Questões Sobre Patologia Clínica Veterinária - Veterinária - concurso

O órgão incriminado no aumento de incidência de câncer em casos de ingestão de aflatoxina é:

• A) o cérebro
• B) a pele
• C) o pulmão
• D) o fígado
• E) a próstata

O gabarito correto é D).

O vírus da Raiva (Lyssavirus) provoca uma encefalite letal. Esse vírus ao atingir o sistema nervoso de um indivíduo, dissemina-se atingindo o córtex cerebral, Corno de Ammon, Células de Purkinje e nos neurônios piramidais do córtex encontram-se inclusões citoplasmáticas patognomônicas conhecidas como:

• A)Corpúsculo de Pacini.
• B)Corpúsculo de Meissner
• C)Corpúsculo de Negri.
• D)Cumulus oophorus
• E)Corpúsculos de Nissil

O gabarito correto é C).

Ao receber um cadáver, três importantes fatores podem estar presentes e a observação destes pode ajudar na estimativa do tempo de morte. Esses fatores são rigor mortis, algor mortis e livor mortis. Assinale a alternativa que define corretamente esses termos, na ordem em que foram apresentados neste enunciado:

• A) Contratura muscular, exalação de gases, resfriamento cadavérico
• B) Rigidez cadavérica, aumento anormal da temperatura, exalação de gases.
• C) Contratura muscular, manchas cutâneas, resfriamento cadavérico.
• D) Rigidez muscular, desidratação, midríase
• E) Contratura muscular, resfriamento cadavérico, manchas cutâneas.

O gabarito correto é E).

Considera-se patógeno emergente, responsável por causar aborto em bovinos e ovinos:

• A) Bacillus licheniformis.
• B) Bacillus subtilis.
• C) Bacillus cereus.
• D) Bacillus piliformis.
• E) Bacillus mycoides.

O gabarito correto é A) Bacillus licheniformis.

Espécie patogênica de clostrídios histotóxicos é:

• A) C. chauvoei.
• B) C. tetani.
• C) C. botulinum.
• D) C. perfringens.
• E) C. difficile.

O gabarito correto é A) C. chauvoei.

A toxina botulínica tipo F, produzida pela bactéria Clostridium botulinum, está frequentemente associada a ambientes marinhos e de água doce, sendo o peixe uma de suas fontes mais comuns. Essa variedade da toxina pode se desenvolver em pescados mal conservados, especialmente quando submetidos a condições inadequadas de armazenamento, como temperaturas elevadas ou defumação incorreta, que favorecem a proliferação bacteriana e a produção da toxina.

Embora outras fontes, como alimentos contaminados com terra ou carcaças, possam abrigar diferentes tipos de toxina botulínica, a tipo F demonstra uma particular afinidade por ecossistemas aquáticos. Portanto, o consumo de peixe contaminado representa um risco significativo para a aquisição do botulismo causado por essa cepa específica.

Na necrópsia de um animal com o quadro clínico descrito — caracterizado por febre aguda, emagrecimento, edema ventral e anemia severa —, é perfeitamente plausível a observação de edema subcutâneo, icterícia, além de aumento do baço, dos linfonodos e do fígado. Esses achados necroscópicos são compatíveis com processos infecciosos ou hemoparasitoses, como a anemia infecciosa equina ou babesiose, que cursam com hemólise, comprometimento hepático e reação linfóide. Dessa forma, o item está correto.

Com base nas manifestações clínicas e lesões anatomopatológicas descritas — febre aguda, anemia, perda de peso, edema subcutâneo, hemorragias petequiais, icterícia, esplenomegalia, hepatomegalia e linfonodomegalia —, trata-se de um quadro altamente sugestivo de anemia infecciosa equina (AIE), doença viral causada por um lentivírus, transmitida principalmente por vetores hematófagos (como moscas e carrapatos) e por fômites contaminados com sangue.

Considerando o caráter crônico, debilitante e incurável da enfermidade, aliado ao seu potencial de disseminação em aglomerações de equídeos (como exposições e feiras), o controle sanitário baseia-se fundamentalmente na testagem sorológica obrigatória, por meio do teste de imunodifusão em gel de ágar (IDGA) ou ELISA, para identificação e segregação dos animais portadores.

Portanto, é correto afirmar que animais destinados a comércio, trânsito, competições, feiras e exposições devem ser testados e apresentar resultados negativos para anemia infecciosa equina, conforme estabelecido pela legislação sanitária brasileira e por diretrizes internacionais de saúde animal.