)raiva - teste de imunofluorescência direta - prova biológica (inoculação em camundongos ou células)
• B)leptospirose - microscopia de campo escuro - leucograma
• C)Aujeszky - ensaio imunoenzimático - teste de imunofluorescência direta
• D)artrite encefalite caprina - imunodifusão em ágar-gel - ensaio imunoenzimático
• E)brucelose - teste do antígeno acidificado tamponado - ensaio imunoenzimático direto com 2-mercaptoetanol

Com relação à reação de imunofluorescência indireta (RIFI) na pesquisa de anticorpos anti-Ehrlichia canis, analise as afirmativas, colocando entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa verdadeira, e a letra F, quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.

(V) A RIFI revela títulos de anticorpos, e na infecção aguda recomenda-se testes pareados com mais de três semanas de intervalos entre eles.

(V) O exame positivo é considerado complementar e indica que o cão foi infestado previamente com carrapato.

(F) Títulos de IgE superiores 1:40 são considerados positivos para a exposição à Ehrlichia canis.

(V) Altos títulos de anticorpos em cães aparentemente sadios podem significar persistência da infecção e estímulo antigênico crônico.

Nos equinos adultos, a exposição a metais pesados como o mercúrio pode levar a complicações renais graves, incluindo necrose tubular aguda e insuficiência renal aguda. Essas condições afetam diretamente a função dos rins, responsáveis pela regulação de eletrólitos e excreção de toxinas. Entre as alterações laboratoriais observadas, a hipocalcemia destaca-se como um achado consistente, uma vez que a disfunção renal compromete a reabsorção de cálcio e altera o equilíbrio eletrolítico. As demais opções – hipernatremia, hipocolesterolemia, hiperestenúria e hipercadmia – não são tipicamente associadas a este quadro, tornando a alternativa D a correta.

Quanto à caracterização genética de animais de laboratório, analisemos as afirmativas apresentadas:

A anemia aplásica associada a trombocitopenia representa um quadro hematológico caracterizado pela supressão da medula óssea e redução significativa na produção de células sanguíneas, incluindo plaquetas. Entre as opções apresentadas, a erliquiose destaca-se como a condição corretamente associada a esses achados. Causada por bactérias do gênero Ehrlichia, transmitidas por carrapatos, a erliquiose pode levar a complicações hematológicas graves, como pancitopenia e hemorragias, devido à infecção e destruição de células progenitoras na medula óssea. Embora outras doenças listadas possam apresentar manifestações hematológicas, a erliquiose é reconhecida por frequentemente exibir esse perfil específico, tornando-a a resposta adequada.

• A) erliquiose.
• B) dirofilariose.
• C) brucelose.
• D) riquetsiose.

O mormo, enfermidade infectocontagiosa de caráter agudo e crônico, figura entre as mais antigas moléstias que acometem equídeos, com seu agente etiológico atualmente classificado no gênero Burckholderia sp. Para o diagnóstico e controle eficazes desta zoonose de significativo impacto sanitário, os testes recomendados são a fixação de complemento, que detecta anticorpos específicos através da reação antígeno-anticorpo, e a maleinização, prova biológica clássica que consiste na inoculação intradérmica de maleína para observar resposta inflamatória local característica em animais infectados.

Em casos de agressão ao trato gastrointestinal que comprometa a superfície serosa do intestino, como ocorre em lesões estrangulantes do intestino delgado, a análise química do líquido peritoneal torna-se uma ferramenta diagnóstica crucial no exame do equino com abdome agudo. A suspeita dessas lesões baseia-se na identificação de alterações específicas no fluido, sendo a elevação da concentração de proteína total um marcador significativo. Isso ocorre porque o comprometimento da barreira intestinal permite a extravasamento de proteínas para a cavidade peritoneal, refletindo a gravidade da agressão tecidual. Portanto, a alternativa correta é a elevação da concentração de proteína total, conforme indicado no gabarito.